Palavra do leitor
- 02 de maio de 2013
- Visualizações: 2315
- 3 comentário(s)
- +A
- -A
- compartilhar
O Presente e o Futuro das Crianças Brasileiras
Neste vídeo aqui temos um exemplo da missão sociopolítica da igreja na prática, onde a Doutora Damaris Alves nos apresenta um cenário novo dos bastidores de nossa casa de leis e o enfrentamento. Trata-se de acontecimentos no contexto sociopolítico e cultural brasileiro em detrimento à vida no presente e nos futuro de nossas crianças
Dietrich Bonhoeffer, jovem pastor e teólogo, condenado à morte por se opor à política nazista de Adolfo Hitler em uma de suas frases declara que "O teste de moralidade de uma sociedade é o que ela faz com suas crianças.”...
Que as sociedades haveriam de se corromper, disso sabemos. E concordo plenamente com o que a doutora aponta como sendo a fase da igreja hoje, a de “transformadora da sociedade”, somente considero que não deveria ser uma “fase” da igreja, mas sim um estado efetivo da igreja.
A igreja, numa sociedade também cristã, já evangelizada, tem sim a propriedade de sal e, dessa forma deve demonstrar um serviço a Deus quando exerce o “profetismo”. Não me refiro ao dom de profecia dentro da própria igreja (uma prática das igrejas pentecostais e neo pentecostais – que foi o que a pastora, em apreço criticou – mas um profetismo para os desvios da sociedade, que denuncia comportamentos nocivos ao bem comum e que esse profetismo só pode ser demonstrado através de atos concretos, inclusive sob pena de sofrimento e perda de prestígio quando saindo da zona de conforto para os enfrentamentos nesses temas.
Temos uma igreja que cresce, mas que, diferentemente da igreja nos tempos bíblicos, não consegue influenciar sua sociedade. Na verdade, o comportamento social verificado hoje tem suas bases na liberdade, no estado de direito que foi, em seu momento incipiente, influenciado pelo cristianismo, porém essa mesma influência não é verificada nos temas comportamentais em evidência e que determinam o presente e o futuro de nossas crianças.
As denúncias são fortes. É difícil repousar com a consciência de que num país, de religião cristã, apresentando um crescimento da população evangélica, ainda tenha crianças de oito anos se oferecendo pra fazer “boquete” por um real (não estamos falando de casos isolados, mas de regiões inteiras), que enterra crianças vivas ainda, sendo essa prática advinda de uma compreensão errada do elemento religioso. Ora, isso não seria um assunto que a igreja resolveria tranquilamente? Que missão é essa?
Segundo o Dr. John Maxwell, a capacidade de liderança é medida pelo grau de influência. Sendo assim, pelo menos nesses temas a igreja deveria ter a última palavra, liderando pela via da influência a sociedade. A negligência no campo da responsabilidade social, em que a igreja preferiu “deixar acontecer” sem a devida atenção forçará hoje um enfrentamento que, a meu ver, não seria necessário, haja vista, que a influência da igreja, por sua liderança seria determinante nos fatores de construção de nossa sociedade pós moderna (não me refiro a séculos mas a 5 ou 10 anos apenas).
Se há necessidade de um enfrentamento, então temos um problema vital que pode representar a nossa derrocada: A desunidade produzida, ao longo desses anos quando a igreja se ocupou em valorizar diferenças entre si - qual é a mais intelectual; mais rica; fogo; qual cresce mais, mais “canela de fogo”.
Todos esses assuntos como a exploração, o genocídio indígena, educação infantil que acontece como liberdade cultural ou democrática acontece por falta da influência da igreja nessas culturas. O evangelho não tem a pretensão de desrespeitar nenhuma cultura, porém ela liberta as sociedades quando em suas culturas agridem a vida humana que é considerada em nossa constituição o bem mais preciso a ser preservado.
Considerando as declarações do vídeo, urge uma ação mais responsável por parte da igreja, uma vez que o Estado tem se negado a isso.
Dietrich Bonhoeffer, jovem pastor e teólogo, condenado à morte por se opor à política nazista de Adolfo Hitler em uma de suas frases declara que "O teste de moralidade de uma sociedade é o que ela faz com suas crianças.”...
Que as sociedades haveriam de se corromper, disso sabemos. E concordo plenamente com o que a doutora aponta como sendo a fase da igreja hoje, a de “transformadora da sociedade”, somente considero que não deveria ser uma “fase” da igreja, mas sim um estado efetivo da igreja.
A igreja, numa sociedade também cristã, já evangelizada, tem sim a propriedade de sal e, dessa forma deve demonstrar um serviço a Deus quando exerce o “profetismo”. Não me refiro ao dom de profecia dentro da própria igreja (uma prática das igrejas pentecostais e neo pentecostais – que foi o que a pastora, em apreço criticou – mas um profetismo para os desvios da sociedade, que denuncia comportamentos nocivos ao bem comum e que esse profetismo só pode ser demonstrado através de atos concretos, inclusive sob pena de sofrimento e perda de prestígio quando saindo da zona de conforto para os enfrentamentos nesses temas.
Temos uma igreja que cresce, mas que, diferentemente da igreja nos tempos bíblicos, não consegue influenciar sua sociedade. Na verdade, o comportamento social verificado hoje tem suas bases na liberdade, no estado de direito que foi, em seu momento incipiente, influenciado pelo cristianismo, porém essa mesma influência não é verificada nos temas comportamentais em evidência e que determinam o presente e o futuro de nossas crianças.
As denúncias são fortes. É difícil repousar com a consciência de que num país, de religião cristã, apresentando um crescimento da população evangélica, ainda tenha crianças de oito anos se oferecendo pra fazer “boquete” por um real (não estamos falando de casos isolados, mas de regiões inteiras), que enterra crianças vivas ainda, sendo essa prática advinda de uma compreensão errada do elemento religioso. Ora, isso não seria um assunto que a igreja resolveria tranquilamente? Que missão é essa?
Segundo o Dr. John Maxwell, a capacidade de liderança é medida pelo grau de influência. Sendo assim, pelo menos nesses temas a igreja deveria ter a última palavra, liderando pela via da influência a sociedade. A negligência no campo da responsabilidade social, em que a igreja preferiu “deixar acontecer” sem a devida atenção forçará hoje um enfrentamento que, a meu ver, não seria necessário, haja vista, que a influência da igreja, por sua liderança seria determinante nos fatores de construção de nossa sociedade pós moderna (não me refiro a séculos mas a 5 ou 10 anos apenas).
Se há necessidade de um enfrentamento, então temos um problema vital que pode representar a nossa derrocada: A desunidade produzida, ao longo desses anos quando a igreja se ocupou em valorizar diferenças entre si - qual é a mais intelectual; mais rica; fogo; qual cresce mais, mais “canela de fogo”.
Todos esses assuntos como a exploração, o genocídio indígena, educação infantil que acontece como liberdade cultural ou democrática acontece por falta da influência da igreja nessas culturas. O evangelho não tem a pretensão de desrespeitar nenhuma cultura, porém ela liberta as sociedades quando em suas culturas agridem a vida humana que é considerada em nossa constituição o bem mais preciso a ser preservado.
Considerando as declarações do vídeo, urge uma ação mais responsável por parte da igreja, uma vez que o Estado tem se negado a isso.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 02 de maio de 2013
- Visualizações: 2315
- 3 comentário(s)
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados
- Por quê?
- O salário do pecado é a morte, em várias versões!
- Não andeis na roda dos escarnecedores: quais escarnecedores?
- É possível ser cristão e de "esquerda"?
- A democracia [geográfica] da dor!
- Os 24 anciãos e a batalha do Armagedom
- A religião verdadeira é única, e se tornou uma pessoa a ser seguida
- Mergulhados na cultura, mas batizados na santidade (parte 2)
- Não nos iludamos, animal é animal!
- Até aqui ele não me deixou