Palavra do leitor
- 11 de julho de 2024
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O multicolorido circo da graça!
O chamado do Mensageiro, olha aí de novo, não se direciona a nos importarmos uns com os outros ou amarmos uns aos outros? Então, sem nenhum verniz semântico, não pode ser definida essa a tônica do evangelho da Cruz de Cristo e todos os demais aspectos não são secundários? Além dessa constatação, essa mensagem de amar, de se importar, de viver esse encontro com gente, com pessoas, com seres humanos não ocorre entre semelhantes? Vou adiante, essa palavra estigmatizada em e por Jesus, o Cristo, não escolheu se apresentar através de pessoas, como eu e você? Eis a ironia dessa mensagem, porque nos manda ir ao próximo, amar ao próximo, importa-se com o próximo, com essa pessoa distinta e diferente, singular e peculiar. Anota-se, isso não me torna melhor e muito menos maior, porque profiro, porque preconizo, porque evoco essa mensagem, mas estabelece, dentro desse chamado, trilhar pela responsabilidade e pela consciência de quem me refiro. Destarte, o melhor a fazer passa e perpassa por se render ao que tudo e a todos precede e, com toda certeza, far-nos-á sermos surpreendidos e a surpreender a muitos (como aconteceu no sermão proferido por Pedro). Aliás, permitir-se ir diante Dele sem reservas, sem rodeios e sem a tolice de que devo O impressionar. Nada disso! Diametralmente oposto, devo reconhecer as minhas inquietações, as minhas dúvidas, os meus receios e as minhas fraquezas, sem nenhuma comiseração ou condenação. Decerto, essa mensagem promanada desse Mensageiro, desse Deus Ser Humano Jesus Cristo, desse Logos Criativo e Preexistente, não promoveu a salvação para formar super-homens e se, sim e sim, direciona a alcançar o ser humano que está na vida. A vida com suas vicissitudes e tensões, conforme se demonstra no texto de João 17.22-23. Presumidamente, não há uma conexão pulsátil, de um Mensageiro desavergonhadamente apaixonado pela vida humana, sem melindres ou pieguice, porque a Sua mensagem adentra para viver o encontro da comunhão de pessoas e não de ideias. Isto implica a comunhão na dimensão do visível, da linguagem, dos afetos, das escolhas, dos sonhos, dos recomeços e das releituras.
Sem sombra de dúvida, o cristão deve trilhar pela comunhão com os que comungam desse Verbo feito carne, desse Verbo que está com Aquele que tudo procede, desse Verbo que diz – "Eu Sou o que Sou’’, desse Verbo que declara que estarei convosco, até o findar dos séculos, na história e não fora da mesma para nos levar ao Kairos, ao novo tempo, a nova realidade e a eternidade. De conseguinte não adianta somente falar de Deus, se eu não partilhar esse Verbo, essa Carne e esse Kairos, por meio desse encontro face a face, como se houvesse um encontro todo pessoal com Cristo, com sua palavra e com seu evangelho, quando me encontro com aquele que não escolhi, sem definir essa proximidade e essa interatividade. Afinal, será que escolheria você e vice-versa? Será que nos estreitaríamos, diante de tantas distâncias, senão tivéssemos sido impactados por esse Verbo, por essa Carne e por esse Novo? Devo dizer também, essa comunhão visível, esse espelho que não somos seguidores de um conceito, de uma ideia, de um misticismo, de um exorcismo, de um quebra galho, de uma válvula de escape, mas de uma presença, ao nosso lado, em todos os dias, em todos os momentos, em todas as horas, sem nos alienar, sem nos levar a permanecer numa bolha de que eu presto e os outros de nada valem e que se virem. Sim e sim, viver a comunhão visível, ser abraçado por esse Corpo de entrega, de renúncia, de amor, de se importar e não viver para o próprio umbigo. E isso nos faz sal da terra e luz do mundo, porque essa eloquência não permanece nos lábios e desce as ladeiras, onde o outro está. Se não for dessa forma, o que somos? Não falo de ser parte de uma unanimidade emburrecida por uma obediência receosa, de pertencer a uma massa homogênea, porque essa comunhão não solapa, não dilacera, não demoniza e não vilipendia pessoas distintas. Não falo de uma comunhão fajuta, de ajuntamentos, mas pelo qual a palavra se dirige de um a outro. Não falo de uma mensagem, de uma palavra, de uma revelação, de uma profecia, de uma teologia, de uma adoração trancafiada e aversiva a realidade, a vida, como ela é. Digo isso, porque deve transitar pelas esferas da vida, com seus debates, com seus enfrentamentos, com suas oposições, com suas contradições, com suas perdas, com suas injustiças, com suas poesias, com suas danças, com suas inovações, com suas transformações, com suas fugas, com suas partidas, com suas vindas e afins. Ser, deveras, parte do multicolorido circo de Deus, do Deus Ser Humano Jesus Cristo, para viver a alegria, tanto dentro da comunhão quanto fora da comunhão, para sermos os mosaicos de uma comunidade multicolorida, de pessoas com suas distinções e diferenças, um circo desenhado por Cristo e para Cristo, porque todos fomos alcançados e nos encontramos no mesmo arrependimento e na mesma salvação.
Sem sombra de dúvida, o cristão deve trilhar pela comunhão com os que comungam desse Verbo feito carne, desse Verbo que está com Aquele que tudo procede, desse Verbo que diz – "Eu Sou o que Sou’’, desse Verbo que declara que estarei convosco, até o findar dos séculos, na história e não fora da mesma para nos levar ao Kairos, ao novo tempo, a nova realidade e a eternidade. De conseguinte não adianta somente falar de Deus, se eu não partilhar esse Verbo, essa Carne e esse Kairos, por meio desse encontro face a face, como se houvesse um encontro todo pessoal com Cristo, com sua palavra e com seu evangelho, quando me encontro com aquele que não escolhi, sem definir essa proximidade e essa interatividade. Afinal, será que escolheria você e vice-versa? Será que nos estreitaríamos, diante de tantas distâncias, senão tivéssemos sido impactados por esse Verbo, por essa Carne e por esse Novo? Devo dizer também, essa comunhão visível, esse espelho que não somos seguidores de um conceito, de uma ideia, de um misticismo, de um exorcismo, de um quebra galho, de uma válvula de escape, mas de uma presença, ao nosso lado, em todos os dias, em todos os momentos, em todas as horas, sem nos alienar, sem nos levar a permanecer numa bolha de que eu presto e os outros de nada valem e que se virem. Sim e sim, viver a comunhão visível, ser abraçado por esse Corpo de entrega, de renúncia, de amor, de se importar e não viver para o próprio umbigo. E isso nos faz sal da terra e luz do mundo, porque essa eloquência não permanece nos lábios e desce as ladeiras, onde o outro está. Se não for dessa forma, o que somos? Não falo de ser parte de uma unanimidade emburrecida por uma obediência receosa, de pertencer a uma massa homogênea, porque essa comunhão não solapa, não dilacera, não demoniza e não vilipendia pessoas distintas. Não falo de uma comunhão fajuta, de ajuntamentos, mas pelo qual a palavra se dirige de um a outro. Não falo de uma mensagem, de uma palavra, de uma revelação, de uma profecia, de uma teologia, de uma adoração trancafiada e aversiva a realidade, a vida, como ela é. Digo isso, porque deve transitar pelas esferas da vida, com seus debates, com seus enfrentamentos, com suas oposições, com suas contradições, com suas perdas, com suas injustiças, com suas poesias, com suas danças, com suas inovações, com suas transformações, com suas fugas, com suas partidas, com suas vindas e afins. Ser, deveras, parte do multicolorido circo de Deus, do Deus Ser Humano Jesus Cristo, para viver a alegria, tanto dentro da comunhão quanto fora da comunhão, para sermos os mosaicos de uma comunidade multicolorida, de pessoas com suas distinções e diferenças, um circo desenhado por Cristo e para Cristo, porque todos fomos alcançados e nos encontramos no mesmo arrependimento e na mesma salvação.
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