Palavra do leitor
- 02 de julho de 2014
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O Todo Poderoso não pode tudo
“E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.” Mat 19; 26
Acho que comecei apanhando, dado que, o verso supra proferido por Jesus parece desmentir o título. Eu disse: Parece, pois, devemos investigar melhor uma afirmação de tal monta.
Defender que “tudo” é uma palavra relativa invés de absoluta parece contra-senso. Afinal, os reinos medievais onde o soberano concentrava todos os poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário eram conhecidos como absolutistas. O rei detinha todo o poder, absoluto. Mas, se ousarmos mergulhar um pouco mais fundo veremos, que, “tudo” não é tão “tudoso” assim.
Diz a mitologia grega que Midas tinha poderes tais, que, tudo o que tocava virava ouro, mas, é mitologia. A Bíblia tem também seu “Midas” já no primeiro livro. “… tudo o que fazia o Senhor prosperava em sua mão, José achou graça em seus olhos, e servia-o; ele o pôs sobre a sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha.” Gên 39; 3 e 4 Temos, pois, dois “tudos” a favor de José; tudo o que fazia Deus abençoava; Potifar entregou tudo em suas mãos.
Vendo isso, a mulher de Potifar decidiu que deveria ser “abençoada” também com o toque de José. Óbvio que essa postura, caso ele concordasse, não teria aprovação Divina; nem o “tudo” entregue a ele incluía a esposa do patrão. Vemos, então, que “tudo” pode ser relativo, delimitado.
Alguns deturpam afirmações desse tipo como se Deus se lhes tornasse refém ao tê-las proferido. “determinam” e “ordenam” pavoniçes “amparados” por textos como: “Tudo é possível ao que crê; posso todas as coisas naquele que me fortalece; tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome eu vo-lo concederei.” etc.
Não são textos bíblicos? São. Todavia, a mesma Bíblia se encarrega de dissipar a espuma. “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?” Tg 4; 3 e 4 Parece que Tiago equaciona o pedir mal com amizade do mundo, ou seja: buscar as mesmas coisas que o mundo busca, não segundo a novidade de vida que devemos andar depois de Cristo. Assim, o tudo que nos é proposto delimita-se às coisas prometidas por Deus, debaixo do arbítrio de Sua Soberana Vontade.
Assim, voltamos ao ponto de partida, a Soberania de Deus. Pode Ele todas as coisas ou não? Sim e não. Como assim? Pode no sentido de não haver restrições externas que o constranjam; outro poder rival ou maior, nada disso. Entretanto, não pode, por restrições intrínsecas ao Seu Ser Santo, Excelso. Por causa dos valores que ama, não pode abraçar aos que detesta. Alguns exemplos: “Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar a si mesmo.” II Tim 2; 13 “Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos;” Tt 1; 2 “Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e as luas novas, os sábados, e a convocação das assembleias; não posso suportar iniquidade, nem mesmo a reunião solene.” Is 1; 13 etc. Então, sem muito esforço vemos várias coisas que Deus não pode, sem deixar de ser o Todo Poderoso.
Poder é força sob controle, disciplina; limites que o próprio poder estabelece. Assim deve funcionar um sistema de governo democrático, por exemplo. Liberdade responsável, nos limites pactuados e convertidos em leis na democracia.
Esses débeis anarquistas que saem por aí quebrando tudo e se sentindo os mais livres dos homens, detentores do poder são os mais cativos, os mais fracos de todos. Não conseguem, sequer, domesticar instintos animais quando esses os assediam. “Como a cidade derrubada, sem muro, assim é o homem que não pode conter o seu espírito.” Prov 25; 28
Então a ideia que basta ter uma “causa social” para sair por aí trancando ruas e quebrando tudo como se isso fosse parte do sistema colocaria tais “libertários” no pedestal supra Divino. Em outras palavras, esses que não podem domesticar seus próprios bichos internos tencionariam poder mais que Deus desconhecendo qualquer restrição.
Na verdade há registro de um que tencionou subir acima do Eterno; “Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.” Is 14; 12 e 13 Vemos que o “absolutismo” satânico foi que o lançou abaixo, pois, mesmo aquele precisa saber que tudo tem limite.
Acho que comecei apanhando, dado que, o verso supra proferido por Jesus parece desmentir o título. Eu disse: Parece, pois, devemos investigar melhor uma afirmação de tal monta.
Defender que “tudo” é uma palavra relativa invés de absoluta parece contra-senso. Afinal, os reinos medievais onde o soberano concentrava todos os poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário eram conhecidos como absolutistas. O rei detinha todo o poder, absoluto. Mas, se ousarmos mergulhar um pouco mais fundo veremos, que, “tudo” não é tão “tudoso” assim.
Diz a mitologia grega que Midas tinha poderes tais, que, tudo o que tocava virava ouro, mas, é mitologia. A Bíblia tem também seu “Midas” já no primeiro livro. “… tudo o que fazia o Senhor prosperava em sua mão, José achou graça em seus olhos, e servia-o; ele o pôs sobre a sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha.” Gên 39; 3 e 4 Temos, pois, dois “tudos” a favor de José; tudo o que fazia Deus abençoava; Potifar entregou tudo em suas mãos.
Vendo isso, a mulher de Potifar decidiu que deveria ser “abençoada” também com o toque de José. Óbvio que essa postura, caso ele concordasse, não teria aprovação Divina; nem o “tudo” entregue a ele incluía a esposa do patrão. Vemos, então, que “tudo” pode ser relativo, delimitado.
Alguns deturpam afirmações desse tipo como se Deus se lhes tornasse refém ao tê-las proferido. “determinam” e “ordenam” pavoniçes “amparados” por textos como: “Tudo é possível ao que crê; posso todas as coisas naquele que me fortalece; tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome eu vo-lo concederei.” etc.
Não são textos bíblicos? São. Todavia, a mesma Bíblia se encarrega de dissipar a espuma. “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?” Tg 4; 3 e 4 Parece que Tiago equaciona o pedir mal com amizade do mundo, ou seja: buscar as mesmas coisas que o mundo busca, não segundo a novidade de vida que devemos andar depois de Cristo. Assim, o tudo que nos é proposto delimita-se às coisas prometidas por Deus, debaixo do arbítrio de Sua Soberana Vontade.
Assim, voltamos ao ponto de partida, a Soberania de Deus. Pode Ele todas as coisas ou não? Sim e não. Como assim? Pode no sentido de não haver restrições externas que o constranjam; outro poder rival ou maior, nada disso. Entretanto, não pode, por restrições intrínsecas ao Seu Ser Santo, Excelso. Por causa dos valores que ama, não pode abraçar aos que detesta. Alguns exemplos: “Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar a si mesmo.” II Tim 2; 13 “Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos;” Tt 1; 2 “Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e as luas novas, os sábados, e a convocação das assembleias; não posso suportar iniquidade, nem mesmo a reunião solene.” Is 1; 13 etc. Então, sem muito esforço vemos várias coisas que Deus não pode, sem deixar de ser o Todo Poderoso.
Poder é força sob controle, disciplina; limites que o próprio poder estabelece. Assim deve funcionar um sistema de governo democrático, por exemplo. Liberdade responsável, nos limites pactuados e convertidos em leis na democracia.
Esses débeis anarquistas que saem por aí quebrando tudo e se sentindo os mais livres dos homens, detentores do poder são os mais cativos, os mais fracos de todos. Não conseguem, sequer, domesticar instintos animais quando esses os assediam. “Como a cidade derrubada, sem muro, assim é o homem que não pode conter o seu espírito.” Prov 25; 28
Então a ideia que basta ter uma “causa social” para sair por aí trancando ruas e quebrando tudo como se isso fosse parte do sistema colocaria tais “libertários” no pedestal supra Divino. Em outras palavras, esses que não podem domesticar seus próprios bichos internos tencionariam poder mais que Deus desconhecendo qualquer restrição.
Na verdade há registro de um que tencionou subir acima do Eterno; “Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.” Is 14; 12 e 13 Vemos que o “absolutismo” satânico foi que o lançou abaixo, pois, mesmo aquele precisa saber que tudo tem limite.
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