Palavra do leitor
- 26 de abril de 2013
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O pós-cristianismo e o pós-modernismo [1]
''a unidade nos chama para sair da solidão e a unanimidade do superficial.''
''podemos praticar a caridade, sem nenhuma dificuldade, porque independe de colocar as nossas fragilidades e convicções em pauta; agora, o amor envolve olhar para quem está ao nosso lado e permitir também que nos veja, com todas as nossas fronteiras.''
A Igreja Evangélica enfrenta um pernicioso processo de adaptação, ou valho – me da expressão – ‘’pós cristianismo’’, com a intenção de demonstrar a deformação de seu sentido, de seu destino e de seu motivo de ser e existir, aqui neste mundo.
Verdadeiramente, um dos fatores principais dessa insinuante e penetrante influência, diga – se de passagem, com efeitos degenerativos, encabeçada pelo denominado pós – modernismo.
Aliás, o pós – modernismo propõe substituir os valores estabelecidos pelo Cristianismo por outros e, nada mais e nada menos, o manter como uma caricatura.
Em outras palavras, trata – lo como uma ideia, semelhante a outras!
Isto tem acarretado um esvaziar de sua missão de orientar, de fundamentar e de substanciar a formação do ser humano.
Presumidamente, passa a ser algo pertencente a dimensão privada do individuo, ao qual pode se valer dele, caso seja necessário ou, expressamente, concebê – lo como resquícios de um período marcado pela ausência da autonomia, da independência e da liberdade humana.
Para piorar a situação, perde e tem perdido a unidade e, por isso, muitos se encontram nos templos, mas submersos na solidão, com suas anomalias, e nem sequer conseguem discernir a relevância da unanimidade, ou seja, prosseguem como realidades periféricas (sem ir ao centro da confissão, do discipulado e do serviço).
Por consequência, herdam um evangelho inapto a enfrentar a realidade crua e nua, com suas contingências, com suas tensões, com suas indagações, com seus por que (s)...
Sem titubear, o pós – cristianismo retrata um evangelho anímico, movido por uma ética ufanista e triunfalista (alavancada por ícones – ídolos que tratam a Cruz de Cristo, como uma moeda de troca, como uma matéria estúpida e patética).
Não por menos, por abordar as boas – novas do Cristo Ressurreto, como um objeto, dentre outros oferecidos, em consonância as diretrizes de uma cultura de prateleiras e mercadológica que somente tem serventia, por aquilo que me pode conceder ou do que posso extrair.
Eis o resultado de a Cruz não mais representar a salvação ou a cura da realidade. Diametralmente oposto, não passa de um símbolo atrelado a uma religião, no mesmo peso de outras vertentes religiosas.
Nessa linha de raciocínio, a ética do pós – modernismo costura a ética do pós – cristianismo, ao qual vem alinhado ao utilitarismo (vejo a vida, dentro do princípio do útil e funcional, sempre inclinado a atender minhas demandas egoísticas), e enfoca o sucesso como a única manifestação de sentido e tal afirmação provoca a concepção de que se Deus, realmente, existe, deve provar sua utilidade, em nosso meio.
Aqui, de certo, se explica a corrida tresloucada pela apresentação de um Deus ex – machina ou de resultados, de um Deus vendido (em cada esquina, em cada sistema tele-evangelístico, em cada página estampada na internet).
Vou adiante, o pós – cristianismo, ou a concreta percepção de uma igreja de pernas para o ar, deságua um evangelho relativista (de adaptações), utilitarista e individualista.
Parto dessas palavras e consigo encontrar o por qual motivo o pós – cristianismo, ou a igreja virada de pernas para o ar ou o evangelho adaptado rejeita terminantemente princípios absolutos, a liberdade ancorada pela responsabilidade por nossas decisões.
Afinal de contas, a verdade assentada na palavra de Deus, no próprio Cristo, nos tornam livres para decidirmos de maneira responsável e, correspondente propositura, anula os sistemas e os subsistemas orquestrados por um pós – modernismo movido pelos combustíveis do consumismo e do descartamento.
Cumpre salientar ainda, o pós – cristianismo gesta e concebe consumidores de sermões e cultos apreciáveis e, quando se cansarem, o descartam e vão a procura de novidades (deste ponto, podemos tirar uma das características marcantes dos considerados des-igrejados).
Ora, a partir do momento que o pós – cristianismo procede, segundo os parâmetros e preceitos do pós – modernismo pluralista, individualista e coisificada (por tudo passa ser visto como coisas e, portanto, descartáveis), chegamos a conclusão de que a fé passa ser uma questão da dimensão do privativo e, destarte, passo a interpretar, inclusive a bíblia, do meu modo.
Vou além, sem ver a palavra como a revelação, mas sim um compêndio de boas ideias que podem ser adaptadas e aplicadas, segundo minhas convicções e predileções.
Nítida e notoriamente, o pós – cristianismo (ou a igreja virada de pernas para o ar) se resume a jargões, a clichês, a frases de impacto e desprovida de qualquer profundidade e coerência.
''podemos praticar a caridade, sem nenhuma dificuldade, porque independe de colocar as nossas fragilidades e convicções em pauta; agora, o amor envolve olhar para quem está ao nosso lado e permitir também que nos veja, com todas as nossas fronteiras.''
A Igreja Evangélica enfrenta um pernicioso processo de adaptação, ou valho – me da expressão – ‘’pós cristianismo’’, com a intenção de demonstrar a deformação de seu sentido, de seu destino e de seu motivo de ser e existir, aqui neste mundo.
Verdadeiramente, um dos fatores principais dessa insinuante e penetrante influência, diga – se de passagem, com efeitos degenerativos, encabeçada pelo denominado pós – modernismo.
Aliás, o pós – modernismo propõe substituir os valores estabelecidos pelo Cristianismo por outros e, nada mais e nada menos, o manter como uma caricatura.
Em outras palavras, trata – lo como uma ideia, semelhante a outras!
Isto tem acarretado um esvaziar de sua missão de orientar, de fundamentar e de substanciar a formação do ser humano.
Presumidamente, passa a ser algo pertencente a dimensão privada do individuo, ao qual pode se valer dele, caso seja necessário ou, expressamente, concebê – lo como resquícios de um período marcado pela ausência da autonomia, da independência e da liberdade humana.
Para piorar a situação, perde e tem perdido a unidade e, por isso, muitos se encontram nos templos, mas submersos na solidão, com suas anomalias, e nem sequer conseguem discernir a relevância da unanimidade, ou seja, prosseguem como realidades periféricas (sem ir ao centro da confissão, do discipulado e do serviço).
Por consequência, herdam um evangelho inapto a enfrentar a realidade crua e nua, com suas contingências, com suas tensões, com suas indagações, com seus por que (s)...
Sem titubear, o pós – cristianismo retrata um evangelho anímico, movido por uma ética ufanista e triunfalista (alavancada por ícones – ídolos que tratam a Cruz de Cristo, como uma moeda de troca, como uma matéria estúpida e patética).
Não por menos, por abordar as boas – novas do Cristo Ressurreto, como um objeto, dentre outros oferecidos, em consonância as diretrizes de uma cultura de prateleiras e mercadológica que somente tem serventia, por aquilo que me pode conceder ou do que posso extrair.
Eis o resultado de a Cruz não mais representar a salvação ou a cura da realidade. Diametralmente oposto, não passa de um símbolo atrelado a uma religião, no mesmo peso de outras vertentes religiosas.
Nessa linha de raciocínio, a ética do pós – modernismo costura a ética do pós – cristianismo, ao qual vem alinhado ao utilitarismo (vejo a vida, dentro do princípio do útil e funcional, sempre inclinado a atender minhas demandas egoísticas), e enfoca o sucesso como a única manifestação de sentido e tal afirmação provoca a concepção de que se Deus, realmente, existe, deve provar sua utilidade, em nosso meio.
Aqui, de certo, se explica a corrida tresloucada pela apresentação de um Deus ex – machina ou de resultados, de um Deus vendido (em cada esquina, em cada sistema tele-evangelístico, em cada página estampada na internet).
Vou adiante, o pós – cristianismo, ou a concreta percepção de uma igreja de pernas para o ar, deságua um evangelho relativista (de adaptações), utilitarista e individualista.
Parto dessas palavras e consigo encontrar o por qual motivo o pós – cristianismo, ou a igreja virada de pernas para o ar ou o evangelho adaptado rejeita terminantemente princípios absolutos, a liberdade ancorada pela responsabilidade por nossas decisões.
Afinal de contas, a verdade assentada na palavra de Deus, no próprio Cristo, nos tornam livres para decidirmos de maneira responsável e, correspondente propositura, anula os sistemas e os subsistemas orquestrados por um pós – modernismo movido pelos combustíveis do consumismo e do descartamento.
Cumpre salientar ainda, o pós – cristianismo gesta e concebe consumidores de sermões e cultos apreciáveis e, quando se cansarem, o descartam e vão a procura de novidades (deste ponto, podemos tirar uma das características marcantes dos considerados des-igrejados).
Ora, a partir do momento que o pós – cristianismo procede, segundo os parâmetros e preceitos do pós – modernismo pluralista, individualista e coisificada (por tudo passa ser visto como coisas e, portanto, descartáveis), chegamos a conclusão de que a fé passa ser uma questão da dimensão do privativo e, destarte, passo a interpretar, inclusive a bíblia, do meu modo.
Vou além, sem ver a palavra como a revelação, mas sim um compêndio de boas ideias que podem ser adaptadas e aplicadas, segundo minhas convicções e predileções.
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