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Palavra do leitor

O preço da inação

Surpreendente a velocidade com que crescem os movimentos ditos "neo-pentecostais". Seu crescimento e presença nos mais diferentes municípios e lugarejos é de fazer inveja até mesmo aos mais arrojados grupos varejistas/financeiros do país.

No entanto, este crescimento tem por fundamento motivos tão ou até mais econômicos que destes grandes grupos. Num devaneio, ao imaginar a missão de uma destas denominações surge algo do tipo "Missão: prover de todo tipo de sortilégio religioso os desesperados, os incautos, os necessitados a fim de extorquir recursos econômicos para a expansão do negócio, ops, da obra..."

Apesar deste "elogioso" intróito revelo porém que seja importante ressaltar que todos estes movimentos, heréticos ou não, nascem nas lacunas de nossa inação, ou seja, quando somos ausentes como cristãos e não preenchemos os espaços de evangelização que deveríamos.

Se existem neo-pentecostais abrindo igrejas à "torto e à direito" por motivos muitas vezes espúrios de alguma forma é porque nós, que temos motivos nobres e, mais do que isto, uma ordenança do Mestre, muitas vezes não o fazemos.

Será que algum de nós está presente nos rincões do país ou atendendo diuturnamente homossexuais, mendigos, prostitutas como muitas dessas pseudo-denominações-organizações criminosas? Mas eles o fazem por interesses escusos, poderias me dizer. Porém te digo: seus interesses escusos mobilizam mais do que os nossos, que são nobres?

Chamo nossa elite das igrejas histórico-tradicionais (pois nasci neste berço também) de elites subdesenvolvedoras, termo emprestado de Ariovaldo Ramos. Não promovemos a participação dos garis, das empregadas domésticas, dos desempregados em nossos cultos. Celebramos os letrados bacharéis de nossos cursos de teologia, preferencialmente formados no exterior, só faltando falar francês para que o tom fosse mais colonialista (viva a síndrome de vira-lata). Aonde estaria Jesus? Quem ele buscaria para ser seu discípulo? Teria ele preferência pelo médico Lucas em detrimento do pescador Pedro?

Algumas dessas denominações formam pastores e líderes em velocidade até mesmo irresponsável. Mas será que nossa letargia seria louvável?

É triste mas enquanto nos refestelamos em nossas ceias de Natal e Ano Novo e nos preocupamos com a velocidade de nossa banda larga tem gente trabalhando, e trabalhando muito. Espero que ao final eu não tenha vergonha de me apresentar diante do Mestre depois de ter mantido meu talento escondidinho com medo pois imaginava que ele seria duro, ceifando onde não semeou e ao final ouça que fui uma mal e negligente servo.

Deus tenha misericórdia de nós.

www.marcospaulosabia.blogspot.com
SÃo Paulo - SP
Textos publicados: 20 [ver]

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