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Palavra do leitor

O legado do bolsonarismo à comundade evangélica

Não é segredo para ninguém que a grande maioria da comunidade evangélica brasileira tem no atual presidente, Jair Bolsonaro sua preferência de voto. O pastor Silas Malafáia (apoiador fervoroso do Presidente) disse em um de seus vídeos que acredita que 80% dos evangélicos votam em Bolsonaro. Já o pastor Caio Fábio (Crítico do Presidente), vai mais longe e diz acreditar que 90% dos evangélicos são bolsonaristas. Mas deixando de lado as percepções individuais e indo para o campo científico das pesquisas, elas apontam para um cenário um pouco diferente. As mais recentes apontam que Bolsonaro tem pouco mais de 50% do eleitorado evangélico.

O que desejo tratar nesse artigo não é se a maioria dos cristãos evangélicos estão certos ou errados em apoiar o atual presidente, mas quanto À FORMA que muitos deles manifestam esse apoio. O crente pode e deve ter envolvimento e consciência política, de forma alguma podemos ser um povo alienado socialmente. No entanto, como discípulos de Jesus todas as nossas ações devem ser pautadas no estilo de vida do Mestre. Parece-me que é exatamente aqui, que muitos irmãos (de Direita e Esquerda) estão se perdendo, visto que na ânsia de defenderem aquilo que entendem ser o melhor para eles e o país, engajam-se em uma militância desequilibrada e radical. Aí você diz: "Mas o outro lado é pior". Mas a questão é que você é o discípulo, chamado para ser sal e luz. Precisamos urgentemente parar com esse comportamento infantil de justificar um erro com outro erro. Isso, meu irmão em Jesus, não é uma campanha contra Bolsonaro, mas uma xcampanha em favor da Igreja, em favor do evangelho. Você tem o direito, pode votar em quem quiser, o que você não pode, é em sua militância política ter comportamento de filho das trevas. Meu problema não é tanto com Bolsonaro, mas a forma que a Igreja lida com o bolsonarismo. É bem aqui que estamos nos perdendo. O bolsonarismo desequilibrado está comprometendo a reputação da igreja e sua missão.

Agora preste atenção nesse contraponto – Quanto a relação da comunidade cristã primitiva com a sociedade de seu tempo, somos informados por meio de Lucas que a igreja "caía na graça de todo o povo" (Atos 2.47). Por seu modo de vida marcado por amor, unidade, testemunho e cuidado com os menos favorecidos, a igreja desfrutava cada vez mais da simpatia social. Era odiada por alguns líderes judeus, mas amada pelo povo! A prática do verdadeiro evangelho provoca ódio e antipatia, mas também gera uma poderosa admiração e atração social.

Por outro lado, a Igreja no Brasil por conta da sua falta de Santidade Política, vem nos últimos anos atraindo para si níveis elevados de antipatia social. São irmãos que destilam ódio nas redes sociais, xingam, humilham e ridicularizam quem pensa diferente. Já presenciei debates e postagens nos quais precisei intervir e lembrar as pessoas que elas eram – Discípulos. Essa semana assisti um importante líder evangélico xingar uma autoridade do país de desgraçado. Vi outro orar pedindo a morte de todos os ministros do STF. Além desse comportamento nas redes que nada tem a ver com o evangelho, há também (pasmem os senhores) o comportamento violento de cristãos nas ruas. Pessoas que dizem servir o Príncipe da Paz agredindo as pessoas verbalmente e fisicamente. Claro que sei muito bem que esse tipo de comportamento não é de todos, mas infelizmente é de alguns que afirmam fazer parte da comunidade de Jesus e dessa forma constituem pedra de tropeço ao evangelho. Além disso há os pastores que transformaram o púlpito em palanque, a santa pregação em uma espécie sorrateira e disfarçada de comício.

Acrescente a isso, o tratamento frio e ríspido destinado às ovelhas que pensam diferente. Recentemente tivemos notícias de agressões verbais e físicas dentro de igrejas por conta de desentendimentos políticos; Sabemos também de cultos onde há apresentação de candidatos; Sei de pessoas se afastando da igreja por conta do Bolsonarismo fervoroso de seus pastores. Também há irmãos deixando a igreja ou desenvolvendo antipatias pelo pastor por ele não defender a bandeira de sua preferência. Por esses e outros comportamentos não citados, a igreja evangélica brasileira se encontra na contramão daquilo que viveu a igreja primitiva em Atos dois.

Sei que sou uma voz de pouco alcance, mas aos alcançados eu apelo: Cuidado, a falta de Santidade Política por parte de alguns irmãos e líderes está provocando de forma desnecessária profunda antipatia social para com a Igreja e consequentemente resistência ao evangelho de Jesus.

Não foram poucas vezes tentei alertar meus amigos e irmãos de fé sobre isso (Redes e Igrejas) e fui profundamente mal compreendido, duramente criticado (até por amigos chegados que tenho profundo amor e respeito) e não poucas vezes fui confundido como petista, sem nunca ter voltado em Lula ou Dilma. A minha crítica não é em quem você vota, mas como você faz política.

Pelo bem do nome do Cristo e pela reputação da Igreja, Weslei Pinha.
Bahia - BA
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Site: http://www.blogdopinha.com.br

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