Palavra do leitor
- 04 de novembro de 2008
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O mundo julga a igreja
Recebi pelo meu correio eletrônico uma mensagem relacionando os projetos de lei no Congresso Nacional que ameaçam os cristãos. Não os verifiquei; aceitei a mensagem como verdadeira, ou pelo menos, como uma desculpa para repensar o mundo evangélico brasileiro hoje.
1) Reforma Constitucional – Mudanças no texto da Constituição que garantem a liberdade de culto. Se aprovadas, fica proibido culto fora das igrejas (evangelismo de rua), cultos religiosos só com portas fechadas.
Liberdade de culto implica em liberdade de realizá-lo em qualquer lugar? Esta liberdade se aplica as demais práticas religiosas do Brasil?
Evangelismo é uma coisa, culto é outra. Rua não é lugar de cerimônia (exceto em situações especialíssimas); evangelismo não deveria ser discreto?
2) Projeto nº 4.720/03 – Altera a legislação do 'imposto de renda' das pessoas jurídicas / Projeto nº 3.331/04 – Altera o artigo 12 da Lei nº 9.250/95, que trata da legislação do imposto de renda das 'pessoas físicas'. Se convertidos em Lei, os dois projetos obrigariam as igrejas a recolherem impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições.
Em épocas de construção de catedrais, pastores que acumulam riquezas (ao lado de milhares de anônimos que pastoreiam sem nada receber de suas comunidades, tal a pobreza de todos), promessas mentirosas de ascenção social e profissional através do dízimo (o Deus de Israel agora é subornado, bajulado, etc) e religiosos eleitos que prestam um desserviço à comunidade parece ser uma reação normal de uma sociedade que se cansa de ver o Nome de Deus tomado em vão e blasfemado na maior cara de pau. Realmente, "as pedras clamam".
3) Projeto nº 299/99 – Altera o código brasileiro de telecomunicações (Lei 4.117/62). Se aprovado, reduziria programas evangélicos no rádio e televisão a apenas uma hora.
Como a lei tem de valer para todos, todos os programas religiosos seriam reduzidos a uma hora. A desculpa para não comparecer às comunidades de fé, interagirem com os irmãos, vivenciarem a fé com os pés no chão parece acabar. E quem sairia perdendo? Quem escuta os programas? não são os cristãos? Por que financiá-los?
4) Projeto nº6.398/05 – Regulamenta a profissão de Jornalista. Contém artigos que estabelecem que só poderá fazer programas de rádio e televisão, pessoas com formação em JORNALISMO. Significa que pastores sem a formação em jornalismo não poderão fazer programas através desses meios.
A regulamentação da profissão de jornalista é uma longa história, cheia de projetos, idas e vindas. Mais uma vez, tenho minhas dúvidas sobre a utilidade, para o Reino de Deus, de tais programas. Um aspecto positivo é que as denominações que desejarem programas de rádio e televisão terão de investir na formação dos seus obreiros, o que vai lhes ampliar os horizontes. Como jornalistas, estarão sujeitos também a um novo código de ética. Parece que a sociedade está dizendo "queremos mais ética no trato das coisas de Deus".
5) Projeto nº 1.154/03 – Proíbe veiculação de programas em que o teor seja considerado preconceito religioso. Se aprovado, será considerado crime pregar sobre idolatria, feitiçaria e rituais satânicos. Será proibido que mensagens sobre essas práticas sejam veiculadas no rádio, televisão, jornais e internet. A verdade sobre esse atos contrários a Palavra de Deus não poderá mais ser mostrada.
Aos discípulos foi ordenado que pregassem o Evangelho, "pode de Deus para todo aquele que crê", a "Cristo crucificado". Idolatria, feitiçaria, rituais satânicos e outros são combatidos de forma eficiente com a oração e pregação do "pecado, da justiça e do juízo". Seremos capazes de pregar sem intolerância, sem preconceito?
6) Projeto nº 952/03 – Estabelece que é crime atos religiosos que possam ser considerados abusivos a boa-fé das pessoas. Convertido em Lei, pelo número de reclamações, pastores serão considerados 'criminosos' por pregarem sobre dízimos e ofertas.
Deveriam ser considerados criminosos todas as vezes que os dízimos e ofertas não forem publicamente expostas, com sua destinação comprovada segundo o orçamento da igreja, certificada por um conselho fiscal e aprovada pela assembléia dos fiéis.
7) Projeto nº 4.270/04[/b] – Comentários feitos contra ações praticadas por grupos religiosos passam a ser passíveis de ação civil. As Igrejas Evangélicas ficariam proibidas de pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada, como espiritismo, feitiçaria, idolatria e outras. Se o fizerem, não terão direito a se defender por meio de ação judicial.
Lei um tanto esquisita...desde quando se pode proibir a defesa judicial? Vale o comentário do item 5.
8) Projeto de nº 216/04[/b] – Torna inelegível a função religiosa com a governamental. Todo pastor ou líder religioso lançado a candidaturas para qualquer cargo político, não poderá exercer trabalhos na igreja.
Extremamente saudável e bem vinda. Permite que cada um se dedique ao seu ministério naquele momento, sem conflito de agenda ou de "lealdades".
Publicado em Crer é Pensar
1) Reforma Constitucional – Mudanças no texto da Constituição que garantem a liberdade de culto. Se aprovadas, fica proibido culto fora das igrejas (evangelismo de rua), cultos religiosos só com portas fechadas.
Liberdade de culto implica em liberdade de realizá-lo em qualquer lugar? Esta liberdade se aplica as demais práticas religiosas do Brasil?
Evangelismo é uma coisa, culto é outra. Rua não é lugar de cerimônia (exceto em situações especialíssimas); evangelismo não deveria ser discreto?
2) Projeto nº 4.720/03 – Altera a legislação do 'imposto de renda' das pessoas jurídicas / Projeto nº 3.331/04 – Altera o artigo 12 da Lei nº 9.250/95, que trata da legislação do imposto de renda das 'pessoas físicas'. Se convertidos em Lei, os dois projetos obrigariam as igrejas a recolherem impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições.
Em épocas de construção de catedrais, pastores que acumulam riquezas (ao lado de milhares de anônimos que pastoreiam sem nada receber de suas comunidades, tal a pobreza de todos), promessas mentirosas de ascenção social e profissional através do dízimo (o Deus de Israel agora é subornado, bajulado, etc) e religiosos eleitos que prestam um desserviço à comunidade parece ser uma reação normal de uma sociedade que se cansa de ver o Nome de Deus tomado em vão e blasfemado na maior cara de pau. Realmente, "as pedras clamam".
3) Projeto nº 299/99 – Altera o código brasileiro de telecomunicações (Lei 4.117/62). Se aprovado, reduziria programas evangélicos no rádio e televisão a apenas uma hora.
Como a lei tem de valer para todos, todos os programas religiosos seriam reduzidos a uma hora. A desculpa para não comparecer às comunidades de fé, interagirem com os irmãos, vivenciarem a fé com os pés no chão parece acabar. E quem sairia perdendo? Quem escuta os programas? não são os cristãos? Por que financiá-los?
4) Projeto nº6.398/05 – Regulamenta a profissão de Jornalista. Contém artigos que estabelecem que só poderá fazer programas de rádio e televisão, pessoas com formação em JORNALISMO. Significa que pastores sem a formação em jornalismo não poderão fazer programas através desses meios.
A regulamentação da profissão de jornalista é uma longa história, cheia de projetos, idas e vindas. Mais uma vez, tenho minhas dúvidas sobre a utilidade, para o Reino de Deus, de tais programas. Um aspecto positivo é que as denominações que desejarem programas de rádio e televisão terão de investir na formação dos seus obreiros, o que vai lhes ampliar os horizontes. Como jornalistas, estarão sujeitos também a um novo código de ética. Parece que a sociedade está dizendo "queremos mais ética no trato das coisas de Deus".
5) Projeto nº 1.154/03 – Proíbe veiculação de programas em que o teor seja considerado preconceito religioso. Se aprovado, será considerado crime pregar sobre idolatria, feitiçaria e rituais satânicos. Será proibido que mensagens sobre essas práticas sejam veiculadas no rádio, televisão, jornais e internet. A verdade sobre esse atos contrários a Palavra de Deus não poderá mais ser mostrada.
Aos discípulos foi ordenado que pregassem o Evangelho, "pode de Deus para todo aquele que crê", a "Cristo crucificado". Idolatria, feitiçaria, rituais satânicos e outros são combatidos de forma eficiente com a oração e pregação do "pecado, da justiça e do juízo". Seremos capazes de pregar sem intolerância, sem preconceito?
6) Projeto nº 952/03 – Estabelece que é crime atos religiosos que possam ser considerados abusivos a boa-fé das pessoas. Convertido em Lei, pelo número de reclamações, pastores serão considerados 'criminosos' por pregarem sobre dízimos e ofertas.
Deveriam ser considerados criminosos todas as vezes que os dízimos e ofertas não forem publicamente expostas, com sua destinação comprovada segundo o orçamento da igreja, certificada por um conselho fiscal e aprovada pela assembléia dos fiéis.
7) Projeto nº 4.270/04[/b] – Comentários feitos contra ações praticadas por grupos religiosos passam a ser passíveis de ação civil. As Igrejas Evangélicas ficariam proibidas de pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada, como espiritismo, feitiçaria, idolatria e outras. Se o fizerem, não terão direito a se defender por meio de ação judicial.
Lei um tanto esquisita...desde quando se pode proibir a defesa judicial? Vale o comentário do item 5.
8) Projeto de nº 216/04[/b] – Torna inelegível a função religiosa com a governamental. Todo pastor ou líder religioso lançado a candidaturas para qualquer cargo político, não poderá exercer trabalhos na igreja.
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