Palavra do leitor
- 11 de outubro de 2017
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O que carregamos, ou escondemos entre as pernas?
O que carregamos, ou escondemos entre as pernas, que se for descoberto poderá colocar toda uma história de vida na lata do lixo?
" Mas tinha tomado Raquel os ídolos e os tinha posto na albarda de um camelo, e assentara-se sobre eles; e apalpou Labão toda a tenda, e não os achou". Genesis 31.34
A história da constituição da família de Jacó nos apresenta lições ou mesmo se assemelha a formação da maioria das famílias no contexto de como trabalhamos, fazemos nossas escolhas, e como temos que negociar com as partes em todas as relações, sejam ela trabalho, família do cônjuge, amigos, entre outros.
O interessante neste episódio é que Raquel, nos versos anteriores, demonstra sua indignação com seu pai quando apresentou diversas mudanças afetando diretamente o relacionamento, até menciona que o valor que recebeu de trabalho do seu genro, o pai se apropriou e não dividiu com as filhas.
Este labão tinha uma inclinação financeira muito latente, basta ler os detalhes do capitulo 24, quando Rebeca, sua irmã, chegou em casa com os pendentes de ouro recebido de Eliezer. Ele logo percebeu ali uma conexão de negócios onde poderia tirar proveito. Pelo visto tinha se aprimorado na arte de tirar proveito o máximo possível de cada relação de negócio.
Interessante que o verso abaixo apresenta um comportamento semelhante ao do Pai, leia:
"E havendo Labão ido a tosquiar as suas ovelhas, furtou Raquel os ídolos que seu pai tinha”. Gênesis 31:19
Não sabemos o valor patrimonial deste ídolo, mas podemos perceber o valor sentimental ou espiritual, e Raquel num momento de raiva, de ira, ou mesmo querer dá o troco no velho, tem uma atitude muito desapropriada. Será que Jacó em suas noites contavam as histórias de aproveitamento que havia feito em sua casa em relação ao seu pai e seu irmão?
O que não se imaginava é que alguns dias depois deste furto, seu Pai Labão iria reivindicar este objeto.
Esta reivindicação colocaria em jogo quatorze anos de trabalho do marido de Raquel para conseguir viver com o amor da sua vida.
Labão vai atrás de Jacó, dá uma bronca nele por ter saído de madrugada sem dar nenhuma satisfação. Será que só Jacó que agia assim? Podemos nos ver também em situação semelhante quando damos um perdido em alguém e, quando nos procurar, nós já estaremos bem longe?
O que Raquel não imaginaria é que quando seu Pai informou da perda do ídolo, Jacó afirmava que não havia roubado. Por isto eles entraram num acordo, depois de momentos de discussões, que se realmente alguém tivesse roubado este ídolo, a pessoa com quem fosse encontrado poderia ser tirado a vida.
O que se passou na cabeça de Raquel?
Ela sagazmente elaborou um plano de última hora e convenceu seu Pai que não poderia atende-lo pois não estava em um bom dia.
Olha onde guardou o ídolo:
"Mas tinha tomado Raquel os ídolos e os tinha posto na albarda de um camelo, e assentara-se sobre eles; e apalpou Labão toda a tenda, e não os achou. " Gênesis 31:34
Pensando nesta atitude de Raquel podemos fazer a seguinte pergunta: O que temos carregado ou escondido entre as pernas que se for descoberto colocará nosso relacionamento em risco?
Ou poderá jogar todo investimento, no caso de Jacó, de quatorze anos na lata do lixo?
Também podemos olhar pela necessidade de Raquel em ficar presa emocionalmente ao seu Pai, e por pouco ela quase colocou tudo a perder.
Vale a pena uma vida de não prestação de contas as pessoas de direito? Carregar ídolos, deuses, desejos as escondidas, quando Deus já nos proporcionou uma pessoa fonte para compartilharmos a vida?
O ídolo que Raquel levava pode ser considerado um embaraço que no segundo estágio colocaria tudo a perder.
Concluo esta breve reflexão usando a parte "b" do verso 1, capitulo 12 do livro aos Hebreus:
"deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta"
Que possamos estar livres para correr dentro da vocação que recebemos da parte do nosso Pai eterno.
Enoque Caló - TBC Núcleo Tatuapé SP
" Mas tinha tomado Raquel os ídolos e os tinha posto na albarda de um camelo, e assentara-se sobre eles; e apalpou Labão toda a tenda, e não os achou". Genesis 31.34
A história da constituição da família de Jacó nos apresenta lições ou mesmo se assemelha a formação da maioria das famílias no contexto de como trabalhamos, fazemos nossas escolhas, e como temos que negociar com as partes em todas as relações, sejam ela trabalho, família do cônjuge, amigos, entre outros.
O interessante neste episódio é que Raquel, nos versos anteriores, demonstra sua indignação com seu pai quando apresentou diversas mudanças afetando diretamente o relacionamento, até menciona que o valor que recebeu de trabalho do seu genro, o pai se apropriou e não dividiu com as filhas.
Este labão tinha uma inclinação financeira muito latente, basta ler os detalhes do capitulo 24, quando Rebeca, sua irmã, chegou em casa com os pendentes de ouro recebido de Eliezer. Ele logo percebeu ali uma conexão de negócios onde poderia tirar proveito. Pelo visto tinha se aprimorado na arte de tirar proveito o máximo possível de cada relação de negócio.
Interessante que o verso abaixo apresenta um comportamento semelhante ao do Pai, leia:
"E havendo Labão ido a tosquiar as suas ovelhas, furtou Raquel os ídolos que seu pai tinha”. Gênesis 31:19
Não sabemos o valor patrimonial deste ídolo, mas podemos perceber o valor sentimental ou espiritual, e Raquel num momento de raiva, de ira, ou mesmo querer dá o troco no velho, tem uma atitude muito desapropriada. Será que Jacó em suas noites contavam as histórias de aproveitamento que havia feito em sua casa em relação ao seu pai e seu irmão?
O que não se imaginava é que alguns dias depois deste furto, seu Pai Labão iria reivindicar este objeto.
Esta reivindicação colocaria em jogo quatorze anos de trabalho do marido de Raquel para conseguir viver com o amor da sua vida.
Labão vai atrás de Jacó, dá uma bronca nele por ter saído de madrugada sem dar nenhuma satisfação. Será que só Jacó que agia assim? Podemos nos ver também em situação semelhante quando damos um perdido em alguém e, quando nos procurar, nós já estaremos bem longe?
O que Raquel não imaginaria é que quando seu Pai informou da perda do ídolo, Jacó afirmava que não havia roubado. Por isto eles entraram num acordo, depois de momentos de discussões, que se realmente alguém tivesse roubado este ídolo, a pessoa com quem fosse encontrado poderia ser tirado a vida.
O que se passou na cabeça de Raquel?
Ela sagazmente elaborou um plano de última hora e convenceu seu Pai que não poderia atende-lo pois não estava em um bom dia.
Olha onde guardou o ídolo:
"Mas tinha tomado Raquel os ídolos e os tinha posto na albarda de um camelo, e assentara-se sobre eles; e apalpou Labão toda a tenda, e não os achou. " Gênesis 31:34
Pensando nesta atitude de Raquel podemos fazer a seguinte pergunta: O que temos carregado ou escondido entre as pernas que se for descoberto colocará nosso relacionamento em risco?
Ou poderá jogar todo investimento, no caso de Jacó, de quatorze anos na lata do lixo?
Também podemos olhar pela necessidade de Raquel em ficar presa emocionalmente ao seu Pai, e por pouco ela quase colocou tudo a perder.
Vale a pena uma vida de não prestação de contas as pessoas de direito? Carregar ídolos, deuses, desejos as escondidas, quando Deus já nos proporcionou uma pessoa fonte para compartilharmos a vida?
O ídolo que Raquel levava pode ser considerado um embaraço que no segundo estágio colocaria tudo a perder.
Concluo esta breve reflexão usando a parte "b" do verso 1, capitulo 12 do livro aos Hebreus:
"deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta"
Que possamos estar livres para correr dentro da vocação que recebemos da parte do nosso Pai eterno.
Enoque Caló - TBC Núcleo Tatuapé SP
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