Palavra do leitor
- 24 de novembro de 2012
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O que dizer em meio a tudo isso?
O que dizer em meio a tudo isso?
''As vezes, lanço - me no leito dessa pergunta:
- O por qual motivo quero ser um homem de fé?
Quiçá, não fosse melhor aderir - me a essa via:
- O por qual motivo não ser um homem ciente de sua finitude, sem menosprezar a eternidade?''
O ser humano sempre objetivou alcançar um estado de autonomia, de liberdade, de independência e de ser dono do seu próprio nariz. De certa maneira, ao folhear a história da humanidade, deparar - nos - emos com uma pletora de conflitos bélicos, fomentados e promovidos pelas mais estúpidas ideias. As guerras regidas sobre a égide da fé, da defesa irrestrita em favor dos direitos do divino, da mantença de verdades e outras argumentações, lá no fundo, lonas para esconder os buracos da cupidez, da vontade dos homens propensas a tornar o semelhante numa mera máquina de manuseio, com a intenção de lograr interesses escusos e mesquinhos. Até hoje as cicatrizes são percebidas e notadas em povos, culturas, contextos sociais e históricos (relembremo - nos dos judeus exterminados, como objetivos sem qualquer utilidade e relevância, no cenário funesto da segunda guerra - mundial e por ai vai). Eis a tônica dessa elucubração, diga - se de passagem voltado a discernir o por qual motivo aceitamos, cada vez mais, como uma força que nos suga, as cartilhas de uma realidade permeada e plasmada pelo coisificação, ou seja, a concepção de as relações serem descartáveis. Mais recentemente, uma jovem vendeu sua virgindade, se por uma jogada de marketing ou não, tão somente, o desdobrar dos acontecimentos poderão dizer. Não podemos para por aqui, tínhamos a esperança de o progresso dissipar com as abissais disparidades entre incluídos e excluídos, mas isso não tem ocorrido. Deveras, as pessoas correm tresloucadas atrás do mais, sem parar, sem ponderar, sem olhar para a vida com um toque lúdico e imaginativo. Sincera e honestamente, adornamo - nos na teoria da mais valia, do que posso comprar, como posso me vender e não podemos nos culpar ou condenar, por causa disso.
Ouso abrir um espaço e pontuar a irradiação da violência na metrópole paulista da qual faço parte e verifico todo um emaranhado de estratégias públicas, no entanto sem atentar para um processo de ciclos de gestões públicas lacunosas e indiferentes. Quão triste representa vidas solapadas, todas as noites, e a expectativas de um cessar, no presente momento, atrelado ao mundo dos discursos envernizados a fim de não comprometer as vindouras eleições estaduais. Indo ao texto de Habacuque 03. 17 a 19, instauram e margeiam os meandros narrativos adotados e assumidos pela Igreja. Em outras palavras, qual tem sido a nossa resposta e mensagem, diante de uma panorâmica acostumada ao individualismo, ao utilitarismo e ao desfecho para interpretar a vida, como algo a ser descartado? Sem titubear, a criação representou um risco e negar isso seria um incautismo, para não dizer uma tolice. Afinal de contas, Deus de maneira alguma moldou duas marionetes para manipulá - las e permanecer, em algum lugar do cosmo, com um dado da sorte e do azar. Vale dizer, fomos e somos dotados como seres livres, mormente as implicações de cunho sociológico, antropológico, psicológico podem colocar reticências nessa delimitada afirmação, direcionados a decidir e com responsabilidade. Agora, o papel da Igreja tem sido, em meio a coisificação da dignidade, de uma geração afeita a se filiar a teoria de que o corpo não passa de uma extensão do meu direito de escolha, de um culto acerbado a imagem (para ser aceito, reconhecido e recompensado), de uma busca regida pelo caudilho ditatorial imposto por um voyeurismo (principalmente nas mulheres, com a veneração das apoteóticas lipoaspirações, as plásticas, ao tira aqui e põem ali) e etceres.
Vamos adiante, ao se defrontar com um período de profusão das boas - novas, através de miríades de templos e ministérios, muitos devem inquirir sobre a genuinidade da Cruz e qual tem sido nossa resposta? Devo reconhecer, não ter respostas prontas para todo esse manancial de celeumas e se faz fundamental considerar, no espaço destinado ao leitor, extraímos as mais diversificadas posições e vertentes analíticas. Por ora, as palavras de Habacuque e das bem - aventuranças, conforme fincado no solo de Mateus 05, ao qual tenho a audácia de estreitá - los, para uma breve reflexão, a saber:''embora a natureza seja o palco de muitas cicatrizes, bem - aventurados aqueles que a não descarta da proposta da reconciliação firmada no sacrifício de Cristo;embora as disparidades camufladas pelos holofotes de um progresso para todos, bem - aventurados aqueles que arriscam e ainda lutam e se engajam por discernir o próximo no sentido, no destino e no motivo da vida cristã;embora a ciência e a tecnologia possam ser utilizados como instrumentos de uma idílica divinização do eu, ainda sim, bem - aventurados aqueles não se amoldam a uma paranoia contra as mudanças e melhorias geradas pela capacidade do ser humano''..
''As vezes, lanço - me no leito dessa pergunta:
- O por qual motivo quero ser um homem de fé?
Quiçá, não fosse melhor aderir - me a essa via:
- O por qual motivo não ser um homem ciente de sua finitude, sem menosprezar a eternidade?''
O ser humano sempre objetivou alcançar um estado de autonomia, de liberdade, de independência e de ser dono do seu próprio nariz. De certa maneira, ao folhear a história da humanidade, deparar - nos - emos com uma pletora de conflitos bélicos, fomentados e promovidos pelas mais estúpidas ideias. As guerras regidas sobre a égide da fé, da defesa irrestrita em favor dos direitos do divino, da mantença de verdades e outras argumentações, lá no fundo, lonas para esconder os buracos da cupidez, da vontade dos homens propensas a tornar o semelhante numa mera máquina de manuseio, com a intenção de lograr interesses escusos e mesquinhos. Até hoje as cicatrizes são percebidas e notadas em povos, culturas, contextos sociais e históricos (relembremo - nos dos judeus exterminados, como objetivos sem qualquer utilidade e relevância, no cenário funesto da segunda guerra - mundial e por ai vai). Eis a tônica dessa elucubração, diga - se de passagem voltado a discernir o por qual motivo aceitamos, cada vez mais, como uma força que nos suga, as cartilhas de uma realidade permeada e plasmada pelo coisificação, ou seja, a concepção de as relações serem descartáveis. Mais recentemente, uma jovem vendeu sua virgindade, se por uma jogada de marketing ou não, tão somente, o desdobrar dos acontecimentos poderão dizer. Não podemos para por aqui, tínhamos a esperança de o progresso dissipar com as abissais disparidades entre incluídos e excluídos, mas isso não tem ocorrido. Deveras, as pessoas correm tresloucadas atrás do mais, sem parar, sem ponderar, sem olhar para a vida com um toque lúdico e imaginativo. Sincera e honestamente, adornamo - nos na teoria da mais valia, do que posso comprar, como posso me vender e não podemos nos culpar ou condenar, por causa disso.
Ouso abrir um espaço e pontuar a irradiação da violência na metrópole paulista da qual faço parte e verifico todo um emaranhado de estratégias públicas, no entanto sem atentar para um processo de ciclos de gestões públicas lacunosas e indiferentes. Quão triste representa vidas solapadas, todas as noites, e a expectativas de um cessar, no presente momento, atrelado ao mundo dos discursos envernizados a fim de não comprometer as vindouras eleições estaduais. Indo ao texto de Habacuque 03. 17 a 19, instauram e margeiam os meandros narrativos adotados e assumidos pela Igreja. Em outras palavras, qual tem sido a nossa resposta e mensagem, diante de uma panorâmica acostumada ao individualismo, ao utilitarismo e ao desfecho para interpretar a vida, como algo a ser descartado? Sem titubear, a criação representou um risco e negar isso seria um incautismo, para não dizer uma tolice. Afinal de contas, Deus de maneira alguma moldou duas marionetes para manipulá - las e permanecer, em algum lugar do cosmo, com um dado da sorte e do azar. Vale dizer, fomos e somos dotados como seres livres, mormente as implicações de cunho sociológico, antropológico, psicológico podem colocar reticências nessa delimitada afirmação, direcionados a decidir e com responsabilidade. Agora, o papel da Igreja tem sido, em meio a coisificação da dignidade, de uma geração afeita a se filiar a teoria de que o corpo não passa de uma extensão do meu direito de escolha, de um culto acerbado a imagem (para ser aceito, reconhecido e recompensado), de uma busca regida pelo caudilho ditatorial imposto por um voyeurismo (principalmente nas mulheres, com a veneração das apoteóticas lipoaspirações, as plásticas, ao tira aqui e põem ali) e etceres.
Vamos adiante, ao se defrontar com um período de profusão das boas - novas, através de miríades de templos e ministérios, muitos devem inquirir sobre a genuinidade da Cruz e qual tem sido nossa resposta? Devo reconhecer, não ter respostas prontas para todo esse manancial de celeumas e se faz fundamental considerar, no espaço destinado ao leitor, extraímos as mais diversificadas posições e vertentes analíticas. Por ora, as palavras de Habacuque e das bem - aventuranças, conforme fincado no solo de Mateus 05, ao qual tenho a audácia de estreitá - los, para uma breve reflexão, a saber:''embora a natureza seja o palco de muitas cicatrizes, bem - aventurados aqueles que a não descarta da proposta da reconciliação firmada no sacrifício de Cristo;embora as disparidades camufladas pelos holofotes de um progresso para todos, bem - aventurados aqueles que arriscam e ainda lutam e se engajam por discernir o próximo no sentido, no destino e no motivo da vida cristã;embora a ciência e a tecnologia possam ser utilizados como instrumentos de uma idílica divinização do eu, ainda sim, bem - aventurados aqueles não se amoldam a uma paranoia contra as mudanças e melhorias geradas pela capacidade do ser humano''..
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