Palavra do leitor
- 17 de janeiro de 2008
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O pragmatismo de R. Warren
Muitos perguntam quem ousa criticar pastores tão renomados? A resposta é simples, você não precisa ser um bom açougueiro ou um mestre em culinária para dizer que um filé está sem sal e duro.
Rick Warren é o pastor evangélico de maior destaque da atualidade. Quanto a isso não há dúvidas. Sua própria história, contada em seu livro “Igreja com propósitos” mostra sua escalada que teve como ponto de partida uma bênção profética dada pelo pastor conservador W. A. Criswell. Sobre este não sei muita coisa mas imagino ter sido um pregador também muito influente no século passado, pois seu falecimento em 2002 foi noticiado pela imprensa secular britânica. Suponho ter sido fundamentalista extremo pois tem suas origens no estado do cinturão bíblico americano, Oklahoma.
Embora os próprios fundamentalistas americanos tenham lá suas reservas com Warren temos que convir que ele acertou em muitas coisas: reconhecimento a pentecostais, mais liberdade na forma de culto e louvor e etc. Em seus livros há também boas ilustrações. O problema está, porém, no "eco" do Pequeno Príncipe (vide artigo anterior: Leis Espirituais). Como Bill Bright, também pastor norte americano e diretor da Cruzada Profissional e Estudantil para Cristo que criou as quatro leis espirituais, ele (Warren) tenta criar uma receita de bolo a ser repetida por gerações infindas. Coisas do praguimatismo americano que não tem nada a ver com nossa sociedade e cultura criativas brasileiras. Qual seria o mal disto?
Como a sociedade e cultura judáica do Nazareno se aproxima mais da nossa no seu “policronismo” e alto-contexto prefiro evitar certos americanismos. Assim acredito que a lei Áurea é só uma: Amar a Deus sem limites. Isso é algo para indivíduos e não para grupos. Daí os pronomes no singular: teu Deus, teu coração, tua alma (Mt 22.37). Isso será obviamente refletido em qualquer instituição ou atividade que o discípulo se envolva. Amar ao próximo forma uma lei só com a primeira, não há como amar a Deus sem amar ao próximo e vice-versa. Quanto à "grande comissão" já é algo totalmente grupo, igreja. Todo esforço evangelístico, discipulador e integrativo neo-testamentário foi algo realizado coletivamente, como não poderia deixar de ser. Ou seja se embaralhássemos "Vida com propósitos" e "Igreja com propósitos" e separássemos as cartas teríamos dois pequenos livros completamente diferentes um falando de adoração como estilo de vida e outro sobre crescimento de igreja. Teríamos também uma grande sobra. Este resto é a tentativa de passar responsabilidades coletivas para indivíduos e vice-versa, através do pragmatismo. Por isso prefiro ficar com a leitura criativa e simples dos pregadores vindos de culturas menos industrializadas sejam eles Galileus, Paulistas ou Nordestinos.
Rick Warren é o pastor evangélico de maior destaque da atualidade. Quanto a isso não há dúvidas. Sua própria história, contada em seu livro “Igreja com propósitos” mostra sua escalada que teve como ponto de partida uma bênção profética dada pelo pastor conservador W. A. Criswell. Sobre este não sei muita coisa mas imagino ter sido um pregador também muito influente no século passado, pois seu falecimento em 2002 foi noticiado pela imprensa secular britânica. Suponho ter sido fundamentalista extremo pois tem suas origens no estado do cinturão bíblico americano, Oklahoma.
Embora os próprios fundamentalistas americanos tenham lá suas reservas com Warren temos que convir que ele acertou em muitas coisas: reconhecimento a pentecostais, mais liberdade na forma de culto e louvor e etc. Em seus livros há também boas ilustrações. O problema está, porém, no "eco" do Pequeno Príncipe (vide artigo anterior: Leis Espirituais). Como Bill Bright, também pastor norte americano e diretor da Cruzada Profissional e Estudantil para Cristo que criou as quatro leis espirituais, ele (Warren) tenta criar uma receita de bolo a ser repetida por gerações infindas. Coisas do praguimatismo americano que não tem nada a ver com nossa sociedade e cultura criativas brasileiras. Qual seria o mal disto?
Como a sociedade e cultura judáica do Nazareno se aproxima mais da nossa no seu “policronismo” e alto-contexto prefiro evitar certos americanismos. Assim acredito que a lei Áurea é só uma: Amar a Deus sem limites. Isso é algo para indivíduos e não para grupos. Daí os pronomes no singular: teu Deus, teu coração, tua alma (Mt 22.37). Isso será obviamente refletido em qualquer instituição ou atividade que o discípulo se envolva. Amar ao próximo forma uma lei só com a primeira, não há como amar a Deus sem amar ao próximo e vice-versa. Quanto à "grande comissão" já é algo totalmente grupo, igreja. Todo esforço evangelístico, discipulador e integrativo neo-testamentário foi algo realizado coletivamente, como não poderia deixar de ser. Ou seja se embaralhássemos "Vida com propósitos" e "Igreja com propósitos" e separássemos as cartas teríamos dois pequenos livros completamente diferentes um falando de adoração como estilo de vida e outro sobre crescimento de igreja. Teríamos também uma grande sobra. Este resto é a tentativa de passar responsabilidades coletivas para indivíduos e vice-versa, através do pragmatismo. Por isso prefiro ficar com a leitura criativa e simples dos pregadores vindos de culturas menos industrializadas sejam eles Galileus, Paulistas ou Nordestinos.
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