Palavra do leitor
- 19 de agosto de 2011
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O Ritmo de Deus
Preocupa-me muito qualquer julgamento baseado em convicções rasas e não no conhecimento e respeito pelo evangelho. É inegável a influência negativa de falsas teologias nos últimos dias na Igreja do Senhor. Porém não podemos nos permitir sermos os fariseus proibitivos alegando a defesa da fé fora de contexto. Creio que um dos muitos, e não menos importantes assuntos polêmicos de nosso tempo é o Ritmo ou Estilo da Música Gospel. Desde já quero deixar claro que, assim como não é comum tocar Pop em um culto fúnebre e forró na entrada dos noivos em um casamento, também creio que para cada ocasião há uma música apropriada. O que discuto aqui é a tentativa abolitiva de muitos em relação a ritmo A ou B. A Música pode e deve ser um instrumento para, Adoração, Exaltação, Evangelismo, Reflexão...
O Salmo 150 dá-nos uma idéia clara do que seria o louvor daquela época na região de Israel. Aparentemente a música Israelita era bem ritmada e barulhenta, produzida primariamente por instrumentos de corda e percussão. A trombeta citada neste salmo é na realidade o Chifre de Carneiro ou Shofar. O Saltério e a Harpa são instrumentos de corda de formatos semelhantes à Lira, sendo o primeiro maior que a segunda. Além de variarem no tamanho, variavam também em número de cordas. Os Adufes são Tamborins. Os Címbalos eram feitos de prata ou bronze e lembram muito os pratos de bateria que temos hoje. Provavelmente haviam Címbalos maiores, de som mais alto, e os menores de timbre mais agudo. Logo, era praticamente impossível ficar parado ouvindo uma boa música Israelita!
Já no Salmo 149.3 lemos: “Louve-lhe o nome com flauta; cantem-lhe salmos com adufe e harpa.” Segundo o Th.D. e Ph.D. em Teologia, Dr. Charles Caldwell Ryre, o texto citado da Tradução ARA, trás no seu original a palavra “dança” ao invés de “flauta”.
No AT a dança era constituída por movimentos rodopiantes, executados por um indivíduo ou por grandes grupos. Qual nosso pensamento ao lermos ocasiões como a dança da profetiza Miriã com seu tamborim (Ex 15.20) ou a do Rei Davi expressando sua alegria pela volta da Arca (2Sm 6)? Isso tudo nos remete a uma pergunta: Qual será o ritmo que eles dançavam? Provavelmente não era música clássica. Mas isso não tem muita importância. Muitos paradigmas sobre adoração são criados pelos homens. Entretanto apenas três são necessários: Santidade, espiritualidade e Verdade (Sl 29.2; Jo 4.23).
É bem verdade que Deus não é tocado por nossas danças, gestos ou qualquer outra expressão que façamos. Pois sendo assim, não seríamos melhores adoradores do que os atores teatrais. Então, porque acho que podemos nos permitir dançar, gesticular ou demonstrar excitação durante o louvor? A resposta é simples: Porque assim estou sendo verdadeiro diante d’Ele. Quantos sentem vontade de fazer o mesmo ao sentir o poder de Deus e não o fazem por se reprimirem a um fardo colocado por qualquer outra opinião.
Alguém pode até ser POP, e não é por isso que Deus será Pop, Rock, Blus, Clássico ou outros ritmos que não são citados pela Bíblia. Aliás, nenhum é (pelo menos como forma de “ordem para liturgia”). Não encontramos partituras em suas páginas. Também, isso seria desnecessário. Muitos criticam o Rock e admiram o Forró. É justo querer que alguém sinta a presença de Deus com um ritmo que não o agrade? Um dos princípios da adoração é a alegria (Sl 117). Da mesma forma que alguém não consegue ouvir determinado ritmo, outro alguém consegue ouvi-lo perfeitamente. E vice-versa.
O problema real é que, muitas vezes, o que alguém não gosta é tido como o que Deus não gosta. Ele não tem ritmo preferido, pois não é tocado pelo ritmo e sim pela adoração. Nós é que somos influenciados pelo som. Por isso também a diversidade musical é muito bem vinda, principalmente quando se trata de evangelismo.
A necessidade real é: Sejam Verdadeiros Adoradores que adoram ao Pai em Espírito e em Verdade (Jo 4.23). Alguém pode dizer que pensar assim gera uma linha muito tênue entre ser santo e ser carnal. Concordo. Como então saber se estou sendo exagerado ao invés de verdadeiro? Basta saber que “Tudo o que não provém de fé é pecado” (Rm 14.23) e deixar que “a paz de Cristo seja o árbitro em vosso coração” (Cl 3.15).O seu ritmo foi escolhido por aquilo que você gosta e identifica-se. Lembre-se porém de nunca permitir indecência, apelação ou desordem (1Co 14.40). O Ritmo de Deus é a Espiritualidade, a Verdade, a Fé e a Paz.
O Salmo 150 dá-nos uma idéia clara do que seria o louvor daquela época na região de Israel. Aparentemente a música Israelita era bem ritmada e barulhenta, produzida primariamente por instrumentos de corda e percussão. A trombeta citada neste salmo é na realidade o Chifre de Carneiro ou Shofar. O Saltério e a Harpa são instrumentos de corda de formatos semelhantes à Lira, sendo o primeiro maior que a segunda. Além de variarem no tamanho, variavam também em número de cordas. Os Adufes são Tamborins. Os Címbalos eram feitos de prata ou bronze e lembram muito os pratos de bateria que temos hoje. Provavelmente haviam Címbalos maiores, de som mais alto, e os menores de timbre mais agudo. Logo, era praticamente impossível ficar parado ouvindo uma boa música Israelita!
Já no Salmo 149.3 lemos: “Louve-lhe o nome com flauta; cantem-lhe salmos com adufe e harpa.” Segundo o Th.D. e Ph.D. em Teologia, Dr. Charles Caldwell Ryre, o texto citado da Tradução ARA, trás no seu original a palavra “dança” ao invés de “flauta”.
No AT a dança era constituída por movimentos rodopiantes, executados por um indivíduo ou por grandes grupos. Qual nosso pensamento ao lermos ocasiões como a dança da profetiza Miriã com seu tamborim (Ex 15.20) ou a do Rei Davi expressando sua alegria pela volta da Arca (2Sm 6)? Isso tudo nos remete a uma pergunta: Qual será o ritmo que eles dançavam? Provavelmente não era música clássica. Mas isso não tem muita importância. Muitos paradigmas sobre adoração são criados pelos homens. Entretanto apenas três são necessários: Santidade, espiritualidade e Verdade (Sl 29.2; Jo 4.23).
É bem verdade que Deus não é tocado por nossas danças, gestos ou qualquer outra expressão que façamos. Pois sendo assim, não seríamos melhores adoradores do que os atores teatrais. Então, porque acho que podemos nos permitir dançar, gesticular ou demonstrar excitação durante o louvor? A resposta é simples: Porque assim estou sendo verdadeiro diante d’Ele. Quantos sentem vontade de fazer o mesmo ao sentir o poder de Deus e não o fazem por se reprimirem a um fardo colocado por qualquer outra opinião.
Alguém pode até ser POP, e não é por isso que Deus será Pop, Rock, Blus, Clássico ou outros ritmos que não são citados pela Bíblia. Aliás, nenhum é (pelo menos como forma de “ordem para liturgia”). Não encontramos partituras em suas páginas. Também, isso seria desnecessário. Muitos criticam o Rock e admiram o Forró. É justo querer que alguém sinta a presença de Deus com um ritmo que não o agrade? Um dos princípios da adoração é a alegria (Sl 117). Da mesma forma que alguém não consegue ouvir determinado ritmo, outro alguém consegue ouvi-lo perfeitamente. E vice-versa.
O problema real é que, muitas vezes, o que alguém não gosta é tido como o que Deus não gosta. Ele não tem ritmo preferido, pois não é tocado pelo ritmo e sim pela adoração. Nós é que somos influenciados pelo som. Por isso também a diversidade musical é muito bem vinda, principalmente quando se trata de evangelismo.
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