Palavra do leitor
- 22 de junho de 2017
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O Rei Sanguinário e os Generais Equivocados
A literatura cristã, com seus variados catálogos, ocupa nos corações e mentes o mesmo apreço que cabe a todo leitor por qualquer leitura. Tudo por uma questão de satisfação, pela conveniência ou por necessidade. Nenhuma leitura é distração ou entretenimento; é alimento. Somos o que comemos. De acordo com as Escrituras nosso homem interior se alimenta de palavras, tanto é que nosso Cristo é revelado por João como o Verbo Vivo. O Pão Vivo é substantificado em nós pela Palavra que sai da boca de Deus. Chamamos de Palavra de Deus.
No segundo século começaram a surgir os primeiros escritores cristãos. Alguns deles ainda viram o apóstolo João em vida. O sobrevivente de Patmos, mesmo em idade avançada, antevendo o porvir tomou o encargo de advertir a Igreja contra os lobos vorazes do mundo religioso. Mal o ancião acabara de falecer, mestres zelosos acabariam por propor desvios sutis que culminaram em graves apostasias 14 séculos depois. Graças a Deus, que vela por Sua Palavra, muito da restauração das Verdades ocorreu entre o final do século dezenove e o início do século vinte. Hoje, algumas obras desse período foram consideradas velharia editorial e seus autores tratados como generais equivocados, obviamente por quem tem predileção por outros assuntos.
Uma pequena abordagem sobre o tema Igreja acaba em teologismo. Surge tanta peculiaridade que acaba por desviar o assunto para aquilo que não confronta o sistema. Tudo que foge à regra é caricaturado e rotulado. Sendo assim, o comprometimento da verdade não compete com as pretensões humanas. A Igreja continua não sendo distinguida. A confusão é tamanha que muitos afirmam que ela é desnecessária. Consideram-na templo, pequena ou grande organização religiosa fundada por missionário, bispo, apóstolo. Ocorre que, em meados de 1870, na Inglaterra, muitos autores cristãos deixaram farta e sólida literatura sobre o que gerou a degradação desde a morte de João, e o caminho adequado para a restauração, que é a edificação da Igreja.
É plausível a afirmação de obsolescência autoral, desde que apresentem autores atuais que, invariavelmente, estejam sobre os ombros daqueles que restauraram a verdade enclausurada pela religião. Sendo assim, o que Pedro, João e Paulo edificaram em Cristo não ruirá em eventualidades. A grande colcha de retalhos que a cristandade costurou alia-se aos véus, cobrindo a tendência da pluralidade "evangelástica" (Isso mesmo: que se estica para atender casuísmos), que a faz evitar o ônus do restrito falar dos apóstolos, cujo preço é Cristo e a Igreja.
No segundo livro de Samuel há uma profecia de que a Igreja seria edificada* pelo próprio Senhor. Leiam o que Deus disse ao Rei sanguinário**, na compreensão da restauração: "Davi, você está longe, ainda está desocupado e vazio. Não pense que você deve fazer algo para edificar uma casa para mim. Você deve perceber que precisa que Eu edifique a Mim mesmo em você. Então você terá uma casa, e tal casa também será a minha casa". Hb 3:6 comprova a profecia. Quem ama a Cristo é, de fato, louco pela Igreja. Não importa se muitos negligenciam; o Senhor está edificando a Igreja com Suas pedras vivas. Está escrito na Bíblia e em alguns livros cristãos. Bela literatura!
*Mt 16:18, 2 Sm 7:11, 1 Pe 2:5; **1Cr 22:8
No segundo século começaram a surgir os primeiros escritores cristãos. Alguns deles ainda viram o apóstolo João em vida. O sobrevivente de Patmos, mesmo em idade avançada, antevendo o porvir tomou o encargo de advertir a Igreja contra os lobos vorazes do mundo religioso. Mal o ancião acabara de falecer, mestres zelosos acabariam por propor desvios sutis que culminaram em graves apostasias 14 séculos depois. Graças a Deus, que vela por Sua Palavra, muito da restauração das Verdades ocorreu entre o final do século dezenove e o início do século vinte. Hoje, algumas obras desse período foram consideradas velharia editorial e seus autores tratados como generais equivocados, obviamente por quem tem predileção por outros assuntos.
Uma pequena abordagem sobre o tema Igreja acaba em teologismo. Surge tanta peculiaridade que acaba por desviar o assunto para aquilo que não confronta o sistema. Tudo que foge à regra é caricaturado e rotulado. Sendo assim, o comprometimento da verdade não compete com as pretensões humanas. A Igreja continua não sendo distinguida. A confusão é tamanha que muitos afirmam que ela é desnecessária. Consideram-na templo, pequena ou grande organização religiosa fundada por missionário, bispo, apóstolo. Ocorre que, em meados de 1870, na Inglaterra, muitos autores cristãos deixaram farta e sólida literatura sobre o que gerou a degradação desde a morte de João, e o caminho adequado para a restauração, que é a edificação da Igreja.
É plausível a afirmação de obsolescência autoral, desde que apresentem autores atuais que, invariavelmente, estejam sobre os ombros daqueles que restauraram a verdade enclausurada pela religião. Sendo assim, o que Pedro, João e Paulo edificaram em Cristo não ruirá em eventualidades. A grande colcha de retalhos que a cristandade costurou alia-se aos véus, cobrindo a tendência da pluralidade "evangelástica" (Isso mesmo: que se estica para atender casuísmos), que a faz evitar o ônus do restrito falar dos apóstolos, cujo preço é Cristo e a Igreja.
No segundo livro de Samuel há uma profecia de que a Igreja seria edificada* pelo próprio Senhor. Leiam o que Deus disse ao Rei sanguinário**, na compreensão da restauração: "Davi, você está longe, ainda está desocupado e vazio. Não pense que você deve fazer algo para edificar uma casa para mim. Você deve perceber que precisa que Eu edifique a Mim mesmo em você. Então você terá uma casa, e tal casa também será a minha casa". Hb 3:6 comprova a profecia. Quem ama a Cristo é, de fato, louco pela Igreja. Não importa se muitos negligenciam; o Senhor está edificando a Igreja com Suas pedras vivas. Está escrito na Bíblia e em alguns livros cristãos. Bela literatura!
*Mt 16:18, 2 Sm 7:11, 1 Pe 2:5; **1Cr 22:8
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