Palavra do leitor
- 07 de outubro de 2008
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O que os triunfalistas diriam de Cristo
Já faz um dia que ele morreu. Toda aquela história de Filho de Deus caiu por terra. Em pensar em que eu acreditei quando vi os milagres, quando ouvi suas promessas, quando meu coração se estremeceu diante da sua figura e das suas palavras. É. Ele tinha uma boa oratória, e até gestos poderosos, mas não venceu como disse que venceria. Tudo não passou de truques e enganos.
Cara, ele disse que tinha vencido o mundo! Disse tantas coisas dignas de um rei, de um herói, de um vencedor, para acabar justamente daquele jeito, pendurado numa cruz! Não posso acreditar. É derrota demais para quem disse ser o Enviado de Deus, para quem prometia salvar a pátria.
Eu mesmo vi quando ele desfalecia no madeiro, que é a pior condenação que pode existir. Ele estava desfigurado, feio, totalmente desacreditado, como qualquer criminoso e pecador, como qualquer derrotado e fraco. E em vez de estar ladeado por príncipes, quem estava ao seu lado eram dois imprestáveis ladrões!
Eu conheço a Lei, os Profetas e os Escritos Sagrados. Sei que o Messias virá como Rei, como Senhor, e que Seu Reino será eterno. Ele será imbatível, invencível, glorioso, e estabelecerá para sempre o Reino de Israel, restaurando o governo à linhagem de Davi. Será um líder político, um libertador, um legítimo descendente de Davi, um homem poderoso em tudo e por tudo.
Não sei como fui me misturar àqueles pobres seguidores do Nazareno. Que erro cometi ao me reunir com o Pedro falastrão e com aquele bando de pobres coitados! Também não sei como foi que o Mateus se envolveu com aquele povo. Mateus era cobrador de impostos, não precisava se aliar a pobretões. Da mesma forma não entendo o que levou o doutor Nicodemos a se ligar ao Nazareno. Muito menos entendo como o senador José de Arimatéia decidiu dar seu jazigo novinho para aquele defunto que antes prometia vida plena. Ah, e lá estavam ainda os dois filhos de Zebedeu, que, pelo que sei, estavam se dando bem na empresa de pesca. Por que seguir um fracassado? Como foi que nos metemos nessa?
Aqueles galileus quase deram trabalho. O único judeu de verdade era o Judas Iscariotes, mas agora não sei por onde anda. Deve ter se dado bem com o dinheiro arrecadado das multidões que seguiam o Nazareno. Afinal, Judas era o tesoureiro. Que decepção eu tenho de não ter sido o tesoureiro...Pelo menos daria melhor destino àquela "dinheirama" toda. Poderia juntar o dinheiro para colaborar com o futuro Messias que virá com sua grande obra...
O homem morreu e tudo se acabou. Os fariseus e saduceus é que estão com a razão: temos que usufruir o favor dos romanos, enquanto preparamos o contra-ataque. Acaso não foi Herodes que reformou o Templo em Jerusalém? Que eu saiba, o Nazareno não colocou uma pedra sequer naquele Templo. Está vendo? Muito discurso, nenhum resultado. Todas as suas ovelhas estão agora desgarradas, espalhadas nos montes e sem pastor. Já os fariseus e saduceus, embora com suas divergências doutrinárias, continuam prosperando, porque sabem que o mais importante é o resultado, o que dá certo, o que atrai o povo. Se ficassem defendendo pontos de doutrina, acabariam como Jesus, crucificados numa cruz ao lado de ladrões.
Eu não quero isso. Nasci para vencer, sou filho do Rei, sou campeão, tenho um herói dentro de mim, tipo assim, um deus. Vou prosperar, vou ser rico também, vou liderar um grupo importante aqui em Jerusalém, e meu nome será conhecido. Prometo a mim mesmo nunca mais me envolver com promessas vazias, que não funcionam. Eu quero mesmo é quebrar paradigmas...
Cara, ele disse que tinha vencido o mundo! Disse tantas coisas dignas de um rei, de um herói, de um vencedor, para acabar justamente daquele jeito, pendurado numa cruz! Não posso acreditar. É derrota demais para quem disse ser o Enviado de Deus, para quem prometia salvar a pátria.
Eu mesmo vi quando ele desfalecia no madeiro, que é a pior condenação que pode existir. Ele estava desfigurado, feio, totalmente desacreditado, como qualquer criminoso e pecador, como qualquer derrotado e fraco. E em vez de estar ladeado por príncipes, quem estava ao seu lado eram dois imprestáveis ladrões!
Eu conheço a Lei, os Profetas e os Escritos Sagrados. Sei que o Messias virá como Rei, como Senhor, e que Seu Reino será eterno. Ele será imbatível, invencível, glorioso, e estabelecerá para sempre o Reino de Israel, restaurando o governo à linhagem de Davi. Será um líder político, um libertador, um legítimo descendente de Davi, um homem poderoso em tudo e por tudo.
Não sei como fui me misturar àqueles pobres seguidores do Nazareno. Que erro cometi ao me reunir com o Pedro falastrão e com aquele bando de pobres coitados! Também não sei como foi que o Mateus se envolveu com aquele povo. Mateus era cobrador de impostos, não precisava se aliar a pobretões. Da mesma forma não entendo o que levou o doutor Nicodemos a se ligar ao Nazareno. Muito menos entendo como o senador José de Arimatéia decidiu dar seu jazigo novinho para aquele defunto que antes prometia vida plena. Ah, e lá estavam ainda os dois filhos de Zebedeu, que, pelo que sei, estavam se dando bem na empresa de pesca. Por que seguir um fracassado? Como foi que nos metemos nessa?
Aqueles galileus quase deram trabalho. O único judeu de verdade era o Judas Iscariotes, mas agora não sei por onde anda. Deve ter se dado bem com o dinheiro arrecadado das multidões que seguiam o Nazareno. Afinal, Judas era o tesoureiro. Que decepção eu tenho de não ter sido o tesoureiro...Pelo menos daria melhor destino àquela "dinheirama" toda. Poderia juntar o dinheiro para colaborar com o futuro Messias que virá com sua grande obra...
O homem morreu e tudo se acabou. Os fariseus e saduceus é que estão com a razão: temos que usufruir o favor dos romanos, enquanto preparamos o contra-ataque. Acaso não foi Herodes que reformou o Templo em Jerusalém? Que eu saiba, o Nazareno não colocou uma pedra sequer naquele Templo. Está vendo? Muito discurso, nenhum resultado. Todas as suas ovelhas estão agora desgarradas, espalhadas nos montes e sem pastor. Já os fariseus e saduceus, embora com suas divergências doutrinárias, continuam prosperando, porque sabem que o mais importante é o resultado, o que dá certo, o que atrai o povo. Se ficassem defendendo pontos de doutrina, acabariam como Jesus, crucificados numa cruz ao lado de ladrões.
Eu não quero isso. Nasci para vencer, sou filho do Rei, sou campeão, tenho um herói dentro de mim, tipo assim, um deus. Vou prosperar, vou ser rico também, vou liderar um grupo importante aqui em Jerusalém, e meu nome será conhecido. Prometo a mim mesmo nunca mais me envolver com promessas vazias, que não funcionam. Eu quero mesmo é quebrar paradigmas...
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