Palavra do leitor
- 02 de julho de 2014
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O que é o Evangelho?
O Evangelho não é um amontoado de versículos, que se decora e repete em reuniões solenes ou na escuridão do quarto, quando tomado de um pavor inexplicável. O Evangelho está além de todos os chavões, de todos os sermões, de todos os livros, de todos os cânticos, de todos os programas, de todos os eventos já feitos (e que ainda serão feitos) em nome de D-us. O Evangelho não cabe em meus versos, nem nos vídeos compartilhados no Facebook, nem nos minutos de exposição dos teólogos. O Evangelho é indescritível, é inenarrável, impronunciável. O Evangelho é improclamável, por isso o Verbo se fez carne. Pelo Evangelho, a habitação do Verbo deixa de ser a Gramática e passa a ser o Coração.
Esse fenômeno é uma loucura. Maior do que qualquer fantasia, do que qualquer roteiro de filme de suspense, maior do que qualquer inspiração onírica. Nem H. P. Lovercraft seria capaz de sonhar com tal insanidade. Os quadros de Salvador Dali, diante da revelação do Evangelho, são meras pinturas de criança.
A inexplicabilidade do Evangelho não significa incompreensão. Pelo contrário, apenas aponta para a insuficiência das palavras. O que é expresso pela mensagem do Cristo não cabe na linguagem humana. As prédicas expõem apenas fragmentos dessa luz. O olhar, a mudança de vida, a transformação exterior, tudo isso são simples parágrafos, diante da grandiosidade dessa mensagem inexprimível.
O Evangelho é a Vida. É a Vida abundante que se revela mediante a revelação do Nome. É a ampliação de consciência. É o esgotamento do individualismo e a penetração no Reino do Absoluto. É a sintonia com o Sublime, a devoção ao Belo. É enxergar resquícios de luz em meio às trevas. É ter conforto diante de pesadelos reais. É enfrentar a noite com a certeza do dia. É ter um céu no coração e dividi-lo na terra.
A meditação nas Sagradas Escrituras, a participação em uma comunidade religiosa, a audição de prédicas e cânticos espirituais fazem parte do processo de encanação dessa mensagem. No entanto, todas essas coisas só têm sentido quando se imiscuem nos recônditos do espírito, quando se entranham na essência do ser. O Evangelho é um absurdo imponderável. Não há como compreendê-lo, pois ele não é um aquário que pode ser observado. O Evangelho é um oceano. É preciso mergulhar.
Jénerson Alves (www.jenersonalves.blogspot.com)
Esse fenômeno é uma loucura. Maior do que qualquer fantasia, do que qualquer roteiro de filme de suspense, maior do que qualquer inspiração onírica. Nem H. P. Lovercraft seria capaz de sonhar com tal insanidade. Os quadros de Salvador Dali, diante da revelação do Evangelho, são meras pinturas de criança.
A inexplicabilidade do Evangelho não significa incompreensão. Pelo contrário, apenas aponta para a insuficiência das palavras. O que é expresso pela mensagem do Cristo não cabe na linguagem humana. As prédicas expõem apenas fragmentos dessa luz. O olhar, a mudança de vida, a transformação exterior, tudo isso são simples parágrafos, diante da grandiosidade dessa mensagem inexprimível.
O Evangelho é a Vida. É a Vida abundante que se revela mediante a revelação do Nome. É a ampliação de consciência. É o esgotamento do individualismo e a penetração no Reino do Absoluto. É a sintonia com o Sublime, a devoção ao Belo. É enxergar resquícios de luz em meio às trevas. É ter conforto diante de pesadelos reais. É enfrentar a noite com a certeza do dia. É ter um céu no coração e dividi-lo na terra.
A meditação nas Sagradas Escrituras, a participação em uma comunidade religiosa, a audição de prédicas e cânticos espirituais fazem parte do processo de encanação dessa mensagem. No entanto, todas essas coisas só têm sentido quando se imiscuem nos recônditos do espírito, quando se entranham na essência do ser. O Evangelho é um absurdo imponderável. Não há como compreendê-lo, pois ele não é um aquário que pode ser observado. O Evangelho é um oceano. É preciso mergulhar.
Jénerson Alves (www.jenersonalves.blogspot.com)
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