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Palavra do leitor

O que dizer do Estado Islâmico?

‘’O mal parece ser algo inerente ao ser humano e um dos seus efeitos mais devastadores se encontra na banalização do próximo. ’’

Em nome de um pretenso entretenimento destinado as massas, o Império Romano concedia duelos de gladiadores, nas arenas. Em nome de uma defesa pela fé, cristãos e mulçumanos se engalfinharam nas cruzadas. Em nome da verdadeira fé, a inquisição serviu para submeter milhares a perseguições, a torturas, a assassinatos. Em nome de idealismos e ideologias políticas, milhões de judeus acabaram exterminados, nos campos de concentração. Em nome de conflitos étnicos, Ruanda se tornou no palco de um dos maiores genocídios de vidas. Em nome da ciência e da tecnologia, Hiroshima e Nagasaki se constituíram num morticínio de vidas desfeitas pelo impacto de duas bombas atômicas. Em nome de uma economia energética, Chernobyl virou numa cidade fantasma. Em nome do soerguer de uma nação sob os pilares de uma interpretação correta do alcorão, jovens europeus migram para áreas sob o domínio do denominado Estado Islâmico, ao qual preconiza e advoga por uma militância engajada e profunda, em prol de seus ideais, valores, princípios e posições.

Nos últimos tempos, a notícia sobre as ações e articulações do Estado Islâmico tem causado sérias e concretas inquietações, na sociedade. Sem sombra de dúvida, sua presença em determinadas regiões demonstra, lá no fundo, uma simples e previsível virada de disco. Digo isso, porque esses subjugados pelos seus seguidores radicais, nada mais e nada menos, impõem o terror, através de atos e práticas facínoras. Agora, não deveríamos questionar:

- O por qual motivo de tantos jovens oriundos do velho continente europeu, expressamente, decidem apagar toda uma história e partir para o tudo ou o nada?

As respostas apresentarão uma sucessão de pontuações, mas arrisco enfocar sobre o aspecto de muitos de seus adeptos serem o resultado de uma cultura do sucesso, a qual não contempla a todos. Evidentemente, outros fatores compõem a espinha dorsal do assunto. Mesmo assim, uma parcela desses jovens é atraída por uma via alternativa que, supostamente, preencha o vazio e suas inquietações.

De certo, guardadas as devidas proporcionalidades, o movimento nazista também acolheu muitos descontentes jovens, em suas fileiras. Vou adiante, esses jovens, talvez, não tenham encontrado laços de pertencimento, principalmente, dentro de um contexto regido pelo sucesso, ao qual, tão somente, os bem – sucedidos são ouvidos, aceitos e percebidos.

Não por menos, o Estado Islâmico, em maior amplitude e latitude, mas também as biqueiras arraigadas nas periferias esquecidas, por exemplo, exerce um papel persuasor a jovens desprovidos e sem qualquer acesso a dispositivos político – social, político – cultural, político – econômico e político – ético voltados a promover uma convivência recíproca, entre o eu e o outro para, então, por fim, desembocarem em próximos. Destarte, isto envolve acolher o outro, nas suas idiossincrasias ou peculiaridades e diferenças.

Aliás, diga – se de passagem, o Estado Islâmico, os canais do tráfico andam a léguas de distância dos canais de mediações e intermediações, de linhas dialogais efetivas e claras. Faz – se notar, neste balaio de gato de um mundo a nossa frente, cada vez mais, perdermos a noção do próximo, do outro, do semelhante, da amizade, do companheirismo e do pertencimento. Por mais que muitos relutam, o Estado Islâmico simboliza mais um mosaico facínora e inaceitável de escolhas feitas, lá atrás.

Não nos esqueçamos de que seus soldados utilizam armas obtidas de potenciais ocidentais, por meio do rentável mercado paralelo de instrumentações bélicas. Sinceramente, ainda assim, somos chamados a não abrir mão da vida, do ser, do próximo, até porque, embora estivessem alderedor, Jesus não se amoldou ao zelotismo que aspirava resgatar o povo de Israel da opressão romana, através da força.
São Paulo - SP
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