Palavra do leitor
- 18 de agosto de 2018
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O Pai que não foge da luta
"Quando pessoas são importantes, a renúncia, a doação, a entrega não são obrigações, mas fazer o que é certo; por você, caso decida confiar ou não, o que chamamos de Deus, demonstrou e demonstra o quanto você é importante, com a perseverança, o amor e a intensidade, em Cristo Jesus, e, de certo, retrata o ser pai; enfim, feliz dia dos pais".
O dia 12 de Agosto, comemora – se o dia dos pais, e, de praxe ou costume, as famílias se encontram para celebrar tal dia, através do típico almoço ou a ida ao shopping, ao restaurante e outras formas de não deixar passar. É bem verdade, nem todos concordam com essa data, entretanto, evitarei adentrar em discussões desse teor, por não ser o enfoque da presente reflexão, a partir do texto de Gêneses 33. 22 a 32 e 33. 01 a 04, com o relato da história de Jacó. Aliás, falar em Jacó, trazemos a tona um sujeito a sombra da mãe, dentro de uma proteção prejudicial a sua capacidade de amadurecer e a crença de que sua esperteza e seu modo de maquinações resolveriam todas as adversidades, tensões, ambuiguidades, controvérsias e situações da vida. Em poucas palavras, Jacó teve de fugir do convívio familiar, quando Esaú descobriu ter tido sua primogenitura surrupiada, traiçoeiramente, pelo seu irmão mais novo. Nessa trajetória de ruptura e alterações bruscas, porque a vida nos traz isso, encontramos um Jacó progredido e na eminência de se encontrar com seu irmão lesado, por causa de sua postura nada aprovável. Agora, vou a direção da constatação de que Jacó, conforme se observar no capítulo, em foco, começa a encarar a resposta inadiável de a vida ser uma constante conquista, uma constante necessidade de provar e ser provado, de, em meio a isso, as incertezas e as desconfianças passa, por nós. Mesmo assim, como alcançar a maturidade e a capacidade para lidar com as alternâncias da nossa caminhada, caso não venhamos a enfrentar correspondentes situações?
Sem hesitar, Jacó espelha a importância de uma espiritualidade, ao qual carece de confronto, de aprendizado, de lidar com seus medos e inseguranças. Eis o contraponto, diante de uma pós-modernidade de semi – separados, porque as pessoas acreditam alcançar estados de maturidade, sem o outro, com meros encontros casuais, numa felicidade flutuante e artificial, nada de ir além de satisfações momentâneas. De observar, ser pai envolve adentrar na dimensão da responsabilidade e de não fechar os olhos para seus vazios. Afinal de contas, sem essa indiscutível batalha da vida, sem fazer disso um martírio ou discurso ao sofrimento, deparamo – nos com uma versão líquida paterna, com homens mimados e dependentes de uma realidade, tão somente, de ternura e afabilidade, sem descortinar a vida, com seus dissabores, com suas conquistas, com suas renuncias, com suas entregas e, enfim, o pai que não foge da luta. Verdadeiramente, da luta de lidar com a o vácuo de uma referência paterna, ao qual engendrou ou gestou e concebeu homens blindados no sucesso, como forma de compensação, e a léguas de distância de perceber o quanto os filhos, amigos e familiares buscam se relacionar com uma pessoa e não o profissional bem sucedido, o homem espiritual, o homem de fé, o pai relativista (sem confrontar e, por consequência, há o resultado de uma geração aversiva e violenta, no mais ressoar do não).
Evidentemente, ser pai traz não fugir da luta, dos embates, perceber que certas sombras (as sombras de justificativas, porque me fizeram isso, não me fizeram aquilo), ao qual mais são desculpas de impactos sem efeitos nenhum. Destarte, Jacó trava uma luta, percebe, claramente, a questão de que a vida nos apresenta certos reencontros e, por tal modo, são vitais para obtermos um estado de maturidade e sermos livres de amarras. Quantas pessoas, pais ou não, fogem da luta de romper e irromper com suas sombras, com seus esconderijos, com suas aparências, com suas farsas, com suas amarguras, com seus fantasmas e perdem e tem perdido a oportunidade de se refazerem como pessoas não perfeitas, acima do bem e do mal, sem nenhuma cicatriz, sem nenhuma mancha, sem nenhuma rasura, sem nenhuma decepção, sem nenhuma frustração, sem poeiras a serem removidas, debaixo do tapete da alma e do espírito? Vou adiante, Jacó litiga, não fogo da luta, vai ao confronto e não permanece atrás da porta, na colisão virtual, com seu opositor e, mesmo com as marcas, sai, dali, mais calejado, mais lapidado, mais humanizado, mais ciente de suas potencialidades, de suas habilidades, de suas condições e, sem fazer dessa experiência, um caminho para uma postura narcísica, voltado a fazer de pessoas meias , de não conseguir dizer a uma narrativa da vida, tão somente, delimitado aos momentos passageiros. Faz – se notar, o pai que não foge a luta, dialoga com a renuncia, a entrega, a doação, o amor, com a consciência de fazer o que é certo e não por uma mera obrigação ou imposição.
O dia 12 de Agosto, comemora – se o dia dos pais, e, de praxe ou costume, as famílias se encontram para celebrar tal dia, através do típico almoço ou a ida ao shopping, ao restaurante e outras formas de não deixar passar. É bem verdade, nem todos concordam com essa data, entretanto, evitarei adentrar em discussões desse teor, por não ser o enfoque da presente reflexão, a partir do texto de Gêneses 33. 22 a 32 e 33. 01 a 04, com o relato da história de Jacó. Aliás, falar em Jacó, trazemos a tona um sujeito a sombra da mãe, dentro de uma proteção prejudicial a sua capacidade de amadurecer e a crença de que sua esperteza e seu modo de maquinações resolveriam todas as adversidades, tensões, ambuiguidades, controvérsias e situações da vida. Em poucas palavras, Jacó teve de fugir do convívio familiar, quando Esaú descobriu ter tido sua primogenitura surrupiada, traiçoeiramente, pelo seu irmão mais novo. Nessa trajetória de ruptura e alterações bruscas, porque a vida nos traz isso, encontramos um Jacó progredido e na eminência de se encontrar com seu irmão lesado, por causa de sua postura nada aprovável. Agora, vou a direção da constatação de que Jacó, conforme se observar no capítulo, em foco, começa a encarar a resposta inadiável de a vida ser uma constante conquista, uma constante necessidade de provar e ser provado, de, em meio a isso, as incertezas e as desconfianças passa, por nós. Mesmo assim, como alcançar a maturidade e a capacidade para lidar com as alternâncias da nossa caminhada, caso não venhamos a enfrentar correspondentes situações?
Sem hesitar, Jacó espelha a importância de uma espiritualidade, ao qual carece de confronto, de aprendizado, de lidar com seus medos e inseguranças. Eis o contraponto, diante de uma pós-modernidade de semi – separados, porque as pessoas acreditam alcançar estados de maturidade, sem o outro, com meros encontros casuais, numa felicidade flutuante e artificial, nada de ir além de satisfações momentâneas. De observar, ser pai envolve adentrar na dimensão da responsabilidade e de não fechar os olhos para seus vazios. Afinal de contas, sem essa indiscutível batalha da vida, sem fazer disso um martírio ou discurso ao sofrimento, deparamo – nos com uma versão líquida paterna, com homens mimados e dependentes de uma realidade, tão somente, de ternura e afabilidade, sem descortinar a vida, com seus dissabores, com suas conquistas, com suas renuncias, com suas entregas e, enfim, o pai que não foge da luta. Verdadeiramente, da luta de lidar com a o vácuo de uma referência paterna, ao qual engendrou ou gestou e concebeu homens blindados no sucesso, como forma de compensação, e a léguas de distância de perceber o quanto os filhos, amigos e familiares buscam se relacionar com uma pessoa e não o profissional bem sucedido, o homem espiritual, o homem de fé, o pai relativista (sem confrontar e, por consequência, há o resultado de uma geração aversiva e violenta, no mais ressoar do não).
Evidentemente, ser pai traz não fugir da luta, dos embates, perceber que certas sombras (as sombras de justificativas, porque me fizeram isso, não me fizeram aquilo), ao qual mais são desculpas de impactos sem efeitos nenhum. Destarte, Jacó trava uma luta, percebe, claramente, a questão de que a vida nos apresenta certos reencontros e, por tal modo, são vitais para obtermos um estado de maturidade e sermos livres de amarras. Quantas pessoas, pais ou não, fogem da luta de romper e irromper com suas sombras, com seus esconderijos, com suas aparências, com suas farsas, com suas amarguras, com seus fantasmas e perdem e tem perdido a oportunidade de se refazerem como pessoas não perfeitas, acima do bem e do mal, sem nenhuma cicatriz, sem nenhuma mancha, sem nenhuma rasura, sem nenhuma decepção, sem nenhuma frustração, sem poeiras a serem removidas, debaixo do tapete da alma e do espírito? Vou adiante, Jacó litiga, não fogo da luta, vai ao confronto e não permanece atrás da porta, na colisão virtual, com seu opositor e, mesmo com as marcas, sai, dali, mais calejado, mais lapidado, mais humanizado, mais ciente de suas potencialidades, de suas habilidades, de suas condições e, sem fazer dessa experiência, um caminho para uma postura narcísica, voltado a fazer de pessoas meias , de não conseguir dizer a uma narrativa da vida, tão somente, delimitado aos momentos passageiros. Faz – se notar, o pai que não foge a luta, dialoga com a renuncia, a entrega, a doação, o amor, com a consciência de fazer o que é certo e não por uma mera obrigação ou imposição.
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