Palavra do leitor
- 30 de abril de 2012
- Visualizações: 2234
- 1 comentário(s)
- +A
- -A
- compartilhar
O novo amigo "ex"
Fiquei sabendo que tenho um novo amigo; ou o título acima estaria a dizer que é um novo amigo que não é mais amigo?
Por falar em “ex”, lembrei-me de um cidadão que era viciado em bebida alcoólica, usuário de drogas, “amigo do alheio” [ladrão], traficante e, também, explorava o lenocínio; enfim transitava em todas as camadas do crime “organizado” da cidade maravilhosa.
Um dia um pastor evangélico abriu, nas redondezas do morro dominado pelo bandido, um trabalho social, de grande envergadura, para atender aos moradores da Comunidade, à época denominada de favela.
Conversa daqui, prega dali, e o chefão dos malfeitos [palavra da moda atual] se converteu ao Senhor Jesus, mudou totalmente de vida.
Foi chamado a dar seu testemunho no programa de televisão do pastor, seu grande amigo, e como é comum ouvir em testemunhos de conversão, ele começou a enumerar seus “predicados” passados: “sou ex-traficante, ex-drogado, ex-ladrão, ex-bicheiro, ex-explorador de mulheres, ‘ex que tudo se fez novo’, pois, me converti ao Senhor Jesus”.
Foi uma risada geral, pois ao querer pronunciar um versículo bíblico que fala de transformação de vida, quando se deixa tudo para trás ou que, com a vida cristã, tudo se faz novo (II Coríntios 5. 17), ele disse “ex que tudo se fez novo” [o mesmo “ex” dos seus predicados passados], em vez de dizer “eis que tudo se fez novo”!
Hilário, mas é verdade, foi visto e ouvido em todo o País em um programa de televisão muito famoso à época [só não citamos os nomes por respeito ao direito de privacidade].
Foi uma só alegria a conversão daquele nosso novo irmão “ex”.
Mas, em um belo dia, aliás, em um mau dia, no momento em que ele retornava, em seu carro, para o presídio [estava cumprindo pena em regime semi-aberto, no qual se trabalha de dia, e, à noite se recolhe à prisão], quando, em um semáforo, parou um motociclista ao seu lado e encheu-o de tiros, ocasionando sua morte no próprio local, sem tempo, sequer de ser ajudado, tratado.
Agora, sem trocadilho, com a morte, ele se tornou um “ex-tudo”; só não se tornou um ex-cristão, pois o Senhor disse que aqueles que veem a Ele, de maneira alguma os joga fora, ou seja, o Senhor Jesus não se desfaz dos seus, não os abandona à própria
“sorte”: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (João 6. 37).
Deus nos diz, e cumpre, com fidelidade a sua Palavra: “De maneira alguma, te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hebreus 13. 5).
Aliás, embora não seja o caso de discutir isso aqui e agora, há duas fortes correntes a respeito da expressão “uma vez salvo, sempre salvo”.
Voltando ao início da história, fiquei sabendo, ao ler um comentário a um dos meus textos, nesta coluna, que o comentarista, também um dos escritores de textos, neste site, chamou-me, carinhosamente de amigo.
Então ele é o novo amigo, mas ao assinar o seu nome, em seus textos ou comentários de textos de terceiros, ele se posiciona como um “ex-cristão”; foi o que me tocou o coração.
Não fui ler [bisbilhotar] os seus textos para inteirar-me de suas razões para essa postura de descrença, de decepção com a “igreja” [organização formada por homens, por isso mesmo falha].
Na década de 90 escutei inúmeras vezes, de um conhecido Ministro do Evangelho, que “a igreja é o único exército que mata os seus feridos” (sic); declaração forte essa!
Não sei se é verdade, meu novo amigo “ex”; “Igreja” é uma coisa e “igreja” é outra.
A primeira [com “i” maiúsculo] não é uma instituição humana, por não ter sido criada por pessoas, mas é o Corpo de Cristo, “formado” [não criado] por pessoas verdadeiramente convertidas ao Senhor Jesus.
A segunda, esta humana, tem falhas, comete erros, pode até abandonar os “seus feridos”, mas não pode a primeira ser desacreditada por causa dos malfeitos da segunda. Temos que saber fazer a distinção com bastante clareza e justiça.
Alguém, “alguéns”, ou mesmo uma instituição humana pode ter-lhe ferido, magoado, desapontado, desiludido; creia, no entanto, que não foi o Corpo de Cristo, não foi a Igreja única e verdadeira do Senhor Jesus, independente das denominações humanas que a compõem ou pensam compô-la que lhe desprezaram. Isso não é fruto do Espírito (Gálatas. 5. 22-23), é obra da carne (Gálatas 5. 19-21).
Volte ao Senhor Jesus, tenha comunhão com Ele, obedeça-O, cumpra com os Seus desejos, que são os mesmos do Pai, de que ninguém se perca; e Ele jamais lhe decepcionará.
Ele foi “lhe preparar lugar” (João 14. 2), e breve voltará para buscá-lo juntamente com todos os nossos irmãos na fé, e não é bom “ficar para trás” [esse é outro assunto, que poderá ser encontrado em vários dos 191 textos postados por mim].
Estarei, com minha esposa, em constante oração intercessória por você. Que Deus o abençoe!
Por falar em “ex”, lembrei-me de um cidadão que era viciado em bebida alcoólica, usuário de drogas, “amigo do alheio” [ladrão], traficante e, também, explorava o lenocínio; enfim transitava em todas as camadas do crime “organizado” da cidade maravilhosa.
Um dia um pastor evangélico abriu, nas redondezas do morro dominado pelo bandido, um trabalho social, de grande envergadura, para atender aos moradores da Comunidade, à época denominada de favela.
Conversa daqui, prega dali, e o chefão dos malfeitos [palavra da moda atual] se converteu ao Senhor Jesus, mudou totalmente de vida.
Foi chamado a dar seu testemunho no programa de televisão do pastor, seu grande amigo, e como é comum ouvir em testemunhos de conversão, ele começou a enumerar seus “predicados” passados: “sou ex-traficante, ex-drogado, ex-ladrão, ex-bicheiro, ex-explorador de mulheres, ‘ex que tudo se fez novo’, pois, me converti ao Senhor Jesus”.
Foi uma risada geral, pois ao querer pronunciar um versículo bíblico que fala de transformação de vida, quando se deixa tudo para trás ou que, com a vida cristã, tudo se faz novo (II Coríntios 5. 17), ele disse “ex que tudo se fez novo” [o mesmo “ex” dos seus predicados passados], em vez de dizer “eis que tudo se fez novo”!
Hilário, mas é verdade, foi visto e ouvido em todo o País em um programa de televisão muito famoso à época [só não citamos os nomes por respeito ao direito de privacidade].
Foi uma só alegria a conversão daquele nosso novo irmão “ex”.
Mas, em um belo dia, aliás, em um mau dia, no momento em que ele retornava, em seu carro, para o presídio [estava cumprindo pena em regime semi-aberto, no qual se trabalha de dia, e, à noite se recolhe à prisão], quando, em um semáforo, parou um motociclista ao seu lado e encheu-o de tiros, ocasionando sua morte no próprio local, sem tempo, sequer de ser ajudado, tratado.
Agora, sem trocadilho, com a morte, ele se tornou um “ex-tudo”; só não se tornou um ex-cristão, pois o Senhor disse que aqueles que veem a Ele, de maneira alguma os joga fora, ou seja, o Senhor Jesus não se desfaz dos seus, não os abandona à própria
“sorte”: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (João 6. 37).
Deus nos diz, e cumpre, com fidelidade a sua Palavra: “De maneira alguma, te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hebreus 13. 5).
Aliás, embora não seja o caso de discutir isso aqui e agora, há duas fortes correntes a respeito da expressão “uma vez salvo, sempre salvo”.
Voltando ao início da história, fiquei sabendo, ao ler um comentário a um dos meus textos, nesta coluna, que o comentarista, também um dos escritores de textos, neste site, chamou-me, carinhosamente de amigo.
Então ele é o novo amigo, mas ao assinar o seu nome, em seus textos ou comentários de textos de terceiros, ele se posiciona como um “ex-cristão”; foi o que me tocou o coração.
Não fui ler [bisbilhotar] os seus textos para inteirar-me de suas razões para essa postura de descrença, de decepção com a “igreja” [organização formada por homens, por isso mesmo falha].
Na década de 90 escutei inúmeras vezes, de um conhecido Ministro do Evangelho, que “a igreja é o único exército que mata os seus feridos” (sic); declaração forte essa!
Não sei se é verdade, meu novo amigo “ex”; “Igreja” é uma coisa e “igreja” é outra.
A primeira [com “i” maiúsculo] não é uma instituição humana, por não ter sido criada por pessoas, mas é o Corpo de Cristo, “formado” [não criado] por pessoas verdadeiramente convertidas ao Senhor Jesus.
A segunda, esta humana, tem falhas, comete erros, pode até abandonar os “seus feridos”, mas não pode a primeira ser desacreditada por causa dos malfeitos da segunda. Temos que saber fazer a distinção com bastante clareza e justiça.
Alguém, “alguéns”, ou mesmo uma instituição humana pode ter-lhe ferido, magoado, desapontado, desiludido; creia, no entanto, que não foi o Corpo de Cristo, não foi a Igreja única e verdadeira do Senhor Jesus, independente das denominações humanas que a compõem ou pensam compô-la que lhe desprezaram. Isso não é fruto do Espírito (Gálatas. 5. 22-23), é obra da carne (Gálatas 5. 19-21).
Volte ao Senhor Jesus, tenha comunhão com Ele, obedeça-O, cumpra com os Seus desejos, que são os mesmos do Pai, de que ninguém se perca; e Ele jamais lhe decepcionará.
Ele foi “lhe preparar lugar” (João 14. 2), e breve voltará para buscá-lo juntamente com todos os nossos irmãos na fé, e não é bom “ficar para trás” [esse é outro assunto, que poderá ser encontrado em vários dos 191 textos postados por mim].
Estarei, com minha esposa, em constante oração intercessória por você. Que Deus o abençoe!
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 30 de abril de 2012
- Visualizações: 2234
- 1 comentário(s)
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados