Palavra do leitor
- 29 de dezembro de 2014
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O Papa denuncia alzheimer espiritual e esquizofrenia existencial
Em meu penúltimo artigo “O Nome acima de todo nome” iniciei dizendo que nessa época de Natal e passagem de ano, as pessoas tornam-se mais amáveis, mais gentis, mais corteses, enfim, pacificam-se os ânimos.
Desde a adolescência, décadas, acostumei-me a ouvir e ler, apesar de não ser católico romano, os documentos papais; sempre primaram pela linguagem generosa de distribuir bênçãos para o clero e o rebanho.
O Papa atual, Jorge Mario Bergoglio – Franciscus - vem agindo assim desde a sua escolha, após a renúncia de seu antecessor Joseph Ratzinger – Bento XVI – desmistificando a pompa que sempre foi imposta não só ao Bispo de Roma, o Pontífice, mas a todos os sacerdotes romanos.
Neste Natal, cedo, fui buscar nos jornais e sites, as mensagens entregues aos cardeais, bispos, padres e suas ovelhas, pelo Papa Francisco, não só na tradicional Missa do Galo, mas, principalmente, na “Urbi et Orbi” [À cidade de Roma e ao mundo], bênção de Natal que o Pontífice dirige à multidão que se reúne na Praça de São Pedro. Ela se dá, também, por ocasião da Páscoa.
Para surpresa minha ele, desta vez, usou palavras duras, rigorosas, mas sinceras [verdadeiras] quanto à atuação da Igreja na sua ação pastoral, mais voltada, segundo ele, para a aparência fúnebre [sisudez], a ausência de alegria, ao distanciamento do rebanho e maior interesse pela busca de “status”, conquista de riquezas materiais.
A cúria romana, segundo ele, apresenta um endurecimento mental e espiritual mostrando indiferença para com o próximo, bem como arrogância e soberba. Elencou umas 15 atitudes nesse sentido: tendência à bajulação, à fofoca [como meio de se autopromoverem], um Alzheimer espiritual [percebido na ausência de capacidade de viver a relação pessoal com Deus], resistência à autocrítica, perda da sensibilidade humana.
O excesso de planejamento, a falta de transparência para a tomada de decisões [humanas] inibindo a inspiração e ação do Espírito Santo de Deus; [esses são males que influenciam todo tipo de organização humana, sobretudo quando marcada pela vitaliciedade, pompa, peso da autoridade pessoal].
“Seus prelados, evangelizou Francisco, acham que são imunes e indispensáveis; formam facções rivais; empregam o terrorismo das fofocas; são carreiristas e oportunistas, se valem de calúnias para obter prestígio; almejam bens materiais em excesso” (Mário Sérgio Conti – FSP. 26.12.2014 – C6).
Tratou também da violência que campeia por esse mundo, guerras, terrorismo, ódio apontando para a necessidade de um novo caminho de fraternidade e reconciliação; agradeceu a todos quantos estão ajudando as nações atacadas por esse novo vírus, tão exterminador, o Ebola; não deixou de lamentar as crianças mortas antes de virem à luz, numa clara condenação ao aborto.
Apelou para a necessidade de ternura e doçura contra esses males com atitudes humildes, abertas e que não cedam à cólera, à ira, mas que pratiquem a bondade, a brandura.
Sou eu a pessoa, hoje, com menos direito a críticas tendo em vista que apesar de ter sido, sempre, um membro ativo na seara do Senhor, trabalhando com afinco “na” igreja, por problemas pessoais de saúde [eu e minha esposa] temos estado ausentes.
Não posso, todavia, reclamar da falta de assistência pastoral, tendo em vista que nos 2 últimos anos, recebemos 3 visitas da pastora, em menos de 10 meses, em 2013; e 2 do atual pastor, num mesmo espaço de tempo, em 2014; não tendo se concretizado a 3ª visita face a uma forte chuva que o fez retornar para não se perder no trânsito.
Mas o que se lê, o que se ouve, o que se observa, o que se entende disso tudo é que esses mesmos males têm atacado as igrejas evangélicas também; inclusive a mídia, ao comentar esse evento de final de ano, no Vaticano, entende que essa Palavra do Papa pode sim ser estendida a todas as denominações cristãs, não somente ao clero mas também aos membros da maioria delas.
Lembro-me, e já citei em texto anterior, que em conversa, há uns 15 anos, com um bispo, queria ele saber a minha opinião sobre a inconstância das pessoas e sobre a falta de compromissos sérios com o trabalho na igreja; disse-lhe eu que “pastor tem que ter cheiro de ovelha”, isto é, se os fiéis não tiverem contatos próximos, liberdade para se abrirem e se expressarem com o clero, eles não se fixam.
Estão em permanente mudança em busca de sinais, de bênçãos, em vez de procurarem comunhão com o “Doador” das bênçãos.
Creio, hoje, mais experiente, mais estudado da Palavra de Deus que estamos vivendo o tempo do fim, o que o Senhor Jesus chamou de “o princípio das dores” (Mt 24 8); estamos bem próximos da “apostasia” [negação da fé], que precederá esses dias.
“[A 2ª vinda] não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade [anticristo]” (2Ts 2 3).
“Nos últimos tempos apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras que têm cauterizada a própria consciência” (1Tm 4 1-2).
Desde a adolescência, décadas, acostumei-me a ouvir e ler, apesar de não ser católico romano, os documentos papais; sempre primaram pela linguagem generosa de distribuir bênçãos para o clero e o rebanho.
O Papa atual, Jorge Mario Bergoglio – Franciscus - vem agindo assim desde a sua escolha, após a renúncia de seu antecessor Joseph Ratzinger – Bento XVI – desmistificando a pompa que sempre foi imposta não só ao Bispo de Roma, o Pontífice, mas a todos os sacerdotes romanos.
Neste Natal, cedo, fui buscar nos jornais e sites, as mensagens entregues aos cardeais, bispos, padres e suas ovelhas, pelo Papa Francisco, não só na tradicional Missa do Galo, mas, principalmente, na “Urbi et Orbi” [À cidade de Roma e ao mundo], bênção de Natal que o Pontífice dirige à multidão que se reúne na Praça de São Pedro. Ela se dá, também, por ocasião da Páscoa.
Para surpresa minha ele, desta vez, usou palavras duras, rigorosas, mas sinceras [verdadeiras] quanto à atuação da Igreja na sua ação pastoral, mais voltada, segundo ele, para a aparência fúnebre [sisudez], a ausência de alegria, ao distanciamento do rebanho e maior interesse pela busca de “status”, conquista de riquezas materiais.
A cúria romana, segundo ele, apresenta um endurecimento mental e espiritual mostrando indiferença para com o próximo, bem como arrogância e soberba. Elencou umas 15 atitudes nesse sentido: tendência à bajulação, à fofoca [como meio de se autopromoverem], um Alzheimer espiritual [percebido na ausência de capacidade de viver a relação pessoal com Deus], resistência à autocrítica, perda da sensibilidade humana.
O excesso de planejamento, a falta de transparência para a tomada de decisões [humanas] inibindo a inspiração e ação do Espírito Santo de Deus; [esses são males que influenciam todo tipo de organização humana, sobretudo quando marcada pela vitaliciedade, pompa, peso da autoridade pessoal].
“Seus prelados, evangelizou Francisco, acham que são imunes e indispensáveis; formam facções rivais; empregam o terrorismo das fofocas; são carreiristas e oportunistas, se valem de calúnias para obter prestígio; almejam bens materiais em excesso” (Mário Sérgio Conti – FSP. 26.12.2014 – C6).
Tratou também da violência que campeia por esse mundo, guerras, terrorismo, ódio apontando para a necessidade de um novo caminho de fraternidade e reconciliação; agradeceu a todos quantos estão ajudando as nações atacadas por esse novo vírus, tão exterminador, o Ebola; não deixou de lamentar as crianças mortas antes de virem à luz, numa clara condenação ao aborto.
Apelou para a necessidade de ternura e doçura contra esses males com atitudes humildes, abertas e que não cedam à cólera, à ira, mas que pratiquem a bondade, a brandura.
Sou eu a pessoa, hoje, com menos direito a críticas tendo em vista que apesar de ter sido, sempre, um membro ativo na seara do Senhor, trabalhando com afinco “na” igreja, por problemas pessoais de saúde [eu e minha esposa] temos estado ausentes.
Não posso, todavia, reclamar da falta de assistência pastoral, tendo em vista que nos 2 últimos anos, recebemos 3 visitas da pastora, em menos de 10 meses, em 2013; e 2 do atual pastor, num mesmo espaço de tempo, em 2014; não tendo se concretizado a 3ª visita face a uma forte chuva que o fez retornar para não se perder no trânsito.
Mas o que se lê, o que se ouve, o que se observa, o que se entende disso tudo é que esses mesmos males têm atacado as igrejas evangélicas também; inclusive a mídia, ao comentar esse evento de final de ano, no Vaticano, entende que essa Palavra do Papa pode sim ser estendida a todas as denominações cristãs, não somente ao clero mas também aos membros da maioria delas.
Lembro-me, e já citei em texto anterior, que em conversa, há uns 15 anos, com um bispo, queria ele saber a minha opinião sobre a inconstância das pessoas e sobre a falta de compromissos sérios com o trabalho na igreja; disse-lhe eu que “pastor tem que ter cheiro de ovelha”, isto é, se os fiéis não tiverem contatos próximos, liberdade para se abrirem e se expressarem com o clero, eles não se fixam.
Estão em permanente mudança em busca de sinais, de bênçãos, em vez de procurarem comunhão com o “Doador” das bênçãos.
Creio, hoje, mais experiente, mais estudado da Palavra de Deus que estamos vivendo o tempo do fim, o que o Senhor Jesus chamou de “o princípio das dores” (Mt 24 8); estamos bem próximos da “apostasia” [negação da fé], que precederá esses dias.
“[A 2ª vinda] não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade [anticristo]” (2Ts 2 3).
“Nos últimos tempos apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras que têm cauterizada a própria consciência” (1Tm 4 1-2).
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