Palavra do leitor
- 08 de março de 2011
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O mais gentil dos homens
Alguns significativos ensinamentos de Jesus não foram ministrados às multidões; foi durante conversas particulares que Cristo tratou de assuntos vitais para a Igreja.
Hoje, quando ministramos a Palavra, utilizamo-nos de informações deixadas numa situação de aparente singeleza; por hábito, nossa atenção se dirige para as eloquentes manifestações de sabedoria e graça.
Entretanto, parte da nossa formação tem por alicerce as conversas particulares, quando Jesus deixava tudo, inclusive as multidões, para prestar atenção a pessoas a quem ninguém mais prestaria atenção.
A qualidade do tempo que dispensava a essas pessoas (e continua fazendo isso hoje no Espírito Santo) fez diferença naquele dia e, por conseguinte, altera e abençoa nossas vidas hoje.
Sendo Deus Todo-Poderoso, o Verbo Encarnado foi também o mais gentil dos homens a andar entre nós; ignorava o calor, a fome e o cansaço pra falar com anônimos.
Deixava as multidões esperando, pra gastar tempo com outra pessoa a quem os outros, no mínimo enxotariam, e no máximo, apedrejariam. Quanto amor aprendemos nas circunstâncias de aparência simples envolvendo o Senhor!
Bartimeu encerraria sua carreira de cego mendigo ali na entrada de Jericó, não fosse a atenção de Jesus dispensada a ele, Jesus deixa a multidão e se dedica ao ignorado; mais que inclusão social o Mestre leciona compaixão.
Exausto e faminto, puxa conversa com a samaritana, outra a quem as pessoas “de bem” evitavam (ou acha mesmo que era normal buscar água ao meio dia?).
E Zaqueu? Somos informados da conversa pública; imaginemos as particulares palavras deixadas na alma daquele homem, pelo resultado sabemos.
Maravilhoso é perceber que mesmo dirigindo-se para Jerusalém, no firme propósito de se deixar assassinar em uma cruz, o Senhor gasta tempo com gente comum, dispensa-lhes cuidados e atenção.
As particulares conversas de Jesus nos amparam nas dificuldades. Jairo? A filha à beira da morte, ele vai procurar ajuda onde pode encontrar ajuda, e quando consegue, aparece sabe-se lá de onde, uma mulher que precisa desesperadamente de atenção.
Gastar precioso tempo com gente a quem ninguém dava importância, este era o jeito do Senhor, gastar-se; uma condição tão desesperadora e urgente e naquele momento Jesus apresenta-se em toda a Sua compaixão por aqueles que parecem ovelhas sem pastor.
Ao lermos sobre os criados de Jairo trazendo a notícia da morte da sua filha, não podemos sequer imaginar a contrariedade que tomou conta do coração dele. Outra conversa particular e difícil, a filha morta e Jesus dizendo: “Não temas, somente creia!”.
Protegido pelas sombras, Nicodemos aproxima-se do Messias e inicia a mais significativa das conversas particulares, nasce ali a base da fé cristã.
A profundidade do diálogo nos encanta, Nicodemos atribulado entre a tradição judaica e a pregação do Cristo; somos nós ali, entre nossos próprios cuidados e a mensagem da cruz, ajudados de antemão; Jesus estabelece naquela conversa o princípio da salvação.
Naquele diálogo Nicodemos começa a nascer de novo, basta prestar atenção no evangelista, que cita dois outros momentos importantes da caminhada de Nicodemos; a conversa particular deu frutos.
O tempo gasto com cada pessoa foi de singular significado em suas vidas, e toda a nossa orientação deriva de tais conversas; para isso encarnou o Verbo, para que tenhamos abundante vida.
“Esticando as vistas” até o AT encontramos Elias na caverna, que tribulação! Sem destino, sem respostas nem segurança e aparentemente sem ninguém a quem recorrer.
Ele tenta encontrar Deus em muitas manifestações, mas só encontra confusão e ruídos, nada que lhe valha ou sirva; o Senhor precisou esperar aquele moço encerrar a sua procura nos lugares onde Ele, o Senhor, não estava, para Se manifestar da forma que ele, o moço, não esperava.
No evangelho escrito por Marcos está registrado que às três da manhã Jesus deixa a casa de Pedro, protegido pela escuridão e vai para um lugar deserto pra ficar a sós com o Pai, outra conversa reservada.
Hoje quando perguntamos a alguém: “como vai?”, recebemos como resposta: “tô na correria!”, que é uma forma de expressar a pressa dos nossos dias quando gastamos tempo atrás das coisas. (correria é também a gíria usada pelos viciados pra explicar a agitação, logo cedo pelas ruas; todos estão na correria pra levantar uns trocados e comprar uma de dez, pelo menos).
Desacelerar é preciso (parafraseando Pessoa) e urgente; parar e prestar atenção nas particulares e quase imperceptíveis manifestações de Deus na Igreja e em nós.
Desacelerar no trabalho, na igreja, em casa, no namoro; gastar tempo percebendo coisas para as quais sequer olhamos de soslaio; observar os detalhes da comunicação.
O Espírito Santo, Deus em nós e na igreja, fala sem cessar ao nosso intelecto e coração, mas quase tudo passa despercebido, pois conversas particulares não estão entre os nossos hábitos; por isso há tantos doentes entre nós, e não poucos os que dormem.
Missão Vida, porque eu amo gente.
Hoje, quando ministramos a Palavra, utilizamo-nos de informações deixadas numa situação de aparente singeleza; por hábito, nossa atenção se dirige para as eloquentes manifestações de sabedoria e graça.
Entretanto, parte da nossa formação tem por alicerce as conversas particulares, quando Jesus deixava tudo, inclusive as multidões, para prestar atenção a pessoas a quem ninguém mais prestaria atenção.
A qualidade do tempo que dispensava a essas pessoas (e continua fazendo isso hoje no Espírito Santo) fez diferença naquele dia e, por conseguinte, altera e abençoa nossas vidas hoje.
Sendo Deus Todo-Poderoso, o Verbo Encarnado foi também o mais gentil dos homens a andar entre nós; ignorava o calor, a fome e o cansaço pra falar com anônimos.
Deixava as multidões esperando, pra gastar tempo com outra pessoa a quem os outros, no mínimo enxotariam, e no máximo, apedrejariam. Quanto amor aprendemos nas circunstâncias de aparência simples envolvendo o Senhor!
Bartimeu encerraria sua carreira de cego mendigo ali na entrada de Jericó, não fosse a atenção de Jesus dispensada a ele, Jesus deixa a multidão e se dedica ao ignorado; mais que inclusão social o Mestre leciona compaixão.
Exausto e faminto, puxa conversa com a samaritana, outra a quem as pessoas “de bem” evitavam (ou acha mesmo que era normal buscar água ao meio dia?).
E Zaqueu? Somos informados da conversa pública; imaginemos as particulares palavras deixadas na alma daquele homem, pelo resultado sabemos.
Maravilhoso é perceber que mesmo dirigindo-se para Jerusalém, no firme propósito de se deixar assassinar em uma cruz, o Senhor gasta tempo com gente comum, dispensa-lhes cuidados e atenção.
As particulares conversas de Jesus nos amparam nas dificuldades. Jairo? A filha à beira da morte, ele vai procurar ajuda onde pode encontrar ajuda, e quando consegue, aparece sabe-se lá de onde, uma mulher que precisa desesperadamente de atenção.
Gastar precioso tempo com gente a quem ninguém dava importância, este era o jeito do Senhor, gastar-se; uma condição tão desesperadora e urgente e naquele momento Jesus apresenta-se em toda a Sua compaixão por aqueles que parecem ovelhas sem pastor.
Ao lermos sobre os criados de Jairo trazendo a notícia da morte da sua filha, não podemos sequer imaginar a contrariedade que tomou conta do coração dele. Outra conversa particular e difícil, a filha morta e Jesus dizendo: “Não temas, somente creia!”.
Protegido pelas sombras, Nicodemos aproxima-se do Messias e inicia a mais significativa das conversas particulares, nasce ali a base da fé cristã.
A profundidade do diálogo nos encanta, Nicodemos atribulado entre a tradição judaica e a pregação do Cristo; somos nós ali, entre nossos próprios cuidados e a mensagem da cruz, ajudados de antemão; Jesus estabelece naquela conversa o princípio da salvação.
Naquele diálogo Nicodemos começa a nascer de novo, basta prestar atenção no evangelista, que cita dois outros momentos importantes da caminhada de Nicodemos; a conversa particular deu frutos.
O tempo gasto com cada pessoa foi de singular significado em suas vidas, e toda a nossa orientação deriva de tais conversas; para isso encarnou o Verbo, para que tenhamos abundante vida.
“Esticando as vistas” até o AT encontramos Elias na caverna, que tribulação! Sem destino, sem respostas nem segurança e aparentemente sem ninguém a quem recorrer.
Ele tenta encontrar Deus em muitas manifestações, mas só encontra confusão e ruídos, nada que lhe valha ou sirva; o Senhor precisou esperar aquele moço encerrar a sua procura nos lugares onde Ele, o Senhor, não estava, para Se manifestar da forma que ele, o moço, não esperava.
No evangelho escrito por Marcos está registrado que às três da manhã Jesus deixa a casa de Pedro, protegido pela escuridão e vai para um lugar deserto pra ficar a sós com o Pai, outra conversa reservada.
Hoje quando perguntamos a alguém: “como vai?”, recebemos como resposta: “tô na correria!”, que é uma forma de expressar a pressa dos nossos dias quando gastamos tempo atrás das coisas. (correria é também a gíria usada pelos viciados pra explicar a agitação, logo cedo pelas ruas; todos estão na correria pra levantar uns trocados e comprar uma de dez, pelo menos).
Desacelerar é preciso (parafraseando Pessoa) e urgente; parar e prestar atenção nas particulares e quase imperceptíveis manifestações de Deus na Igreja e em nós.
Desacelerar no trabalho, na igreja, em casa, no namoro; gastar tempo percebendo coisas para as quais sequer olhamos de soslaio; observar os detalhes da comunicação.
O Espírito Santo, Deus em nós e na igreja, fala sem cessar ao nosso intelecto e coração, mas quase tudo passa despercebido, pois conversas particulares não estão entre os nossos hábitos; por isso há tantos doentes entre nós, e não poucos os que dormem.
Missão Vida, porque eu amo gente.
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