Palavra do leitor
- 13 de junho de 2021
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O “mal” de Jesus
Pode parecer absurdo ou anticristão postular que o Deus de amor e bondade, capaz de sacrificar-se pelos inimigos [Rm 5;10] possa ser responsável por algum tipo de mal, contudo uma investigação ponderada pode contribuir para compreensão desta aparente contradição, desde que a eisegese não furte à exegese contextual.
A dificuldade incide sobre a relatividade com que se trata do assunto, haja vista a complexidade do tema. Porém, para esta perspectiva tem conotação e pertinência a observação de Sócrates: "Existe apenas um bem, o saber. E um mal, a ignorância", denominada a "mãe" de todos os males.
O "mal" de Jesus contrasta com o texto que diz: "Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos" Jo 9.39.
O mal tem sido considerado em sentido metafísico, físico e moral, este último é o pecado como produto de atitudes e escolhas, o penúltimo diz respeito ao sofrimento como consequência. O sentido metafísico pertence à filosofia, e aborda o aspecto ontológico, enfatizando "limitações humanas, e falta de ordem existencial", e outras especulações.
Pode parecer paranoico no conceito reverso entretanto, os indícios de uma tenebrosa sutileza no que tange ao pretenso "mal" metafísico, são evidentes. Afinal, a despeito das abstrações filosóficas, a teologia revela que a desordem ontológico existencial é temporal, e tem origem no pecado. Rm 5.12.
O suposto "mal" incide sobre fazer com que: "os cegos vejam e os que veem sejam cegos". Não obstante o contexto envolver a cura de um que nasceu com esta deficiência, o propósito maior, incide sobre abrir os olhos do caviloso ceticismo, a respeito de [quem] é Jesus.
Tamanha era a deficiência anímica e deturpado o conceito do belo, que ao contemplar o Senhor recitaram unânimes: "olhando nós para Ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos" Is 53;2. Não obstante estarem diante daquele "em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" Col 2;3. No dizer de Sócrates: "a sabedoria é o bem", e esta é indescritivelmente bela.
Michelangelo afirmou: "A beleza é realização do essencial, remete à essência do ser, daquilo que é; base unificadora do ontológico. Sem beleza não existe bondade tampouco verdade. Algo para ser bom, além de verdadeiro precisa ser belo. Algo que seja verdade tem de ser bom, e só pode ser belo". Sendo a beleza como essência daquilo que é, conclui-se que Jesus personifica o belo; Maravilhoso.
Pois, afirma: "Eu [sou] a verdade" esta é incomparavelmente bela. "Eu [Sou] a Vida", cuja beleza e complexidade é indescritível. No evangelho de João reiteradas vezes enfatiza; "Eu Sou!" Visto que o "ser" compreende a beleza em si, conclui-se que Jesus é sua personificação. O salmista exorta: "Adorai o Senhor na beleza da sua santidade" Sl 29;2, de maneira que, "santidade" equipara-se à beleza de Deus.
Em contrapartida, o "mal" de Cristo incide sobre o fato que veio despido de sua glória, sem ostentação, à semelhança, e em lugar dos pecadores. A fealdade que alegaram "ver" era reflexo da própria imagem diante do "Espelho"; Cristo. O desconforto, da percepção que o pecado não procede do determinismo, mas resulta do livre arbítrio foi "mal" na ótica dos céticos.
"Eu vim para que os que veem sejam cegos" caracteriza retórica que a alma coletiva percebe como espectro do Éden, onde contraiu cegueira e morte espiritual. "Aqueles que não veem" alegoriza cegos e ignorantes por efeito do pecado, porém que [desejam] ver. Deste perfil, Jesus abre os olhos espirituais, porém os que alegam "ver" são cegados, porque recusam a verdade.
O "mal" de Cristo incide sobre a "loucura" de amar inimigos, sacrificar-se para libertar indignos; condenados. Permitir-se a pecha da maldição para abençoar e livrar pródigos e proscritos. GL 3;13. O "mal" do Messias foi ter "violado" o sepulcro, e levantado da morte ao terceiro dia. Isso inquietou o sistema religioso. O "sacrilégio" do Filho foi revelar-se igual ao Pai. Jo 10;33.
Um agravante do "mal" de Cristo é que sendo Deus manifestou-se na forma humana; despido da glória divina, e quando revelou Sua identidade foi acusado e condenado por "blasfêmia". O mal sofrido pelo salvador recai sobre o Eterno pois, "o castigo que nos traz a paz, estava sobre ele" Is 53.5. A Deus "agradou esmagar o filho" em favor dos indignos, Is 53.10. Este foi um mal necessário.
Esta "loucura" indica que Deus em sua graça, não dá o que o pecador merece; a morte, mas o que não merece, a salvação. Afinal "o salário do pecado é a morte" porém, o sacrifício vicário de Cristo garante Vida Eterna, para aquele que n’Ele crê.
O "mal" de Cristo só se concebe na perspectiva das trevas e seus amásios, visto que "amaram mais as trevas do que a Luz" Jo 3.19. Entretanto, o mal infame de Jesus foi ter sido condenado por "blasfêmia" no tribunal do anátema! Este mal, resultou no maior bem de todos os tempos; a salvação. Que dizer então do Bem do Senhor? O salvo verá no além! Ver 2 Co 2.9.
A dificuldade incide sobre a relatividade com que se trata do assunto, haja vista a complexidade do tema. Porém, para esta perspectiva tem conotação e pertinência a observação de Sócrates: "Existe apenas um bem, o saber. E um mal, a ignorância", denominada a "mãe" de todos os males.
O "mal" de Jesus contrasta com o texto que diz: "Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos" Jo 9.39.
O mal tem sido considerado em sentido metafísico, físico e moral, este último é o pecado como produto de atitudes e escolhas, o penúltimo diz respeito ao sofrimento como consequência. O sentido metafísico pertence à filosofia, e aborda o aspecto ontológico, enfatizando "limitações humanas, e falta de ordem existencial", e outras especulações.
Pode parecer paranoico no conceito reverso entretanto, os indícios de uma tenebrosa sutileza no que tange ao pretenso "mal" metafísico, são evidentes. Afinal, a despeito das abstrações filosóficas, a teologia revela que a desordem ontológico existencial é temporal, e tem origem no pecado. Rm 5.12.
O suposto "mal" incide sobre fazer com que: "os cegos vejam e os que veem sejam cegos". Não obstante o contexto envolver a cura de um que nasceu com esta deficiência, o propósito maior, incide sobre abrir os olhos do caviloso ceticismo, a respeito de [quem] é Jesus.
Tamanha era a deficiência anímica e deturpado o conceito do belo, que ao contemplar o Senhor recitaram unânimes: "olhando nós para Ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos" Is 53;2. Não obstante estarem diante daquele "em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" Col 2;3. No dizer de Sócrates: "a sabedoria é o bem", e esta é indescritivelmente bela.
Michelangelo afirmou: "A beleza é realização do essencial, remete à essência do ser, daquilo que é; base unificadora do ontológico. Sem beleza não existe bondade tampouco verdade. Algo para ser bom, além de verdadeiro precisa ser belo. Algo que seja verdade tem de ser bom, e só pode ser belo". Sendo a beleza como essência daquilo que é, conclui-se que Jesus personifica o belo; Maravilhoso.
Pois, afirma: "Eu [sou] a verdade" esta é incomparavelmente bela. "Eu [Sou] a Vida", cuja beleza e complexidade é indescritível. No evangelho de João reiteradas vezes enfatiza; "Eu Sou!" Visto que o "ser" compreende a beleza em si, conclui-se que Jesus é sua personificação. O salmista exorta: "Adorai o Senhor na beleza da sua santidade" Sl 29;2, de maneira que, "santidade" equipara-se à beleza de Deus.
Em contrapartida, o "mal" de Cristo incide sobre o fato que veio despido de sua glória, sem ostentação, à semelhança, e em lugar dos pecadores. A fealdade que alegaram "ver" era reflexo da própria imagem diante do "Espelho"; Cristo. O desconforto, da percepção que o pecado não procede do determinismo, mas resulta do livre arbítrio foi "mal" na ótica dos céticos.
"Eu vim para que os que veem sejam cegos" caracteriza retórica que a alma coletiva percebe como espectro do Éden, onde contraiu cegueira e morte espiritual. "Aqueles que não veem" alegoriza cegos e ignorantes por efeito do pecado, porém que [desejam] ver. Deste perfil, Jesus abre os olhos espirituais, porém os que alegam "ver" são cegados, porque recusam a verdade.
O "mal" de Cristo incide sobre a "loucura" de amar inimigos, sacrificar-se para libertar indignos; condenados. Permitir-se a pecha da maldição para abençoar e livrar pródigos e proscritos. GL 3;13. O "mal" do Messias foi ter "violado" o sepulcro, e levantado da morte ao terceiro dia. Isso inquietou o sistema religioso. O "sacrilégio" do Filho foi revelar-se igual ao Pai. Jo 10;33.
Um agravante do "mal" de Cristo é que sendo Deus manifestou-se na forma humana; despido da glória divina, e quando revelou Sua identidade foi acusado e condenado por "blasfêmia". O mal sofrido pelo salvador recai sobre o Eterno pois, "o castigo que nos traz a paz, estava sobre ele" Is 53.5. A Deus "agradou esmagar o filho" em favor dos indignos, Is 53.10. Este foi um mal necessário.
Esta "loucura" indica que Deus em sua graça, não dá o que o pecador merece; a morte, mas o que não merece, a salvação. Afinal "o salário do pecado é a morte" porém, o sacrifício vicário de Cristo garante Vida Eterna, para aquele que n’Ele crê.
O "mal" de Cristo só se concebe na perspectiva das trevas e seus amásios, visto que "amaram mais as trevas do que a Luz" Jo 3.19. Entretanto, o mal infame de Jesus foi ter sido condenado por "blasfêmia" no tribunal do anátema! Este mal, resultou no maior bem de todos os tempos; a salvação. Que dizer então do Bem do Senhor? O salvo verá no além! Ver 2 Co 2.9.
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