Palavra do leitor
- 16 de julho de 2008
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O medo e os que nada fazem contra ele
Tomarão as suas tendas, os seus gados, as suas cortinas e todos os seus utensílios, e os seus camelos levarão para si; e lhes clamarão: Há medo por todos os lados (Jr 49.29).
Os policiais cariocas não mataram João Roberto por sadismo ou algo que o valha. Aquele anjo lindo foi morto pela fatalidade... E pelo medo.
Porque farda não é blindagem contra esse sentimento que se torna cada dia mais presente na vida dos brasileiros. Todos temos medo, todos tentamos defender nossas próprias vidas. E esse medo prega peças e faz com que até aqueles supostamente bem treinados, cometam erros.
O Rio de Janeiro está sitiado por bandidos; a Cidade Maravilhosa tornou-se uma praça de guerra.
O Brasil também, só que por marginais mais refinados do que os que se escondem em favelas. Estamos sitiados pelos que foram eleitos por nossos votos. E eles gozam de impunidade total, até para acobertar a cadeia do mal, da qual são patronos (sempre me pergunto quem patrocina analfabetos e favelados com tantas armas, dinheiro e poder, de forma a que também o pó branco seja importado às toneladas...).
Como bem dizem os antigos, o exemplo vem de cima. E lá, reina a impunidade, conforme afirmou, esta semana, um colarinho branco de São Paulo: o problema são as autoridades locais; em Brasília, eu resolvo. Em Brasília, também se apadrinha a nababesca existência dos Beira-Mares da vida.
Até porque, lá no altiplano governamental, a blindagem é boa, os bandidos têm "corpo fechado”. Porque não sentem medo, já que, contrariamente a facções criminosas populares, não lutam entre si. Os ilustres eleitos protejem-se, acobertam-se.
Nossos policiais mal têm um colete à prova de balas. E a mídia, cada vez com menos comedimento e bom senso, clama por um juízo sobre eles, para que sejam o mais rapidamente trancafiados, como se isso fosse mal maior do que a eterna sensação de culpa que trarão dentro de si mesmos, por terem tirado a vida de uma criança.
Eles, serão presos. Mas, e o medo, quando será trancafiado? Por que isso não é questionado? Por que a mídia não vai ao cerne da questão? Por medo? Ou por conveniência?
Ontem, um dos diretores de conhecida rede de televisão proclamou que sem plena liberdade de expressão, não existe democracia. Mas essa tal “liberdade” não tem limites, não tem regras? A televisão não se preocupa minimamente em restaurar valores morais; ao contrário, propõe-nos uma existência cada vez mais devassa. Os grandes hits tocados nas rádios são completamente obscenos... E ambos, sempre que podem, tentam denegrir as ações daqueles que diariamente arriscam suas vidas para proteger-nos, ao tempo em que enaltecem o que subverte o real processo da cidadania.
Então, criticam a Polícia Federal, por algemar bandidos; transformam uma fatalidade em crime hediondo; e exultam ao noticiar que no Rio de Janeiro foi criado o Conselho da População LGBT, como se isso fosse uma conquista social memorável, qual seria a notícia de que os hospitais públicos atendem com dignidade cada cidadão que os procuram, toda criança brasileira freqüenta uma escola bem equipada profissional e tecnicamente, a fome foi erradicada. E o que vem mesmo a ser essa população lgbt, para estar sendo assim tão distinguida com preocupações que não alcançam os demais cidadãos?
Há medo por todos os lados. Há conivência por todos os lados. E não convém a quem poderia e deveria combatê-los, praticar qualquer ação nesse sentido.
Não há quem faça o bem; não há nenhum, sequer (Sl 14).
E em meio a tudo isso, qual a nossa postura como verdadeiros crentes na Palavra?
Os policiais cariocas não mataram João Roberto por sadismo ou algo que o valha. Aquele anjo lindo foi morto pela fatalidade... E pelo medo.
Porque farda não é blindagem contra esse sentimento que se torna cada dia mais presente na vida dos brasileiros. Todos temos medo, todos tentamos defender nossas próprias vidas. E esse medo prega peças e faz com que até aqueles supostamente bem treinados, cometam erros.
O Rio de Janeiro está sitiado por bandidos; a Cidade Maravilhosa tornou-se uma praça de guerra.
O Brasil também, só que por marginais mais refinados do que os que se escondem em favelas. Estamos sitiados pelos que foram eleitos por nossos votos. E eles gozam de impunidade total, até para acobertar a cadeia do mal, da qual são patronos (sempre me pergunto quem patrocina analfabetos e favelados com tantas armas, dinheiro e poder, de forma a que também o pó branco seja importado às toneladas...).
Como bem dizem os antigos, o exemplo vem de cima. E lá, reina a impunidade, conforme afirmou, esta semana, um colarinho branco de São Paulo: o problema são as autoridades locais; em Brasília, eu resolvo. Em Brasília, também se apadrinha a nababesca existência dos Beira-Mares da vida.
Até porque, lá no altiplano governamental, a blindagem é boa, os bandidos têm "corpo fechado”. Porque não sentem medo, já que, contrariamente a facções criminosas populares, não lutam entre si. Os ilustres eleitos protejem-se, acobertam-se.
Nossos policiais mal têm um colete à prova de balas. E a mídia, cada vez com menos comedimento e bom senso, clama por um juízo sobre eles, para que sejam o mais rapidamente trancafiados, como se isso fosse mal maior do que a eterna sensação de culpa que trarão dentro de si mesmos, por terem tirado a vida de uma criança.
Eles, serão presos. Mas, e o medo, quando será trancafiado? Por que isso não é questionado? Por que a mídia não vai ao cerne da questão? Por medo? Ou por conveniência?
Ontem, um dos diretores de conhecida rede de televisão proclamou que sem plena liberdade de expressão, não existe democracia. Mas essa tal “liberdade” não tem limites, não tem regras? A televisão não se preocupa minimamente em restaurar valores morais; ao contrário, propõe-nos uma existência cada vez mais devassa. Os grandes hits tocados nas rádios são completamente obscenos... E ambos, sempre que podem, tentam denegrir as ações daqueles que diariamente arriscam suas vidas para proteger-nos, ao tempo em que enaltecem o que subverte o real processo da cidadania.
Então, criticam a Polícia Federal, por algemar bandidos; transformam uma fatalidade em crime hediondo; e exultam ao noticiar que no Rio de Janeiro foi criado o Conselho da População LGBT, como se isso fosse uma conquista social memorável, qual seria a notícia de que os hospitais públicos atendem com dignidade cada cidadão que os procuram, toda criança brasileira freqüenta uma escola bem equipada profissional e tecnicamente, a fome foi erradicada. E o que vem mesmo a ser essa população lgbt, para estar sendo assim tão distinguida com preocupações que não alcançam os demais cidadãos?
Há medo por todos os lados. Há conivência por todos os lados. E não convém a quem poderia e deveria combatê-los, praticar qualquer ação nesse sentido.
Não há quem faça o bem; não há nenhum, sequer (Sl 14).
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