Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Palavra do leitor

O mistério de "seu" Jesuíno

"Seu" Jesuíno era o que se pode chamar de gente fina. Bom caráter, pouca conversa, pacato - um autêntico cidadão brasileiro.

Todos que o conheciam o admiravam e dele falavam muito bem. Seus vizinhos não tinham dele a menor queixa. Senhor educado, atencioso e sério. Enfim, o vizinho que todos gostariam de ter.

Morava sozinho numa pequena e bonita casa. Sua vida pessoal era desconhecida de todos. Ninguém sabia o seu estado civil, o que ele fazia, e a sua situação financeira era ignorada por todos. Na verdade, todos os vizinhos tinam medo ou receio de perguntar-lhe sobre a sua vida pessoal.

Os jovens o admiravam, e as crianças o adoravam, embora ele não fosse muito dado a brincadeiras. "Seu" Jesuíno não era de jogar conversa fora e por todos era muito querido.

Com o tempo, entretanto as coisas começaram a mudar. Aquele homem que estava quase sempre em casa e a todos cumprimentava com um sorriso e seu tradicional bom-dia, agora raramente aparecia. Às vezes saía e ficava fora por horas, ou ficava em casa trancado, literalmente escondido. O que se passa? Estará ele doente? As perguntas corriam de boca em boca. Curiosos especulavam o sumiço do querido e respeitado Jesuíno.

Mas ele às vezes aparecia, ou o viam sair de manhã carregando um pequeno embrulho, ou uma sacola com algo dentro. Ninguém ousava perguntar, ninguém se atrevia, todos não iam além do tradicional bom dia. E a curiosidade de quase todos só aumentava. Chegaram a inventar estranhas histórias e a aventar diversas suposições. "Seu" Jesuíno era uma espécie de santo, mágico ou demônio? Era alguém, no mínimo misterioso. Um muro alto, um portão bem fechado impediam que, passando na rua, alguém pudesse ver e, quem sabe, desvendar aquele mistério.

A vida corria, e aos poucos quase ninguém naquela rua comentava mais a súbita mudança daquele "ilustre morador". As novidades agora eram outras e o que antes era novidade agora deixou de se-lo. Mas, na verdade estava acontecendo algo muito estranho naquela misteiosa casa. "Seu" Jesuíno mudara muito, e o efeito devia ter uma causa muito séria! Ele começou a sair com mais frequência, e sempre de posse do misterioso embrulho, chamando novamente a atenção de todos. O muro alto, o cadeado no portão, a casa bem fechada... e o silêncio-mistério impregnando tudo. Embora ninguém afirmasse nada, todos admitiam que havia algo de muito estranho em toda aquela história.

Até que um dia um movimento desusado tomou conta daquela rua. Carros comuns e viaturas rondavam as ruas adjacentes procurando alguém, e dentro de pouco tempo chegaram ali e localizaram a casa, e a cercaram. Diversos policiais ali estavam, e o povo acorreu para melhorar se inteirar dos fatos. Finalmente foi desvendado o antigo mistério: "Seu" Jesuíno era traficante de drogas.
Mogi Guaçu - SP
Textos publicados: 606 [ver]

Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.