Palavra do leitor
- 05 de fevereiro de 2007
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O tamanho da fé
Demorei muito tempo em minha vida para perceber o quão frágil sou. Descobri que, de maneira velada, achava-me um tipo de super-herói da fé. As tempestades da vida, que levam-nos inclusive à "orfandade" paternal (a qual tenho evitado pensar para não sentir a dor que dela resulta), ainda não foram bem digeridas pela minha mente. Foram perdas como esta e outras que cristalizaram-me, fragilizaram-me, fazendo-me enxergar que não poderia mais viver dentro da perspectiva do “triunfalismo” pregado por várias pessoas que, por se dizerem seguidoras de Cristo, acham-se imunizadas contra as adversidades terrenas (ainda bem que são só terrenas, pois, no céu, não mais existirão).
Só através das turbulências é que podemos dimensionar o tamanho da nossa fé. Nesta minha experiência, meu avião, quase caiu (fé pequena faz isso). Por conta disto, estou descobrindo o meu Brasil, e, pelo visto, estou ainda no “litoral”. Sei que não será bom se fizer demarcações como aquela estabelecida pelo “Tratado de Tordesilhas”. Estou descobrindo a minha identidade agora. Algo parecido com uma gestação, sem direito a líquido amniótico e tudo o mais que “protege” a vida do feto. Ser gerado no laboratório da vida não é fácil.
O melhor exame psicológico é aquele que fazemos de nós mesmos. E aquilo que penso de mim não cabe dentro dos padrões triunfalistas pré-estabelecidos por algumas instituições religiosas, as quais pregam que cristão não pode adoecer, sofrer, desempregar-se, etc. Esquecem-se que Paulo tinha uma enfermidade na visão (sem contar com “um espinho na carne”, declaradamente permitido pelo Senhor, como afirmam as Escrituras, que até hoje nenhum teólogo arriscou a definir concretamente qual tenha sido). Timóteo, por sua vez, teve uma doença estomacal que não teve gastroenterologista que desse jeito. Orações de Paulo em relação ao irmão, certamente não faltaram. Entretanto, mesmo sem a cura, ambos tinham a Graça de Deus na vida deles (e isto é o que faz a diferença). Aqui na minha empresa estou sendo mais sincero na relação com os colegas. O que não sei fazer, por exemplo, exponho com muita facilidade. Não por preguiça de não querer aprender, mas por não ter “talento” suficiente para fazê-lo. Chegar a este nível de entendimento sobre si mesmo é algo que cobra de nós mudança de paradigmas. Afinal de contas, a palavra fraqueza tem sido banida do vocabulário de muita gente.
Na verdade, o importante é que se tenha ao menos “alguma” fé, e que esta, se não for nele, também não valerá de nada (afinal de contas só Jesus ressuscitou definitivamente dentre os mortos). A minha fé é pequena (e é só nele, o único que é grande).
A ele, e só a ele, a glória!
Só através das turbulências é que podemos dimensionar o tamanho da nossa fé. Nesta minha experiência, meu avião, quase caiu (fé pequena faz isso). Por conta disto, estou descobrindo o meu Brasil, e, pelo visto, estou ainda no “litoral”. Sei que não será bom se fizer demarcações como aquela estabelecida pelo “Tratado de Tordesilhas”. Estou descobrindo a minha identidade agora. Algo parecido com uma gestação, sem direito a líquido amniótico e tudo o mais que “protege” a vida do feto. Ser gerado no laboratório da vida não é fácil.
O melhor exame psicológico é aquele que fazemos de nós mesmos. E aquilo que penso de mim não cabe dentro dos padrões triunfalistas pré-estabelecidos por algumas instituições religiosas, as quais pregam que cristão não pode adoecer, sofrer, desempregar-se, etc. Esquecem-se que Paulo tinha uma enfermidade na visão (sem contar com “um espinho na carne”, declaradamente permitido pelo Senhor, como afirmam as Escrituras, que até hoje nenhum teólogo arriscou a definir concretamente qual tenha sido). Timóteo, por sua vez, teve uma doença estomacal que não teve gastroenterologista que desse jeito. Orações de Paulo em relação ao irmão, certamente não faltaram. Entretanto, mesmo sem a cura, ambos tinham a Graça de Deus na vida deles (e isto é o que faz a diferença). Aqui na minha empresa estou sendo mais sincero na relação com os colegas. O que não sei fazer, por exemplo, exponho com muita facilidade. Não por preguiça de não querer aprender, mas por não ter “talento” suficiente para fazê-lo. Chegar a este nível de entendimento sobre si mesmo é algo que cobra de nós mudança de paradigmas. Afinal de contas, a palavra fraqueza tem sido banida do vocabulário de muita gente.
Na verdade, o importante é que se tenha ao menos “alguma” fé, e que esta, se não for nele, também não valerá de nada (afinal de contas só Jesus ressuscitou definitivamente dentre os mortos). A minha fé é pequena (e é só nele, o único que é grande).
A ele, e só a ele, a glória!
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