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Palavra do leitor

O primeiro sermão do evangelho, de quem foi?

O primeiro sermão do evangelho, de quem foi?


‘’A sabedoria, o conhecimento e a inteligência, caso não venham contagiados pelo amor ou pela humanidade, são um amontoado de ideias e ideais evasivos e enfadonhos, por onde pessoas são partes de sistemas, de estruturas e de métodos e não o único e mais valioso bem da vida. ’’


O texto de João 04. 01 – 42 descortina toda uma série de situações conflituosas, tidas como sem nenhuma solução e resposta. Eis a narrativa dessa rápida e profunda novela da vida, crua e nua, sem as maquiagens dos discursos, sem as máscaras das retóricas envernizadas e, enfim, sem sublimações, sem refinações, sem toques e retoques. Ali, encontramos uma mulher e de samaria (tratados como personas impuras, desprovidas de qualquer ato de misericórdia, como se fossem uma escória, um erro da natureza, uma segunda classe, para não dizer pior). Mesmo assim, Jesus se aproxima e pede água, ao qual, de imediato, há um desfiar de palavras e descobertas, por onde nossas velhas convicções são alteradas. Ora, rompe – se os diques de um judeu conversar com alguém de samaria, com uma mulher, a princípio, a sós, e, depois com a chegada dos discípulos, inicia – se toda uma proposta de estabelecer uma leitura singular e livre das relações, do próximo e da vida. Sem sombra de dúvida, observa – se um desmoronar de todos os conceitos de um Deus pertencente a um povo, de o encontrar num lugar determinado. Não para por aqui, as muralhas vão sendo desmoronadas, porque as defesas e justificativas de nada serviam, naquele momento, e há o encontro daquela mulher com os reflexos diferentes, em função da maneira como Jesus lia a vida e a chamava para ser livre. Vou adiante, com claridade, sem os rodeios dos catedráticos da lei, sem as profecias retumbantes, som as revelações apocalípticas, não há nenhuma exposição, em público, da história daquela mulher, e, ainda, oferece a oportunidade de ser livre, de olhar para seu passado, embora com as feridas e fraturas, a caminhar com a esperança de que vale a pena rir, sorrir, arriscar, recomeçar e ser gente. Grosso modo, se beberes dessa água, jamais tereis sede, em outras palavras, se aceitares ser livre, não será mais vitimada pela sede dos ritualismos mórbidos, das cerimônias sem sentido, dos certos e errados impostos pelos homens. Atentemo – nos, o quanto aquela mulher acabou por ser inundada pela vida, em Cristo Jesus, e adentra numa rota de ser possível ser mulher, ser samaritana, sem jugos de culpa e condenação. Num relance, a mulher se levanta e vai aos seus, aos demais samaritanos, para esparramar essa verdade, essa vida, essa leveza, essa impetuosa decisão por não aceitar nenhuma forma de desumanização, e, por causa disso, o vejo como o primeiro sermão do evangelho. Agora, Jesus também ensina aos discípulos o quanto o amor mostra a igualdade entre homens e mulheres, judeus e samaritanos, seres humanos, e os ajuda numa releitura de suas interioridades, porque, por fora, muitas vezes, nossos atos de misericórdias escondem nossas tendências para abominar, rebaixar, eleger malditos e pecadores, bons e maus. Ademais, o primeiro sermão do evangelho veio cheio e transbordante de vida, livre, simples, inocente, irreverente, libertário e contagiante, por meio de uma, posso dizer, revolucionária das boas novas.
São Paulo - SP
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