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Palavra do leitor

O ocaso dos ídolos

Irá findar, certamente, um dia irá findar. Não resta dúvida a nenhum ser humano de que um dia chegará uma noite que não terá amanhecer novamente. E, deste momento, nenhum de nós pode se esquivar. E não nos referimos somente à consciência do fim, mas a resignação diante de um poder que não nos pertence. Alguém sábio, refletindo sobre a efemeridade da existência, já indagou: "quem, em sã consciência, poderá acrescentar um côvado aos seus dias?".

Mas, o homem de nossos dias não parece estar tão preocupado com isso quanto seus antepassados alquimistas ou enciclopedistas. É como se o atual estado de coisas fosse capaz de preencher a lacuna da dúvida ou da incerteza geradas a partir de tais reflexões. O fascínio diante do estágio da atual tecnologia, capaz de unir indivíduos em cadeia global através de cliques por meio de cabos de cobre ou sílica, num átimo de segundo, ainda que esses mesmos indivíduos estejam dissociados da verdade, absorve as suas vidas, geração após geração.

A sociedade contemporânea possui seus mecanismos de entretenimento e alienação vinculados ao desenvolvimento tecnológico, ao avanço e às inovações da mídia eletrônica e dos bens de consumo. Fugaz é a palavra de ordem, onde prevalece a confusão entre o produto e o consumidor, o que é para ser consumido e o indivíduo, de modo que para o consumidor/indivíduo, sua vida estará bem tanto mais se assemelhe ao efeito do produto que ele consome ou à sensação que ele cause ao ser consumido, ou até, ao próprio produto. Não é difícil, assim, um indivíduo sentir-se plenamente realizado após assistir a programação da televisão durante alguns minutos. Festejará seu modo de vida tão real e comum ao mesmo tempo, ainda que não possa possuí-lo. Pois já basta obter o ideal, a referência daquilo que pode vir a suprir a sua ansiedade para sentir o conforto de estar incluído no rol de celebridades e esperar que um dia ele possa ocupar o espaço daquele a quem assiste momentaneamente.

Aumenta, a cada dia, a indústria de ídolos e aspirantes e postulantes às vacantes. Mas não é só de ídolos de carne que a sociedade tem se alimentado. Atualmente, tudo que tem adquirido certo grau idolátrico tem sido devido às mesmas características de transitoriedade e agilidade que cercam esses primeiros. Objetos como telefone celular, computador, televisor, cartão magnético, carro e vários produtos comestíveis instantâneos e solúveis representam bem essa gama de ídolos que vêm desbancando as figuras de deuses e santos de várias religiões e seitas.

O homem contemporâneo está boquiaberto e prostrado diante da deusa ilusão, é como o faminto que sonha que está comendo, mas, acordando, sente a sua alma vazia; ou como o sedento que sonha que está bebendo, mas, acordando, eis que ainda desidratado (como o produto) se acha, e a sua alma, com sede. Ignora que a água que saciará a sua sede e mudará seu estado não procede de poços cavados por mãos humanas nem de fontes naturais.

Segue adiante numa corrida contra o tempo, envaidecido por ocupar um espaço através do qual obtém o reconhecimento de seus congêneres, e, através desse elogio à frivolidade embrutece, perde a ciência, a noção de eternidade que só é possível alcançar pela salvação da alma. Confronta-se, então, com o dilema de sua existência: de um lado, a fugacidade da fama e tudo o que lhe concerne, apregoada pelas nações, reconhecida como correta pela sociedade contemporânea; do outro, a eternidade da alma e a reconciliação com o Criador, adquirida através da fé, mas somente concretizada após a sua morte, portanto, desconhecida.

A boa nova é que os novos céus e a nova terra prometidos a todo aquele que crer, podem ser contemplados agora. Mais do que isso, o Salvador dá uma garantia, um penhor, daquilo que Ele prometeu a seus filhos. Quando o homem que está perdido no mundo, iludido pela sociedade que o cerca, reconcilia-se com o seu Criador, ele reconhece que não é do homem o seu caminho, nem do homem que caminha, o dirigir os seus passos. Humildemente, aceita a vontade soberana para a sua vida somente conhecida quando renova a sua mente, desprendendo-se da falsidade e da hipocrisia própria do homem caído. Quando age dessa forma, o homem percebe que é capaz de tornar-se semelhante ao seu Salvador - afinal Deus criou o homem à sua imagem e semelhança - na sua maneira de pensar e de agir. E sabemos que, quando Ele se manifestar, o homem crente será semelhante a Ele; porque assim como é o verá.

Então, parte da herança a que tem direito como filho, é adquirida ainda em vida por causa do amor de Deus para com ele. O penhor a que nos referimos anteriormente é o Espírito que provém de Deus, para que pudesse conhecer o que é dado gratuitamente por Deus. Porque, como está escrito, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que está nele? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Cabe ao homem contemporâneo, portanto, renunciar à condição de homem-ídolo, idólatra, para adquirir uma condição superior. E, aquele que tiver esta esperança, purifica-se a si mesmo, pois Deus é puro, e as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam.
Maceio - AL
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