Palavra do leitor
- 30 de dezembro de 2013
- Visualizações: 4153
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
O Preparo da Adoração
Nesta vida nada deve ser realizado sem a devida preparação. Imagine um casamento sem preparo?! Imagine o resultado de vestibular sem preparo?! Agora, imagine a sua adoração... Sim, como enalteceu o próprio profeta Jeremias: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente”. Portanto, é evidente que até para a adoração devemos nos preparar.
Pode-se dizer que preparo é “o conjunto das providências capazes de determinar as melhores condições possíveis para a realização dum empreendimento”. O empreendimento da Igreja de Cristo por excelência é a adoração. Outrossim, preparo é sinônimo de aparelhar, que por sua vez, significa “dotar de tudo que é necessário ao cumprimento de uma missão”. Assim, o preparo da adoração consistirá de providências necessárias (que todo cristão precisa assumir) para uma adoração contemporânea mais bíblica. Eis algumas providências necessárias no preparo da adoração:
1) ENTENDA A INICIATIVA DE DEUS:
Nunca se deve esquecer que, até mesmo as próprias providências "humanas" no tocante a adoração, começam com a iniciativa do próprio Deus. De acordo com os artigos até aqui, e como bem sugere Damy Ferreira, a idéia original de adoração é de que alguém que louva foi, irremediavelmente, tocado ou motivado por Deus inicialmente.
2) BUSQUE SEMPRE A DEUS:
Leia o Salmo 27.4-8. De fato, os salmos são a expressão máxima da adoração da Igreja no Antigo Testamento. Os salmistas anelavam pela presença de Deus e, independente das tribulações, uma coisa se pede ao Senhor e se buscará: que ele possa habitar na casa do Senhor para todo sempre. Aqui relembro as palavras do diretório de Westiminster: “o templo de Jerusalém, objeto de freqüente meditação nos salmos, constituía o lugar da especialíssima habitação de Deus no meio de seu povo; de sua proteção na cidade, da manifestação de sua glória. Em Jesus se realiza a presença mais intensa de Deus neste mundo” (Jo 1.14; 1 Co 3.16). Logo, o salmista não pensava simplesmente em estar no templo visível, mas na presença de Deus.
3) CONFESSE OS PECADOS A DEUS:
Há uma conseqüência natural na busca por Deus. O adorador responde de alguma forma aos atributos divinos. Leia Isaías 6.5-7. O profeta, ao ver toda a glória de Deus, respondeu com sua confissão individual de pecados ao perceber toda a santidade do Senhor. Como ele mesmo disse, seus lábios eram impuros. Como ele poderia louvar ao Senhor com tais impurezas? Como poderia profetizar? Está aí a consequência, a necessidade de confissão de pecados, SEMPRE, a Deus. O texto ensina que Ele perdoa, como fez com Isaías. R. C. Sproul, comentando essa passagem das Escrituras, declarou: “não era apenas as portas do templo que estavam tremendo. O que mais tremia era o corpo de Isaías. Quando viu o Deus vivo, o monarca que reina no universo, revelado diante de seus olhos em toda a sua santidade, Isaías clamou: Ai de mim”. Sim, o profeta entendia o valor de se confessar os pecados; não é sem motivo que ele amaldiçoa a si próprio por causa de seus pecados ao proferir um “Ai”. Assim, Isaías tem uma visão da santidade de Deus e de pecaminosidade em si próprio e no povo.
4) MEDITE NAS PARTES DO CULTO A DEUS:
Meditar é ponderar, submeter-se a um exame interior. Esse exame interior começa a ser realizado no momento que o adorador entrar na presença do Rei. Por isso, todo culto, toda vida, precisa ser uma constante meditação, pois sempre se está na presença do Senhor. Weller afirma que tanto a leitura, a canção, quanto a exposição das Sagradas Escrituras têm lugar importante na adoração. São nesses momentos que meditamos. O salmista deseja que sua meditação seja agradável (Sl 19.14) e eterna (Sl 27.4).
5) PLANEJE, LIDERE E AVALIE-SE PARA A GLÓRIA DE DEUS:
Em seu livro, Paul Basden deu pertinentes orientações sobre o preparo da adoração em um sentido mais administrativo. Ele está certo ao afirmar que nossa adoração precisa ser planejada, bem liderada e continuamente avaliada. Veja:
5.1. Planejamento: nessa necessária providência deve-se (a) definir o propósito da adoração (que é cultuar ao Senhor), (b) estabelecer prioridades (separar tempo para o preparo) e (c) seguir os princípios (os que a Escritura ensinam);
5.2. Liderança: nesse outro importante passo somos convocados a (a) nos entregarmos a Deus plenamente, (b) sermos nós mesmos e (c) prestar culto também;
5.3. Avaliação: ou seja, avaliar equipamentos, comentários, objetivos (se foram alcançados) e, principalmente, se Deus foi cultuado em nossa adoração.
Ao findar desse artigo, portanto, desejo que a igreja contemporânea entenda a importância da adoração e, buscando sempre a Deus, confessando seus pecados e meditando em sua presença, possa aprender a se preparar para adorar ao que é digno de receber todo o louvor e adoração. Que a adoração dos cristãos comprometidos com as Escrituras, como diz Webber, seja pautada na “preparação para adorar e na saída para servir”.
Rev. Ângelo Vieira da Silva
Pode-se dizer que preparo é “o conjunto das providências capazes de determinar as melhores condições possíveis para a realização dum empreendimento”. O empreendimento da Igreja de Cristo por excelência é a adoração. Outrossim, preparo é sinônimo de aparelhar, que por sua vez, significa “dotar de tudo que é necessário ao cumprimento de uma missão”. Assim, o preparo da adoração consistirá de providências necessárias (que todo cristão precisa assumir) para uma adoração contemporânea mais bíblica. Eis algumas providências necessárias no preparo da adoração:
1) ENTENDA A INICIATIVA DE DEUS:
Nunca se deve esquecer que, até mesmo as próprias providências "humanas" no tocante a adoração, começam com a iniciativa do próprio Deus. De acordo com os artigos até aqui, e como bem sugere Damy Ferreira, a idéia original de adoração é de que alguém que louva foi, irremediavelmente, tocado ou motivado por Deus inicialmente.
2) BUSQUE SEMPRE A DEUS:
Leia o Salmo 27.4-8. De fato, os salmos são a expressão máxima da adoração da Igreja no Antigo Testamento. Os salmistas anelavam pela presença de Deus e, independente das tribulações, uma coisa se pede ao Senhor e se buscará: que ele possa habitar na casa do Senhor para todo sempre. Aqui relembro as palavras do diretório de Westiminster: “o templo de Jerusalém, objeto de freqüente meditação nos salmos, constituía o lugar da especialíssima habitação de Deus no meio de seu povo; de sua proteção na cidade, da manifestação de sua glória. Em Jesus se realiza a presença mais intensa de Deus neste mundo” (Jo 1.14; 1 Co 3.16). Logo, o salmista não pensava simplesmente em estar no templo visível, mas na presença de Deus.
3) CONFESSE OS PECADOS A DEUS:
Há uma conseqüência natural na busca por Deus. O adorador responde de alguma forma aos atributos divinos. Leia Isaías 6.5-7. O profeta, ao ver toda a glória de Deus, respondeu com sua confissão individual de pecados ao perceber toda a santidade do Senhor. Como ele mesmo disse, seus lábios eram impuros. Como ele poderia louvar ao Senhor com tais impurezas? Como poderia profetizar? Está aí a consequência, a necessidade de confissão de pecados, SEMPRE, a Deus. O texto ensina que Ele perdoa, como fez com Isaías. R. C. Sproul, comentando essa passagem das Escrituras, declarou: “não era apenas as portas do templo que estavam tremendo. O que mais tremia era o corpo de Isaías. Quando viu o Deus vivo, o monarca que reina no universo, revelado diante de seus olhos em toda a sua santidade, Isaías clamou: Ai de mim”. Sim, o profeta entendia o valor de se confessar os pecados; não é sem motivo que ele amaldiçoa a si próprio por causa de seus pecados ao proferir um “Ai”. Assim, Isaías tem uma visão da santidade de Deus e de pecaminosidade em si próprio e no povo.
4) MEDITE NAS PARTES DO CULTO A DEUS:
Meditar é ponderar, submeter-se a um exame interior. Esse exame interior começa a ser realizado no momento que o adorador entrar na presença do Rei. Por isso, todo culto, toda vida, precisa ser uma constante meditação, pois sempre se está na presença do Senhor. Weller afirma que tanto a leitura, a canção, quanto a exposição das Sagradas Escrituras têm lugar importante na adoração. São nesses momentos que meditamos. O salmista deseja que sua meditação seja agradável (Sl 19.14) e eterna (Sl 27.4).
5) PLANEJE, LIDERE E AVALIE-SE PARA A GLÓRIA DE DEUS:
Em seu livro, Paul Basden deu pertinentes orientações sobre o preparo da adoração em um sentido mais administrativo. Ele está certo ao afirmar que nossa adoração precisa ser planejada, bem liderada e continuamente avaliada. Veja:
5.1. Planejamento: nessa necessária providência deve-se (a) definir o propósito da adoração (que é cultuar ao Senhor), (b) estabelecer prioridades (separar tempo para o preparo) e (c) seguir os princípios (os que a Escritura ensinam);
5.2. Liderança: nesse outro importante passo somos convocados a (a) nos entregarmos a Deus plenamente, (b) sermos nós mesmos e (c) prestar culto também;
5.3. Avaliação: ou seja, avaliar equipamentos, comentários, objetivos (se foram alcançados) e, principalmente, se Deus foi cultuado em nossa adoração.
Ao findar desse artigo, portanto, desejo que a igreja contemporânea entenda a importância da adoração e, buscando sempre a Deus, confessando seus pecados e meditando em sua presença, possa aprender a se preparar para adorar ao que é digno de receber todo o louvor e adoração. Que a adoração dos cristãos comprometidos com as Escrituras, como diz Webber, seja pautada na “preparação para adorar e na saída para servir”.
Rev. Ângelo Vieira da Silva
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 30 de dezembro de 2013
- Visualizações: 4153
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados
- A democracia [geográfica] da dor!
- O cristão morre?
- Só a Fé, sim (só a Escolha, não)
- Mergulhados na cultura, mas batizados na santidade (parte 2)
- Não nos iludamos, animal é animal!
- Amor, compaixão, perdas, respeito!
- Até aqui ele não me deixou
- O soldado rendido
- E quando a profecia te deixa confuso?
- O verdadeiro "salto da fé"!