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Palavra do leitor

O paradeiro de Deus no nazismo e nas tragédias

Petrópolis, olho daqui da Alemanha o noticiário: 94 mortos, 8 crianças...

Cansei de ler essa frase, onde estava Deus, relacionada a Auschwitz. Comparada à tragédia de Petrópolis, campos de concentrações parecem ser mais logicamente explicáveis: Foram causados pela maldade humana e não tem nada a ver com Deus. Mas será que a tragédia de Petrópolis também não é indiretamente causada por nossas maldades?

É uma tola tendência humana ficar questionando a soberania de Deus. "Deus não poderia ter tudo sob controle", afirmam. Esbarramos em um problema semântico: o que significa afinal "controle"?

Como administrador entendo controle como uma função administrativa: comparar alvos com resultados. Não entendo controle como puxar cordas de marionetes ou apertar botões de uma máquina. Isso não é controle, mas execução de tarefas, direção de pessoal.

Deus controla. Ele espera resultados e examina e prova. Deus não é controlador, não poda liberdades, nem responsabilidades individuais. Deus liberta, porque Ele é livre.

Então surge a óbvia pergunta: quais são os alvos? O que devo então fazer?!

Não consigo ver outra resposta para essa pergunta, a não ser a dada pelo Messias a um jovem rico: se queres ser perfeito, uma coisa lhe falta. (Muitos de nós conhecem essa passagem do Evangelho).

Deixemos tudo que nos prende, fazendo dessas coisas algo de valor para nossos semelhantes. Para os mais necessitados. E então livres, sigamos os ensinamentos e exemplo de vida de Jesus.

Deus sabe se estamos no alvo, indo em direção a Ele, com Ele.

Deus olha dos céus. Seu trono está nos céus. E a seu Cristo foi dada toda autoridade nos céus e na terra. Repito: e na TERRA.

Então, que Deus é esse?! Como podem acontecer tais coisas sob a sua autoridade?

É porque Ele veio aqui, e viveu entre nós. Ele também sofreu. Ele também clamou, "meu Deus, meu Deus por que me desamparastes?" O Filho em sua paixão, morreu numa cruz, para que nós fôssemos salvos de nossos pecados. Do poder da morte. Do senhorio do príncipe deste mundo.

Mas o Cristo ressuscitou! Então Deus está também bem perto. Corrie ten Boom e Viktor Frankl, dentre outros tantos, nos ensinaram como Deus estava bem presente até mesmo em meio à máquina de assassinato nazista.

Ele está bem presente também em Petrópolis. Em meio a uma pandemia. Em fábricas, famílias, escritórios, hospitais, quartéis, presídios, favelas ou palácios. Em todo lugar. Deus é onipresente.

Presente para salvar, para consolar, para aliviar a dor. Nosso bom Senhor Jesus. Ele é singular, superior, suficiente. Amém.
Fürth - EX
Textos publicados: 296 [ver]
Site: http://teologia-livre.blogspot.de/

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