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Palavra do leitor

O que dizer diante das lutas e provações [1]

‘’O evangelho de Cristo nos chama para uma liberdade liberta das justificativas. ’’

O evangélico parece carregar a sina de um processo de provações e dificuldades.

Pronto, ao aceitar a Cristo, eis aqui a autorização para ser, então, alvejado, de todos os lados.

Desde os primórdios da cristandade, extraímos toda uma pletora de interpretações e conclusões sobre o assunto e, em muitos casos, beira a uma espécie de sofrimento indispensável.

É bem verdade, os mártires, os martírios, os flagelos e as perseguições inexoráveis sobre os cristãos demonstram as contingências do chamado. Cumpre salientar, sem culminar na dimensão do embate espiritual e também com relação a nossa vontade, uma parcela das denominadas adversidades não é o desfecho de decisões e respostas, pelo qual desaguaram em consequências dantescas, em nossa existência.

Digo isso, em função de migrarmos para o texto de Thiago 01.01, como a mais e deslavada desculpa para nossas mancadas.

Quantas vezes, ouvia e ouço cristãos dizerem, minutos antes de uma avaliação na universidade:- Meu Deus, quanto luta e provação!

No entanto, pergunte se o estimado irmão se preparou para a avaliação e, assim sendo, dissiparia toda essa apreensão ou conversa pra boi dormir.

Tristemente, valemo – nos do texto de Thiago e, semelhante a um tapa buraco, aplicamos em toda uma concomitância de situações.

Não paramos para ouvir e aceitar a relevância de nortearmos nossa vida, trilhamos por práticas fadadas ao fracasso e a mediocridade, porfiamos em posturas inflexíveis, portamo – nos como inacessíveis, repudiamos e execramos a confissão, tratamos o evangelho como um livro da sorte, como um antídoto para nossas inclinações temerárias e por ai vai.

Vou adiante, quantos prosseguem numa relação conjugal funesta, devido a tese de que as lutas e provações florescerem em glória e grande alegria.

Sou a favor, alguém pode inquirir, do divórcio, de uma visão relativista do evangelho?

Evidentemente, não!

Agora, embora devemos reconhecer as intempéries por aspirarmos as boas – notícias do amor, do perdão, da justiça e de Cristo, dentro uma realidade do cada um por si e Deus por todos, não devemos proceder com seriedade e sinceridade, diante de acontecimentos que nada tem a ver com o versículo 01 de Thiago?

Durante muito tempo, e ainda pulsa em meu ser, o lograr alegria, e grande, em meio a tribulação, me lançou a uma profunda inquietação.

Será que Deus extraí certo êxtase de momentos de caos vivenciados pelos seus filhos (as)?

Em meio a esse vaivém de arguições, debrucei – me no aspecto de que os reputados não cristãos se deparam com derrocadas, catástrofes, aflições extremas, perdas impiedosas e, portanto, não deveriam incorrer numa grande alegria?

Ah, em diversos momentos da minha vida, lá no fundo, prefiro subir e descer as escadarias desvencilhadas da Graça de Cristo e até acerto, mas quando todas as expectativas vão a bancarrota ou a falência, valho – me, embora indignado, do texto de Thiago e aceito um contentamento, pelo menos saio bem na foto, como um cristão fiel e temente.

Dou mais alguns passos a frente, arrisco dizer que as provações e lutas preconizadas pelo Apóstolo Thiago espelham eu mesmo, sempre propenso ao individualismo, ao utilitarismo, a conceber o outro como um objeto a ser manuseado, consumido e depois descartado.

Infelizmente, procuramos um evangelho propício a nos tirar da vida e de seus riscos; entretanto, tenho compreendido que Deus permanecerá a nos manter nos entrechoques da vida. Sem hesitar, a criação representou um risco assumido por Deus e ouso elucubrar que Adão e Eva trilharam pelos altos e baixos da existência.

Sem hesitar, a criação representou um risco assumido por Deus e ouso elucubrar que Adão e Eva trilharam pelos altos e baixos da existência.

Negar isso, seria admitir um Deus manipulador que, ao invés de formar seres livres para decidir e em responsabilidade, criou marionetes.

Não paro por aqui, com maestria, esquivamo – nos do compromisso com relação ao amor pleno, pro meio do comprometimento com o serviço, o discipulado e a confissão, ou seja, ir ao irmão convalido.

Para tanto, o versículo 01 de Thiago cai como uma luva!

Deixo bem claro, novamente reitero, a vida cristã se depara com os reveses e as dicotomias e, somente, ressalto a relevância de ponderar sobre a maneira como procedemos e decidimos.

Muitos nos arraiais evangélicos mantém uma vida de aparências e anulam abrir os corredores de sua história para experimentar o lenitivo da Cruz de Cristo.

Muitos hostilizam suas esposas e famílias e diante de um banimento familiar se vestem do versículo 01 de Thiago.

Muitos tratam as pessoas como excrescência, para não dizer esterco, e esperam aplausos apoteóticos.

Muitos mancham o evangelho de Cristo e não aceitam as objeções.
São Paulo - SP
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