Palavra do leitor
- 14 de dezembro de 2011
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O poder diabólico da Culpa
Poucos intuem que Deus é um sujeito muito mais gentil e desencanado do que sugerem as ortodoxias usuais. O que pode ser dito a respeito desses caras (e já fui vista bebendo e comendo entre eles) é que intuem antes de tudo que Deus não está muito interessado em saber se você fica admirando as pernas de gente do sexo errado e não controla onde você passa suas manhãs e noites de domingo; Deus não vai ficar ruborizado se você engravidar a sua noiva e não vai mandar ninguém para o inferno por acreditar na evolução, por fumar um baseado ou por beijar uma estátua.
Esse Deus não tem o rabo preso com ninguém, não aceita subornos e a ninguém rejeita; não tem ilusões, por isso não se rebaixa a aplicar critérios. A característica mais predominante do seu caráter, na verdade a única característica dele a que temos acesso e a única necessária: é seu cavalheirismo. O que ele quer é que você não machuque ninguém e não se machuque; se for para você se machucar que seja em favor dos outros, mas de modo inteiramente consciente, informado e sem ilusões. Você conhece alguém assim?
É um Deus que tem muito de hippie; suas únicas diretrizes de conduta são de fato paz e amor: ou, como se diz na linguagem do Novo Testamento, amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo (que são, evidentemente, operações idênticas e equivalentes).
Porém esse é um Deus que não se ilude, e sabe que o amor precisa de uma medida, uma diretriz que o extraia do domínio dos discursos para o terreno da prática. Esse parâmetro de grandeza para o amor é a graça, a implacável inclinação divina em aceitar. E essa medida de grandeza ficou estabelecida em sua grandeza na pessoa de Jesus.
Esse é o poder subversivo do perdão universal dos pecados, apregoado por João Batista e endossado por Jesus. Somente a boa nova (somente essa boa nova) é capaz de agir eficazmente na anulação do poder diabólico da culpa, raiz daquela “ansiedade destrutiva que produz em nós toda enfermidade e todo o pecado”. Quem torna-se livre da culpa torna-se“Nada poderá nos separar do amor de Deus”, e nada é muita coisa.
Fonte: J. Harold Ellens, um psicólogo norte-americano que em seus livros e artigos defende essencialmente uma ideia: a de que a notícia evangelical da graça incondicional e do perdão universal dos pecados não representa apenas a única chance para a salvação espiritual da humanidade, mas a única chance para a salvação dos nossos distúrbios mentais. E que, de fato, não existe diferença entre uma coisa e outra.
Esse Deus não tem o rabo preso com ninguém, não aceita subornos e a ninguém rejeita; não tem ilusões, por isso não se rebaixa a aplicar critérios. A característica mais predominante do seu caráter, na verdade a única característica dele a que temos acesso e a única necessária: é seu cavalheirismo. O que ele quer é que você não machuque ninguém e não se machuque; se for para você se machucar que seja em favor dos outros, mas de modo inteiramente consciente, informado e sem ilusões. Você conhece alguém assim?
É um Deus que tem muito de hippie; suas únicas diretrizes de conduta são de fato paz e amor: ou, como se diz na linguagem do Novo Testamento, amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo (que são, evidentemente, operações idênticas e equivalentes).
Porém esse é um Deus que não se ilude, e sabe que o amor precisa de uma medida, uma diretriz que o extraia do domínio dos discursos para o terreno da prática. Esse parâmetro de grandeza para o amor é a graça, a implacável inclinação divina em aceitar. E essa medida de grandeza ficou estabelecida em sua grandeza na pessoa de Jesus.
Esse é o poder subversivo do perdão universal dos pecados, apregoado por João Batista e endossado por Jesus. Somente a boa nova (somente essa boa nova) é capaz de agir eficazmente na anulação do poder diabólico da culpa, raiz daquela “ansiedade destrutiva que produz em nós toda enfermidade e todo o pecado”. Quem torna-se livre da culpa torna-se“Nada poderá nos separar do amor de Deus”, e nada é muita coisa.
Fonte: J. Harold Ellens, um psicólogo norte-americano que em seus livros e artigos defende essencialmente uma ideia: a de que a notícia evangelical da graça incondicional e do perdão universal dos pecados não representa apenas a única chance para a salvação espiritual da humanidade, mas a única chance para a salvação dos nossos distúrbios mentais. E que, de fato, não existe diferença entre uma coisa e outra.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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