Palavra do leitor
- 21 de fevereiro de 2008
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O que está havendo com os corais juvenis?
Desde que ouvi falar sobre o encerramento da existência do coral de Aguazinha, fiquei me perguntando a razão pela qual isso tem acontecido. Alguns corais juvenis têm encerrado suas funções. Por qual razão? - Perguntei a mim mesmo. Corais competentes, antigos, de repente deixaram de existir. É como se Deus não quisesse que eles existissem, pelo menos é essa a idéia que tentam passar para nós. Pobres coralistas.
Os corais juvenis vêm se acabando um por um, num efeito que se pode chamar de dominó (desculpem a expressão). Tem, esse fato, despertado a revolta e a decepção em muitos maestros e componentes. Qual a verdadeira razão por detrás disso? Quem ganhará ou o que ganhará com isso? O que sei é que o Reino de Deus vai ficando como que deixando de ter uma grande ajuda – se é que podemos falar assim. Todo mundo sabe que os irmãos mais antigos nunca gostaram dos corais juvenis, pelo menos a maioria. Alguns irmãos, de púlpito, chamavam eles de "bando de crus, que cantam umas músicas sem graça. As moças são rebeldes e não gostam de obedecer às regras da igreja (como se elas salvassem)." Tem-se observado com desprazer pelos maestros e regentes, o desmoronar de uma organização que por anos tem sido um baluarte para os jovens das Assembléias de Deus, que por décadas suspirava quando viam grupos da igreja Adventistas cantarem suas músicas maravilhosas, sem poder ter algo parecido. Como o advento dos coros juvenis, a juventude se uniu em torno de algo que tinha tudo a ver com eles. Ali eles se sentiam em casa, convivendo com pessoas da mesma faixa etária, contrastando com aqueles jovens de antigamente que só tinham o s corais adultos para cantarem. Hoje em dia parece que vamos voltar a esse tempo. Segundo um maestro conhecido de nossa igreja, "muitos jovens estão hoje na igreja pelo fato de cantarem em um coral". Não deixa de soar estranho, pois Cristo é quem deve ser a verdadeira razão para um cristão cantar em um órgão, seja ele para adultos, jovens ou de adolescentes.
Conversando com um maestro cujo coral também foi extinto, fiquei sabendo que esta talvez seja uma tendência planejada pela direção da igreja. Segundo o maestro, "os gastos com as festas são um dos motivos desses corais estarem acabando". Infelizmente essa parece ser a explicação mais plausível. O que será de nossos jovens, que atualmente estão tão escanteados na Assembléia de Deus? A tristeza tem corroído o coração de muitos deles. Alguns estão migrando para as igrejas tradicionais, onde ainda há muitos coros bons, onde não há essa política da Assembléias de Deus. "Graças a Deus por elas, as igrejas tradicionais, existirem", diriam alguns jovens. Melhor ir para as nossas co-irmãs do que caírem no mundo, mesmo por que eles também são servos de Deus como nós.
O juvenil do Cabo também acabou, deixando dezenas de jovens diluindo-se em tristeza. Dá dó deles. Era o que eles mais gostavam. A música para muitos desses jovens é um baluarte no deserto causticante. Conversando com um irmão lá do Cabo, descobri que isso também não é visto com bons olhos por lá, não. Os jovens que pertenciam aos grupos que estão acabando, estão migrando para os que ainda existem, como o Life, do Córrego do Botijão, o de Olinda, em 7º RO, de Camaragibe e outros. Se apegam à idéia da resistência à extinção desse órgão como um náufrago em alto mar se apega a uma tábua. Ficaram realmente sem pai nem mãe. Perguntado o que pensa o Ministro de música da denominação referida, os maestros falam por uma boca só que ele não está nem aí para o que está acontecendo, não faz nada a favor, nem contra, o que é uma lástima para alguém que deveria ser o primeiro a combater essa idéia. Infelizmente é isso que está acontecendo. Será que não vai aparecer ninguém que fique contra essa idéia de acabar tantos corais juvenis? Que necessidade há nisso? E por que o pastor Aílton permite isso? São perguntas que até agora estão sem respostas. Um coro de nossa igreja pela segunda vez está suspenso, o que é notório a todo mundo, apesar do esforço titânico da Diretoria desse coro em cobrir esse fato. Falam que não se sabe de nada, mas a verdade é que escondem isso de todo mundo, enquanto que para os amigos e familiares, a verdade é muito bem patente. Pergunta-se se há alguma razão para isso, a suspensão. A resposta é um sonoro Não, o que é uma pura verdade. Nenhuma razão mesmo, a não ser o fato de algumas dezenas de jovens estarem querendo glorificar o nome de Deus. Nunca esse coral foi tão bombardeado como agora, segundo dizem alguns componentes.
Muitos irmãos adultos e idosos dessa igreja não concordam com isso que está acontecendo. Até presbíteros têm se levantado contra isso. Um deles disse que não concorda com isso, que é contra, apesar de sofrer revés pelo fato de ter ido a uma vigília promovida por um desses grupos. Segundo ele disse, o evangelista o perseguiu por isso. Como pode ser uma coisa dessas? Não se pode acreditar que isso esteja acontecendo, mas está. Qual vai ser o futuro desses jovens agora? Os shows, que nem sempre são uma boa opção, por causa do liberalismo exacerbado que acontece por lá? Revolta, depressão? Que Deus os livre de tudo isso.
Não se pode aceitar com alegria o fim dos coros juvenis. Até onde se sabe, as igrejas de Caetés Um, Cabo, Aguazinha,e Altos dos Coqueiros, perderam seus corais juvenis. É uma revolução silenciosa. Pouca gente sabe disso. Até maestros desconhecem esse fato. Perguntando a um deles a razão desse desconhecimento, ele disse que "os maestros, infelizmente são uma classe desunida (sic), querendo cada um aparecer mais do que o outro". É verdade até certo ponto. O interessante é que na Assembléia de Deus não há uma política de incentivar novos talentos, eles surgem espontaneamente, segundo a grande misericórdia de Deus. A igreja não os remunera, como acontece nas igrejas Batistas, que graças a Deus apóiam os coros juvenis. Até onde se sabe, o ministro de música da Assembléia é o único músico dessa igreja a receber salário (e olhem que ele não é tão talentoso assim!). Se continuar assim, os jovens vão migrar para elas, aumentando e dinamizando o número de jovens nessa igreja, que realmente sabe dar apoio a esse segmento.
Será que chegou mesmo o fim da era dos coros juvenis? Espera-se que não, pois muitos jovens ainda têm a esperança de continuar servindo a Deus nesses órgãos. Talvez isso seja só uma inovação. Que seja. Quando essa febre passar, os coros juvenis vão crescer como nunca, pois numa sociedade onde a atração para a juventude é cada vez mais crescente e depravada, espera-se que a tendência seja crescer no apoio a ela, a esperança de que tudo volte ao seu devido lugar, não menosprezo isso. É isso que se espera, pelo menos. Deixem essas águas rolarem. Ainda serão ouvidos.
Os corais juvenis vêm se acabando um por um, num efeito que se pode chamar de dominó (desculpem a expressão). Tem, esse fato, despertado a revolta e a decepção em muitos maestros e componentes. Qual a verdadeira razão por detrás disso? Quem ganhará ou o que ganhará com isso? O que sei é que o Reino de Deus vai ficando como que deixando de ter uma grande ajuda – se é que podemos falar assim. Todo mundo sabe que os irmãos mais antigos nunca gostaram dos corais juvenis, pelo menos a maioria. Alguns irmãos, de púlpito, chamavam eles de "bando de crus, que cantam umas músicas sem graça. As moças são rebeldes e não gostam de obedecer às regras da igreja (como se elas salvassem)." Tem-se observado com desprazer pelos maestros e regentes, o desmoronar de uma organização que por anos tem sido um baluarte para os jovens das Assembléias de Deus, que por décadas suspirava quando viam grupos da igreja Adventistas cantarem suas músicas maravilhosas, sem poder ter algo parecido. Como o advento dos coros juvenis, a juventude se uniu em torno de algo que tinha tudo a ver com eles. Ali eles se sentiam em casa, convivendo com pessoas da mesma faixa etária, contrastando com aqueles jovens de antigamente que só tinham o s corais adultos para cantarem. Hoje em dia parece que vamos voltar a esse tempo. Segundo um maestro conhecido de nossa igreja, "muitos jovens estão hoje na igreja pelo fato de cantarem em um coral". Não deixa de soar estranho, pois Cristo é quem deve ser a verdadeira razão para um cristão cantar em um órgão, seja ele para adultos, jovens ou de adolescentes.
Conversando com um maestro cujo coral também foi extinto, fiquei sabendo que esta talvez seja uma tendência planejada pela direção da igreja. Segundo o maestro, "os gastos com as festas são um dos motivos desses corais estarem acabando". Infelizmente essa parece ser a explicação mais plausível. O que será de nossos jovens, que atualmente estão tão escanteados na Assembléia de Deus? A tristeza tem corroído o coração de muitos deles. Alguns estão migrando para as igrejas tradicionais, onde ainda há muitos coros bons, onde não há essa política da Assembléias de Deus. "Graças a Deus por elas, as igrejas tradicionais, existirem", diriam alguns jovens. Melhor ir para as nossas co-irmãs do que caírem no mundo, mesmo por que eles também são servos de Deus como nós.
O juvenil do Cabo também acabou, deixando dezenas de jovens diluindo-se em tristeza. Dá dó deles. Era o que eles mais gostavam. A música para muitos desses jovens é um baluarte no deserto causticante. Conversando com um irmão lá do Cabo, descobri que isso também não é visto com bons olhos por lá, não. Os jovens que pertenciam aos grupos que estão acabando, estão migrando para os que ainda existem, como o Life, do Córrego do Botijão, o de Olinda, em 7º RO, de Camaragibe e outros. Se apegam à idéia da resistência à extinção desse órgão como um náufrago em alto mar se apega a uma tábua. Ficaram realmente sem pai nem mãe. Perguntado o que pensa o Ministro de música da denominação referida, os maestros falam por uma boca só que ele não está nem aí para o que está acontecendo, não faz nada a favor, nem contra, o que é uma lástima para alguém que deveria ser o primeiro a combater essa idéia. Infelizmente é isso que está acontecendo. Será que não vai aparecer ninguém que fique contra essa idéia de acabar tantos corais juvenis? Que necessidade há nisso? E por que o pastor Aílton permite isso? São perguntas que até agora estão sem respostas. Um coro de nossa igreja pela segunda vez está suspenso, o que é notório a todo mundo, apesar do esforço titânico da Diretoria desse coro em cobrir esse fato. Falam que não se sabe de nada, mas a verdade é que escondem isso de todo mundo, enquanto que para os amigos e familiares, a verdade é muito bem patente. Pergunta-se se há alguma razão para isso, a suspensão. A resposta é um sonoro Não, o que é uma pura verdade. Nenhuma razão mesmo, a não ser o fato de algumas dezenas de jovens estarem querendo glorificar o nome de Deus. Nunca esse coral foi tão bombardeado como agora, segundo dizem alguns componentes.
Muitos irmãos adultos e idosos dessa igreja não concordam com isso que está acontecendo. Até presbíteros têm se levantado contra isso. Um deles disse que não concorda com isso, que é contra, apesar de sofrer revés pelo fato de ter ido a uma vigília promovida por um desses grupos. Segundo ele disse, o evangelista o perseguiu por isso. Como pode ser uma coisa dessas? Não se pode acreditar que isso esteja acontecendo, mas está. Qual vai ser o futuro desses jovens agora? Os shows, que nem sempre são uma boa opção, por causa do liberalismo exacerbado que acontece por lá? Revolta, depressão? Que Deus os livre de tudo isso.
Não se pode aceitar com alegria o fim dos coros juvenis. Até onde se sabe, as igrejas de Caetés Um, Cabo, Aguazinha,e Altos dos Coqueiros, perderam seus corais juvenis. É uma revolução silenciosa. Pouca gente sabe disso. Até maestros desconhecem esse fato. Perguntando a um deles a razão desse desconhecimento, ele disse que "os maestros, infelizmente são uma classe desunida (sic), querendo cada um aparecer mais do que o outro". É verdade até certo ponto. O interessante é que na Assembléia de Deus não há uma política de incentivar novos talentos, eles surgem espontaneamente, segundo a grande misericórdia de Deus. A igreja não os remunera, como acontece nas igrejas Batistas, que graças a Deus apóiam os coros juvenis. Até onde se sabe, o ministro de música da Assembléia é o único músico dessa igreja a receber salário (e olhem que ele não é tão talentoso assim!). Se continuar assim, os jovens vão migrar para elas, aumentando e dinamizando o número de jovens nessa igreja, que realmente sabe dar apoio a esse segmento.
Será que chegou mesmo o fim da era dos coros juvenis? Espera-se que não, pois muitos jovens ainda têm a esperança de continuar servindo a Deus nesses órgãos. Talvez isso seja só uma inovação. Que seja. Quando essa febre passar, os coros juvenis vão crescer como nunca, pois numa sociedade onde a atração para a juventude é cada vez mais crescente e depravada, espera-se que a tendência seja crescer no apoio a ela, a esperança de que tudo volte ao seu devido lugar, não menosprezo isso. É isso que se espera, pelo menos. Deixem essas águas rolarem. Ainda serão ouvidos.
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