Palavra do leitor
- 20 de junho de 2012
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O perfil da Igreja Moderna
Estamos no século XXI e já se passaram mais de uma década deste novo século. A igreja, no entanto, pouco evoluiu positivamente no seu contexto teológico, espiritual e administrativo. Pelo contrário, houve uma involução, um atraso no que concerne ao seu compromisso com a sociedade e com os seus pincípios de fé e prática.
Neste universo de ideias, interesses e maledicências o que se tem visto é muia preocupação com a questão material e pouco avanço nas questões sociais e espirituais. Desde que a política literalmente entrou na igreja - no sentido partidário - muitos têm se vendido a esses interesses mesquinhos e temporais transformando o local de culto num comitê eleitoral onde se discute o que é melhor para a igreja no campo político e material. Este ano, antes mesmo de começar oficialmente a campanha, já tem muita gente se mexendo e objetivando um lugarzinho ao sol.
Além destes interesses, há outros interesses em pauta e há uma busca indisfarçável pelo poder em todos os seus níveis. A igreja se transformou numa agência onde aportam pessoas e ideias que não condizem com os principios cristãos mais elementares. O poder faz cócegas, atrai e muda o perfil das pessoas. A simples aquisição de um automóvel muitas vezes muda o ser humano e assim o transforma num ser insensível e supostamente poderoso. O que se dirá então do poder absoluto e quase ilimitado?
O que chama mais a minha atenção é a quase absluta falta de caráter e de identificação de muitas pessoas envolvidas neste negócio. Muitos tem o seu preço e se vendem alegando muitas vezes que isto é para o bem da igreja, pois "os tempos são outros". O caráter imutável da Palavra de Deus e dos ensinamentos nela contidos são jogados fora, descartados em nome de uma nova mentalidade e de uma nova realidade. Jesus disse: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar". (Mateus 24.35). Mas, para muitos, estas palavras são apenas retóricas, metafóricas e ultrapassadas.
Hoje temos várias igreja, vários perfis, mas a convergência é a mesma. Todas dependem do mundo, do poder temporal, seja ele político ou empresarial. A criação e sustentação da teologia da prosperidade fundamenta este desejo de ter sempre mais e ser sempre menos. Ela veio e se encaixou como uma luva neste contexto de interesses pelo dinheiro e pelo poder. Hoje, praticamente todas as igrejas estão envolvidas nesta teia falsa e perigosa. Enquanto isto, o ser humano que é a essência da igreja e do evangelho está sendo tratado, muitas vezes, como um objeto descartável. A pessoa vale na medida em que ela tenha algo para oferecer e somar, caso contrário ela é considerada um empecilho, um peso que não não soma nesta engrenagem.
Tive uma experiência recente que ilustra isto. Por discordar de tantas coisas estranhas no seio da igreja, me afastei até para refletir e tentar encontrar uma resposta. Penso que ninguém sentiu a minha falta na igreja, pois mesmo sendo membro há 40 anos de uma única igreja - e obreiro - até hoje, passados mais de um ano - não fui procurado por ninguém, não recebi sequer um telefonema, um e-mail e muito menos uma visita cordail. Simplesmente fui "deletado" e jogado em alguma lixeira. Este é o perfil da igreja do século XXI. Se você aceita tudo calado, você é bem vindo e até elogiado, caso contrário, você se deleta ou é deletado. Mas, ainda espero que alguém me procure, nem que seja apenas para me informar da minha sumária exclusão por abandono ou por rebeldia. Ainda bem que Deus não nos vê e não nos trata como o homem.
Neste universo de ideias, interesses e maledicências o que se tem visto é muia preocupação com a questão material e pouco avanço nas questões sociais e espirituais. Desde que a política literalmente entrou na igreja - no sentido partidário - muitos têm se vendido a esses interesses mesquinhos e temporais transformando o local de culto num comitê eleitoral onde se discute o que é melhor para a igreja no campo político e material. Este ano, antes mesmo de começar oficialmente a campanha, já tem muita gente se mexendo e objetivando um lugarzinho ao sol.
Além destes interesses, há outros interesses em pauta e há uma busca indisfarçável pelo poder em todos os seus níveis. A igreja se transformou numa agência onde aportam pessoas e ideias que não condizem com os principios cristãos mais elementares. O poder faz cócegas, atrai e muda o perfil das pessoas. A simples aquisição de um automóvel muitas vezes muda o ser humano e assim o transforma num ser insensível e supostamente poderoso. O que se dirá então do poder absoluto e quase ilimitado?
O que chama mais a minha atenção é a quase absluta falta de caráter e de identificação de muitas pessoas envolvidas neste negócio. Muitos tem o seu preço e se vendem alegando muitas vezes que isto é para o bem da igreja, pois "os tempos são outros". O caráter imutável da Palavra de Deus e dos ensinamentos nela contidos são jogados fora, descartados em nome de uma nova mentalidade e de uma nova realidade. Jesus disse: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar". (Mateus 24.35). Mas, para muitos, estas palavras são apenas retóricas, metafóricas e ultrapassadas.
Hoje temos várias igreja, vários perfis, mas a convergência é a mesma. Todas dependem do mundo, do poder temporal, seja ele político ou empresarial. A criação e sustentação da teologia da prosperidade fundamenta este desejo de ter sempre mais e ser sempre menos. Ela veio e se encaixou como uma luva neste contexto de interesses pelo dinheiro e pelo poder. Hoje, praticamente todas as igrejas estão envolvidas nesta teia falsa e perigosa. Enquanto isto, o ser humano que é a essência da igreja e do evangelho está sendo tratado, muitas vezes, como um objeto descartável. A pessoa vale na medida em que ela tenha algo para oferecer e somar, caso contrário ela é considerada um empecilho, um peso que não não soma nesta engrenagem.
Tive uma experiência recente que ilustra isto. Por discordar de tantas coisas estranhas no seio da igreja, me afastei até para refletir e tentar encontrar uma resposta. Penso que ninguém sentiu a minha falta na igreja, pois mesmo sendo membro há 40 anos de uma única igreja - e obreiro - até hoje, passados mais de um ano - não fui procurado por ninguém, não recebi sequer um telefonema, um e-mail e muito menos uma visita cordail. Simplesmente fui "deletado" e jogado em alguma lixeira. Este é o perfil da igreja do século XXI. Se você aceita tudo calado, você é bem vindo e até elogiado, caso contrário, você se deleta ou é deletado. Mas, ainda espero que alguém me procure, nem que seja apenas para me informar da minha sumária exclusão por abandono ou por rebeldia. Ainda bem que Deus não nos vê e não nos trata como o homem.
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