Palavra do leitor
- 22 de dezembro de 2020
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O natal da fé e não das distrações!
"Sejamos uma voz surpreendente para ser um não, em bom e alto som, a todas as formas de demoníacas de desumanizações em face do ser humano (em face de sua igualdade, em sua liberdade e sua dignidade), porque, ao fazer isso, vivenciaremos os lampejos da Terra Prometida, do novo céu e da nova terra, a partir daqui, caso não, após o dia 25 de dezembro, voltaremos a nossa pacata e conveniente fé’’.
Isaias 2.1-14
Mais um natal bate as portas, aproxima-se, apesar de todo um período de turbilhões e inquietações ora causado pela pandemia da Covid-19. Mesmo assim, o suposto nascimento de Jesus, em vinte e cinco de dezembro, será comemorado e tem sido, por boa parte dos cristãos. Não por menos, ao falar desse evento, embora com a ênfase concedida a outras finalidades, a partir do símbolo do papai noel, das festividades, ainda se encontra toda uma enxurrada de aberturas para ponderar e elucubrar sobre o coração – útero desse acontecimento, ou seja, a figura de Jesus de Nazaré. Nessa cólera por chegar a uma definição de quem foi Jesus, porque o natal se refere e é Jesus, muitos estudiosos se embrenharam nos bosques obscuros de um Jesus mais alinhado e espelho de seus ideais, como, por exemplo, um ilustre modelo de posição ética e moral, social e humanista. Isto sem falar, nos apologistas de um Jesus enredado aos preceitos da racionalidade, de uma mensagem coerente com as proposituras racionalistas, como também aqueles que o formaram numa dimensão revolucionária e de práxis efetiva. Em outras palavras, será Jesus, o Jesus de Nazaré, o Cristo das boas novas, o Deus ser humano Jesus Cristo uma figura portadora de toda uma pletora ou abundância de interpretações e considerações? Seria Jesus uma figura lendária e ainda presente, por causa de seus ensinos de tolerância e misericórdia, de gratidão e de respeito a vida? Seria Jesus um propagador de uma mensagem apocalíptica? Atentemos, a partir de relatos extraídos de personalidades, pode-se dizer, sem nenhuma tendência de firmar e afirmar a existência de Jesus, sua participação na história dos homens, como os enfoques do historiador judeus Flávio Josefo, a qual descreve que houve um homem sábio, protagonista de eventos esplendorosos ou de feitos miraculosos, acusado pelas lideranças religiosas da época, condenado a cruz e seguido por muitos dispostos a não cessarem de levarem o teor das boas notícias. A guisa de todas as indagações, arredor do assunto Jesus, porque se não passa de uma lenda, de uma ficção, de uma estória da carochinha, por consequência, qual a finalidade de se acreditar no natal, o natal segundo o chamado para sermos seguidores da estirpe de uma voz disposta a subverter e dizer não a todas as engrenagens demoníacas de desumanizações (porque quando o ser humano escravizado, explorado, massa de manobra, subjugado a ser um objeto descartável, abusado, vítima de arbitrariedades) aniquila a nossa condição de ser imagem e semelhança de Deus, de sermos próximos uns dos outros, de sermos portas vozes do Reino de paz, de justiça e de boas notícias e, neste aspecto, considero o radical do natal, do nascimento de Jesus, o Cristo. Vou adiante, o natal estabelece o ponto de partida de um Jesus não lendário, não mitológico, não folclórico, mas sim o Jesus ao qual esteve com mulheres de vida questionável, homens de reputação comprometida, abre precedentes para os não judeus ou gentios, acolhe os deserdados de dignidade, não faz da fé uma moeda de troca para interesses político – ideológico (por isso, palco de ataques dos fariseus, de repulsa dos zelotes). De observar, o natal não objetiva agradar um determinado grupo específico, nem angariar adeptos para cultuar um divindade ou uma religião. Diametralmente oposto, o natal, na mais crua e nua comprovação se pauta em Jesus, é Jesus, será Jesus, nada mais e nada menos. Sim e sim, o Jesus dos caminhos da cruz, a cruz como retrato da vergonha, da solidão, do silêncio aterrador, do abandono, da morte, de será que foi que foi valido viver? Sempre é de bom alvitre ressaltar, o natal não fala de um herói, mas de alguém que adentra na vida, a vida com seus receios, a vida com suas violências, a vida com suas injustiças, a vida com suas iniquidades, a vida que gente boa morre, a vida que gente justa não é lembrada, a vida que gente diferente é abominada, a vida que gente padece de uma esperança para os fazer prosseguir. Então, a largos passos de mais um natal, escolheremos o natal da fé, do Jesus das boas notícias e que não se afugentou da vida, com suas afrontas e oposições, com o chamado para sermos uma voz surpreendente ou permaneceremos no natal das distrações, das cantatas, das peças teatrais, dos cultos natalinos que, tão somente, servem para um formalismo, como se, já no dia 26 de dezembro de 2020, guardaremos esse chamado, nas gavetas das tradições e só?
Baruch Há Shem!
Isaias 2.1-14
Mais um natal bate as portas, aproxima-se, apesar de todo um período de turbilhões e inquietações ora causado pela pandemia da Covid-19. Mesmo assim, o suposto nascimento de Jesus, em vinte e cinco de dezembro, será comemorado e tem sido, por boa parte dos cristãos. Não por menos, ao falar desse evento, embora com a ênfase concedida a outras finalidades, a partir do símbolo do papai noel, das festividades, ainda se encontra toda uma enxurrada de aberturas para ponderar e elucubrar sobre o coração – útero desse acontecimento, ou seja, a figura de Jesus de Nazaré. Nessa cólera por chegar a uma definição de quem foi Jesus, porque o natal se refere e é Jesus, muitos estudiosos se embrenharam nos bosques obscuros de um Jesus mais alinhado e espelho de seus ideais, como, por exemplo, um ilustre modelo de posição ética e moral, social e humanista. Isto sem falar, nos apologistas de um Jesus enredado aos preceitos da racionalidade, de uma mensagem coerente com as proposituras racionalistas, como também aqueles que o formaram numa dimensão revolucionária e de práxis efetiva. Em outras palavras, será Jesus, o Jesus de Nazaré, o Cristo das boas novas, o Deus ser humano Jesus Cristo uma figura portadora de toda uma pletora ou abundância de interpretações e considerações? Seria Jesus uma figura lendária e ainda presente, por causa de seus ensinos de tolerância e misericórdia, de gratidão e de respeito a vida? Seria Jesus um propagador de uma mensagem apocalíptica? Atentemos, a partir de relatos extraídos de personalidades, pode-se dizer, sem nenhuma tendência de firmar e afirmar a existência de Jesus, sua participação na história dos homens, como os enfoques do historiador judeus Flávio Josefo, a qual descreve que houve um homem sábio, protagonista de eventos esplendorosos ou de feitos miraculosos, acusado pelas lideranças religiosas da época, condenado a cruz e seguido por muitos dispostos a não cessarem de levarem o teor das boas notícias. A guisa de todas as indagações, arredor do assunto Jesus, porque se não passa de uma lenda, de uma ficção, de uma estória da carochinha, por consequência, qual a finalidade de se acreditar no natal, o natal segundo o chamado para sermos seguidores da estirpe de uma voz disposta a subverter e dizer não a todas as engrenagens demoníacas de desumanizações (porque quando o ser humano escravizado, explorado, massa de manobra, subjugado a ser um objeto descartável, abusado, vítima de arbitrariedades) aniquila a nossa condição de ser imagem e semelhança de Deus, de sermos próximos uns dos outros, de sermos portas vozes do Reino de paz, de justiça e de boas notícias e, neste aspecto, considero o radical do natal, do nascimento de Jesus, o Cristo. Vou adiante, o natal estabelece o ponto de partida de um Jesus não lendário, não mitológico, não folclórico, mas sim o Jesus ao qual esteve com mulheres de vida questionável, homens de reputação comprometida, abre precedentes para os não judeus ou gentios, acolhe os deserdados de dignidade, não faz da fé uma moeda de troca para interesses político – ideológico (por isso, palco de ataques dos fariseus, de repulsa dos zelotes). De observar, o natal não objetiva agradar um determinado grupo específico, nem angariar adeptos para cultuar um divindade ou uma religião. Diametralmente oposto, o natal, na mais crua e nua comprovação se pauta em Jesus, é Jesus, será Jesus, nada mais e nada menos. Sim e sim, o Jesus dos caminhos da cruz, a cruz como retrato da vergonha, da solidão, do silêncio aterrador, do abandono, da morte, de será que foi que foi valido viver? Sempre é de bom alvitre ressaltar, o natal não fala de um herói, mas de alguém que adentra na vida, a vida com seus receios, a vida com suas violências, a vida com suas injustiças, a vida com suas iniquidades, a vida que gente boa morre, a vida que gente justa não é lembrada, a vida que gente diferente é abominada, a vida que gente padece de uma esperança para os fazer prosseguir. Então, a largos passos de mais um natal, escolheremos o natal da fé, do Jesus das boas notícias e que não se afugentou da vida, com suas afrontas e oposições, com o chamado para sermos uma voz surpreendente ou permaneceremos no natal das distrações, das cantatas, das peças teatrais, dos cultos natalinos que, tão somente, servem para um formalismo, como se, já no dia 26 de dezembro de 2020, guardaremos esse chamado, nas gavetas das tradições e só?
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