Palavra do leitor
- 27 de agosto de 2010
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O voto, a urna e a missão
"A relação ou correlação entre Estado e Igreja, embora, para muitos, sempre traga uma conotação pejorativa e ambígua, demanda de uma ponderada e esclarecedora análise. Nessa proposição, acabamos por reconhecer a figura do Estado, ou da sociedade institucionalizada, como designio de uma vontade divina, voltado a preservar a vida. Aliás, isto, em hipótese nenhuma, deve ser interpretado como a aceitabilidade para medidas arbitrárias e solapadoras da liberdade humana, da igualdade, da justiça, da dignidade e do respeito. Muito menos, aceitarmos, então, o antídodo para as mazelas humanas, através do soerguer de uma representatividade cristã nos arraiais da política. Em contrapartida, devemos, como servos, díscípulos e testemunhjas das boas-notícias, trabalharmos, arduamente, por uma cidadania de procedimentos, de decisões e de posturas aportadas em Cristo Jesus. Aqui, a Igreja enfrenta um dos seus maiores dilemas, ou seja, a incumbência no que toca a assumir a responsabilidade para forjar homens e mulheres afeitos a participarem e partilharem de uma cidadania doadora, reconciliadora e suportadora ou defender interesses oriundos de ideologias mesquinhas".
Os últimos trabalhos, aos quais tenho construído, aqui no espaço do leitor, tem sido pautados numa compelida elucubração sobre a possibilidade de diálogo entre fé, espiritualidade e política.
Mormente ainda haja uma tendência por conceber tais temas de maneira dicotômica e, por causa disso, muitos interpretam a política coo algo nocivo e pesaroso.
Nisto, ouso dizer, sem ensejar ser o dono da verdade, contribuimos com desserviço em prol da missão de sermos sal e luz do mundo, das periferias, dos cortiços, das universidade, das metrópoles e por ai vai.
Então, para colocar os pingos nos seus devidos i(s), devemos compreender e discernir o fato indubitável de o Estado possuir incumbências de prestar um serviço, ou seja, preservar a vida e isto em todas as suas manifestações culturais, econômicas, políticas e até espirituais.
Destarte, não será a via de um Estado sobre o manto de cristão que será o protagonista de uma revolução nas entranhas de um processo histórico de profundas desigualdades e díspares sociais.
Opostamente, competirá a homens, a mulheres, a jovens, a adolescentes e a idosos cientes e suscetíveis no que tange a responsabilidade de cumprir um mandato, ou seja, de aceitarem o desafio de servir, de suportar, de reconciliar e doar, sem adentrarem numa espécie de simbiose com o poder.
Abro um parêntese, em momento algum venho persuadi-los (as) a adotarem as minhas decisões e respostas; no entanto, pare e seja sensato, diante da estampada relação de candidatos a nossa disposição.
Indo ao texto de Êxodo 23. 06 a 09, encontramos os axiomas e as incisivas considerações em benefício de uma administração pública, de uma feitura normativa e legislativa, de uma aplicabilidade salutar dos dispositivos normativos jurídicos, a saber:
'' Não perverterás o direito do teu pobre na sua demanda.
7 Guarda-te de acusares falsamente, e não matarás o inocente e justo; porque não justificarei o ímpio.
8 Também não aceitarás peita, porque a peita cega os que têm vista, e perverte as palavras dos justos.
9 Outrossim, não oprimirás o estrangeiro; pois vós conheceis o coração do estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito''.
Eis aqui uma referência patente de como devem proceder e decidir os futuros parlamentares, inclusive todos nós. Isto, independentemente de estarmos ou não anelados a uma dimensão política.
Vou mais além e enquanto estivermos aqui neste oikos, ou lugar comum da humandiade, carregaremos a marca de um dever político. Cumpre frisar, um dever de governar a nossa vida, até em função de a raiz da palavra política significar ''arte de governar''.
De tal modo, deságuamos em mais um axioma de além de líderes, somos também responsáveis por essa missão política, de governar a vida.
Por fim, em tempos de todo um enxame de postulantes a procura do seu voto, não se omita e submeta-os ao crivo da revelação-viva aqueles que, efetivamente, estejam dispostos ao serviço, ao reconciliar, ao impactar e doar na esfera do legislativo estadual e federal, do executivo estadual e federal.
Os últimos trabalhos, aos quais tenho construído, aqui no espaço do leitor, tem sido pautados numa compelida elucubração sobre a possibilidade de diálogo entre fé, espiritualidade e política.
Mormente ainda haja uma tendência por conceber tais temas de maneira dicotômica e, por causa disso, muitos interpretam a política coo algo nocivo e pesaroso.
Nisto, ouso dizer, sem ensejar ser o dono da verdade, contribuimos com desserviço em prol da missão de sermos sal e luz do mundo, das periferias, dos cortiços, das universidade, das metrópoles e por ai vai.
Então, para colocar os pingos nos seus devidos i(s), devemos compreender e discernir o fato indubitável de o Estado possuir incumbências de prestar um serviço, ou seja, preservar a vida e isto em todas as suas manifestações culturais, econômicas, políticas e até espirituais.
Destarte, não será a via de um Estado sobre o manto de cristão que será o protagonista de uma revolução nas entranhas de um processo histórico de profundas desigualdades e díspares sociais.
Opostamente, competirá a homens, a mulheres, a jovens, a adolescentes e a idosos cientes e suscetíveis no que tange a responsabilidade de cumprir um mandato, ou seja, de aceitarem o desafio de servir, de suportar, de reconciliar e doar, sem adentrarem numa espécie de simbiose com o poder.
Abro um parêntese, em momento algum venho persuadi-los (as) a adotarem as minhas decisões e respostas; no entanto, pare e seja sensato, diante da estampada relação de candidatos a nossa disposição.
Indo ao texto de Êxodo 23. 06 a 09, encontramos os axiomas e as incisivas considerações em benefício de uma administração pública, de uma feitura normativa e legislativa, de uma aplicabilidade salutar dos dispositivos normativos jurídicos, a saber:
'' Não perverterás o direito do teu pobre na sua demanda.
7 Guarda-te de acusares falsamente, e não matarás o inocente e justo; porque não justificarei o ímpio.
8 Também não aceitarás peita, porque a peita cega os que têm vista, e perverte as palavras dos justos.
9 Outrossim, não oprimirás o estrangeiro; pois vós conheceis o coração do estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito''.
Eis aqui uma referência patente de como devem proceder e decidir os futuros parlamentares, inclusive todos nós. Isto, independentemente de estarmos ou não anelados a uma dimensão política.
Vou mais além e enquanto estivermos aqui neste oikos, ou lugar comum da humandiade, carregaremos a marca de um dever político. Cumpre frisar, um dever de governar a nossa vida, até em função de a raiz da palavra política significar ''arte de governar''.
De tal modo, deságuamos em mais um axioma de além de líderes, somos também responsáveis por essa missão política, de governar a vida.
Por fim, em tempos de todo um enxame de postulantes a procura do seu voto, não se omita e submeta-os ao crivo da revelação-viva aqueles que, efetivamente, estejam dispostos ao serviço, ao reconciliar, ao impactar e doar na esfera do legislativo estadual e federal, do executivo estadual e federal.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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