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Palavra do leitor

O valor do ser humano

Como é possível avaliar o ser humano?

Pelo “berço” em que nasceu? Pela cor de sua pele? Pelo nome de sua família? Pela instrução intelectual que recebeu? Como?

Sim, é verdade que antes de pronunciar o nome de alguém que tenha algum título acadêmico ou oficial, é anunciado antes: o presidente, a ministra, o bispo, o médico, o advogado, a doutora, o psiquiatra, a terapeuta, entre outros. Por mera convenção e formalismo assim o fazem.

E de fato, merecem esses títulos, pois dedicaram-se, esforçaram-se, aplicaram recursos humanos e materiais e abriram mão de certas coisas pra possuírem este título. E parabéns por isso!

Porém, jamais o indivíduo que detém algum título pode subjugar o próximo, intitulando-se mais valioso.

Jamais pode ser esquecido a origem das coisas, e de que por mais diferentes que possamos ser em certos aspectos, nós somos iguais.

A constituição de 1988, art. 5º menciona que:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...].

Entendo, que não seria necessário saber que ‘somos iguais’ somente por que a constituição brasileira afirmou. Mas devemos ter a convicção, de que independente das circunstâncias em que fomos concebidos, somos de igual valor. Um dia todos nós haveremos de prestar contas de nossos feitos nesta terra (RM 14.10).

Jamais devemos nos esquecer que antes da nomenclatura acadêmica ou oficial dada a nós, somos criaturas originadas das Mãos de Deus, formadas e construídas com a sua Essência (SL 139). Nós somos a Shekinah, quer dizer que somos a casa, a morada, o templo, a habitação do Altíssimo, Shekinah, significa presença permanente de Deus.
“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito santo, que habita em vós, [...]” (1CO 6.19). Não somos constituídos apenas desta estrutura, chamada corpo, mas somos seres espirituais como afirmou o apóstolo Paulo, “E o Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 TS 5.23).

Percebe-se nesta sociedade que valoriza-se tantos títulos e posições que o “grande” subjuga o “pequeno”, muitas vezes o “doutor fulano de tal” não olha ou dirige a palavra a pessoa que está abaixo (na hierarquia) dele, pois considera-o insignificante e indigno de atenção. Parece exagero não é?

Mas quem estiver lendo esta simples reflexão há de concordar comigo, pois é assim que as coisas funcionam. Claro que existem exceções, mas não são muitas.
A bíblia diz que o rico e o pobre foram feitos pelo Senhor (PV 22.2) e que a riqueza granjeia muitos amigos (PV 19.4).

Abaixei minha cabeça muitas vezes, e em algumas delas, não tinha coragem nem de olhar nos olhos de alguém “superior” a mim.

Nós crescemos aprendendo qual é o nosso “lugar”, e isso fica fixado em nossa mente, até ao ponto de realmente acreditarmos que as coisas são assim.

Em uma pregação escutei a frase impactante de que nós até podemos “estar”, mas não “somos”, entenderam?

Podemos estar acorrentados e até sem aparente força como Sansão (JZ 16.28), podemos estar machucados e encerrados em uma prisão, como Paulo e Silas (AT 16.23,25-26), mas nós não somos prisioneiros.

Nós somos livres, mesmo que queiram nos subjugar, e nos coloquem em uma posição desconfortável, é possível suportar certas afrontas desde que tenhamos em mente que temos um valor inestimável (1CO 2.16), independente do que possam afirmar sobre nós. A nossa esperança, a nossa expectativa supera as adversidades desta vida passageira (SL 90.9-12).

Hoje podemos estar no anonimato, imperceptíveis, mais não importa, pois o Deus Poderoso já tem nos sondado desde o início de nossa existência, e se o homem mais poderoso do mundo não sabe quem somos, o GRANDE EU SOU (Êx 3.14), nos chama pelo nome e diz: "[...] Não temas, porque Eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és Meu” (IS 43.1). Ele nos conhece antes que fôssemos formados no ventre de nossa mãe (JR 1.5).

Não fiquemos mais cabisbaixos perante os homens, o valor de um homem não pode ser medido pelos títulos, bens, tradições, nome, mas o valor está no seu caráter e no que decidimos em nossos corações, que é de servir a Deus sem hipocrisia ou conveniência.

Desprendidos de religiosidades, mas sinceros, apaixonados por Deus e dispostos a sacrifícios pra servi-lo em primeiro lugar.

Certamente não expressei nesta reflexão tudo aquilo que é necessário, mas você leitor, tem a liberdade de prosseguir este pensamento, não duvide, assim como o Poderoso Deus fez o convite ao profeta Jeremias, Ele também nos convida a clamá-lo, pois nos responderá e anunciará coisas grandes e firmes, que não sabemos (JR 33.3).

Você pode se surpreender com seu dom.....

Fiquem com Deus!
Londrina - PR
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