Palavra do leitor
- 31 de dezembro de 2021
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O que esperar para 2022?
Texto de Jeremias 20: 07 a 09
O ano de 2022 se aproxima e, durante os momentos que antecem sua chegada, nota-se toda uma pletora ou abundância de prognósticos, como também os denominados encontros de doze dias de bênçãos para doze dias de vitórias e outras nomenclaturas do gênero. Isto sem falar dos pedidos para serem levados no ultimo dia do ano, das oferendas a serem lançadas ao mar e por ai vai. Ora, não venho desdenhar, zombar e muito menos desprezar tais práticas, por não ser o caso do presente texto. Diametralmente oposto, o que esperar de 2022, um período que será marcado por tantas mudanças?
Em meio as escolhas e decisões a serem assumidas, por cada um de nós, diante das tensões sociais e econômicas, diante dos conflitos de interesses políticos, diante de todo um emaranhado de pressões e compressões, como acreditar numa trajetória voltado a fazer o que é certo? Sem delongas, para uma correlação com o texto, o que esperar de 2022, direciona-me ao profeta Jeremias, a qual presenciou a derrocada do templo de Jerusalém pelos Babilônios, vivenciou a ida de seu povo subjugado e levado ao exílio, como objetos da conquista do inimigo. Deve ser dito, embora tivesse alertado sobre a não permanência de uma fé exclusivista, como se só eles fossem os escolhidos e predestinados, de uma disrupção ou profunda transformação para a justiça, para declarar não a opressão, para dizer não a adulteração do nome de Deus, passou a ser considerado como uma figura traiçoeira, não bem visto e desleal.
Eis, no aspecto mencionado, umas das primeiras características do ser profeta, ser alguém que não prevê o futuro, que não joga dados com suposições futuras e sim alguém comprometido com o compromisso de declarar ou de dizer a verdade. As palavras de Jeremias tinham o objetivo de restaurar e reconciliar a relação do povo com a fé autêntica e não oportunista. Decerto, isso fez com que, mesmo no exílio, pudessem reconsiderar os seus caminhos, os seus princípios, os seus valores, os seus fundamentos, as suas escolhas e as suas posições. Se isso não tivesse acontecido, o povo judeu imiscuir-se-ia ou misturar-se-ia e não passariam de lembranças passadas. Agora, faz-se condição fundamental perguntar, como reconhecer ser a palavra de Deus, quando uma pessoa se apresenta como profeta? Dou mais uma pinçada, como obter a certeza e a confirmação de ser a palavra de Deus e como diferenciar ser a voz discernível de Deus e não as muitas vozes de distorções e enganos? Será que as profecias cessaram e são partes de acontecimentos restritos a um período, a um povo, a determinadas épocas e nada mais?
O profeta Jeremias se importava com o povo, chamava-os para um discurso pelo qual se constituía serem mais compassivos e menos cruéis, serem mais íntegros e menos manipuladores, serem mais e mais voltado a vida humana, porque voz de Deus sempre pede mais de nós. Mais de compaixão, mais de misericórdia, mais de complementaridade, mais de respeito, mais de um comprometer com o compromisso de declarar, de pronunciar e de fazer a escolha pela verdade. A verdade por não aceitar os desesperançados, os excluídos, os famintos, os esquecidos, os violentados, os abusados, os desumanizados, os que tiram restos dos lixos para subsistir e os que estão em situações de debilidades e por ai vai. Não por menos, o profeta se inunda da voz de Deus, a voz para não desmerecer dos sentimentos, dos afetos, dos sonhos de sua família, para não se esquecer das pessoas, para reiterar as pessoas que podem se refazer, para não conceber o outro como um meio para suas impressões. O profeta Jeremias retrata uma consciência envolvida por uma presença singular de Deus para nos ajudar a ir adiante, a enfrentar os dilemas da vida e a nos ajudar a fazer escolhas morais mais amplas e profundas.
Nessa linha de raciocínio, observo os falsos profetas, o amesquinhar de gente que usa o nome de Deus sordidamente ou sujamente, como ventríloquos religiosos e com uma moral sobre suspeita, como acima do bem e do mal, como se municiados com a outorga para estabelecer a forma de Deus agir e ponto final. Tristemente, tenho comprovado pessoas com o rótulo de profetas mais parecidos com gurus que perambulam, por ai, a procura de espaços ou de pessoas para destilarem seus desejos e suas vontades megalomaníacas. Logo, após o desfiar de todos esses meandros ou enredos de ideias e elucubrações ou reflexões minuciosas, o que esperar de 2022?
Por fim, posso dizer o quanto 2022 será as linhas e as entrelinhas, por onde estaremos sujeitos a mentira, a descrença, a avareza, ao ceticismo, ao receio e, semelhante a Jacó, ao término da luta com o Anjo, com as sequelas da luta e desgastado, prosseguir em prol de novas páginas a serem escritas, ciente de que nossa integridade independe dos pedaços ou dos inteiros, dos sim (s) ou dos não (s), sem fugir de si mesmo, sem fingir quem é e, como o Profeta Jeremias, sermos porta-vozes de e da vida.
O ano de 2022 se aproxima e, durante os momentos que antecem sua chegada, nota-se toda uma pletora ou abundância de prognósticos, como também os denominados encontros de doze dias de bênçãos para doze dias de vitórias e outras nomenclaturas do gênero. Isto sem falar dos pedidos para serem levados no ultimo dia do ano, das oferendas a serem lançadas ao mar e por ai vai. Ora, não venho desdenhar, zombar e muito menos desprezar tais práticas, por não ser o caso do presente texto. Diametralmente oposto, o que esperar de 2022, um período que será marcado por tantas mudanças?
Em meio as escolhas e decisões a serem assumidas, por cada um de nós, diante das tensões sociais e econômicas, diante dos conflitos de interesses políticos, diante de todo um emaranhado de pressões e compressões, como acreditar numa trajetória voltado a fazer o que é certo? Sem delongas, para uma correlação com o texto, o que esperar de 2022, direciona-me ao profeta Jeremias, a qual presenciou a derrocada do templo de Jerusalém pelos Babilônios, vivenciou a ida de seu povo subjugado e levado ao exílio, como objetos da conquista do inimigo. Deve ser dito, embora tivesse alertado sobre a não permanência de uma fé exclusivista, como se só eles fossem os escolhidos e predestinados, de uma disrupção ou profunda transformação para a justiça, para declarar não a opressão, para dizer não a adulteração do nome de Deus, passou a ser considerado como uma figura traiçoeira, não bem visto e desleal.
Eis, no aspecto mencionado, umas das primeiras características do ser profeta, ser alguém que não prevê o futuro, que não joga dados com suposições futuras e sim alguém comprometido com o compromisso de declarar ou de dizer a verdade. As palavras de Jeremias tinham o objetivo de restaurar e reconciliar a relação do povo com a fé autêntica e não oportunista. Decerto, isso fez com que, mesmo no exílio, pudessem reconsiderar os seus caminhos, os seus princípios, os seus valores, os seus fundamentos, as suas escolhas e as suas posições. Se isso não tivesse acontecido, o povo judeu imiscuir-se-ia ou misturar-se-ia e não passariam de lembranças passadas. Agora, faz-se condição fundamental perguntar, como reconhecer ser a palavra de Deus, quando uma pessoa se apresenta como profeta? Dou mais uma pinçada, como obter a certeza e a confirmação de ser a palavra de Deus e como diferenciar ser a voz discernível de Deus e não as muitas vozes de distorções e enganos? Será que as profecias cessaram e são partes de acontecimentos restritos a um período, a um povo, a determinadas épocas e nada mais?
O profeta Jeremias se importava com o povo, chamava-os para um discurso pelo qual se constituía serem mais compassivos e menos cruéis, serem mais íntegros e menos manipuladores, serem mais e mais voltado a vida humana, porque voz de Deus sempre pede mais de nós. Mais de compaixão, mais de misericórdia, mais de complementaridade, mais de respeito, mais de um comprometer com o compromisso de declarar, de pronunciar e de fazer a escolha pela verdade. A verdade por não aceitar os desesperançados, os excluídos, os famintos, os esquecidos, os violentados, os abusados, os desumanizados, os que tiram restos dos lixos para subsistir e os que estão em situações de debilidades e por ai vai. Não por menos, o profeta se inunda da voz de Deus, a voz para não desmerecer dos sentimentos, dos afetos, dos sonhos de sua família, para não se esquecer das pessoas, para reiterar as pessoas que podem se refazer, para não conceber o outro como um meio para suas impressões. O profeta Jeremias retrata uma consciência envolvida por uma presença singular de Deus para nos ajudar a ir adiante, a enfrentar os dilemas da vida e a nos ajudar a fazer escolhas morais mais amplas e profundas.
Nessa linha de raciocínio, observo os falsos profetas, o amesquinhar de gente que usa o nome de Deus sordidamente ou sujamente, como ventríloquos religiosos e com uma moral sobre suspeita, como acima do bem e do mal, como se municiados com a outorga para estabelecer a forma de Deus agir e ponto final. Tristemente, tenho comprovado pessoas com o rótulo de profetas mais parecidos com gurus que perambulam, por ai, a procura de espaços ou de pessoas para destilarem seus desejos e suas vontades megalomaníacas. Logo, após o desfiar de todos esses meandros ou enredos de ideias e elucubrações ou reflexões minuciosas, o que esperar de 2022?
Por fim, posso dizer o quanto 2022 será as linhas e as entrelinhas, por onde estaremos sujeitos a mentira, a descrença, a avareza, ao ceticismo, ao receio e, semelhante a Jacó, ao término da luta com o Anjo, com as sequelas da luta e desgastado, prosseguir em prol de novas páginas a serem escritas, ciente de que nossa integridade independe dos pedaços ou dos inteiros, dos sim (s) ou dos não (s), sem fugir de si mesmo, sem fingir quem é e, como o Profeta Jeremias, sermos porta-vozes de e da vida.
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