O que Deus espera mim?

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''A nossa vida não é nenhum mar de rosas, porque os espinhos acontecem, mas, mesmo assim, as gotas de lágrimas e sorrisos, seja em função de tocarmos nas rosas ou nos espinhos, nos leva a escrevermos a nossa história. Agora, a questão é:
- Até que ponto as gotas das minhas mãos tem sido rosas e espinhos, quando escrevo algo nas memórias do próximo?''

As 14:48min, numa tímida tarde de sol, aqui no escritório, no qual perfaço uma parcela significativa da minha existência, veio essa questão (O que Deus espera de mim?).

Quantos já não se depararam com essa questão?

Talvez você que irá ler o presente texto, seja na Ultimato ou em outro espaço do denominado sistema virtual de comunicação.

Mais vamos lá, sem delongas, com abertura e transparência. Afinal de contas, o que Deus espera de mi ou de você?

Para determinadas pessoas, a respectiva pergunta nada traz de relevante e inspirador; já, em outra direção, encontraremos uma amontoado de linhas de raciocínio e posições, com relação ao tema.

Então, será que Deus espera que ganha o mundo, abandone minhas atividades diárias e viva da obra, que renuncie, que vá para um lugar distante e, caso seja necessário, morra, em prol do evangelho.

Vou adiante, que seja um santo mártir, ore a cada hora, decore a bíblia toda, adote uma igreja como minha casa mãe espiritual, estude teologia, obtenha os dons espirituais, fale em línguas, participe de ações sociais, evangeliza marginalizados, excluídos e rejeitados, seja um modelo de progresso e crescimento exponencial na vida (como prova de que ser dizimista e ofertante se constitui numa prova cabal de que caminhar com Cristo sempre traz divisas?) e por ai vai.

Sejamos sinceros, será que Deus espera que seja um bom cidadão, um cara legal, um individuo bem visto na vizinhança (que não fala palavrão?, que não se irrita, quando alguém quase bate no seu carro?), que não para analisar e ponderar sobre a condição sine qua non de que ser sal da terra e luz do mundo, indiscutivelmente, envolve existir para os outros, para a vida?

Ora, será que Deus espera de mim levantar a bandeira de uma denominação, como a única certeza da salvação e, expressamente, vomitar as demais? Em outras palavras, de vestir tal roupa, adotar tal linguagem, incorporar tais valores e trejeitos, repudiar o conhecimento e se valer de um misticismo barateado, de um mercantilismo da fé, de um teologismo sem viço e fecundidade, de um ajuntamento eclesiástico desprovido de comunhão dialogal e relacional?

Quão triste perpassa adentrar nessa trajetória! Sabe, humildemente, acredito que Deus espera de mim que pare e permita ir a direção das pegadas de Cristo, curtir as vicissitudes e as nuances da vida, de não aceitar uma vida de formas perfeitas, e permitir ao Espírito Santo moldar a Graça que nos livres.

Ademais, enfim, creio que Deus espera de mim uma vida simples e ciente de que fui remido, aceito e incluído.

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Opinião do leitor