Palavra do leitor
- 24 de outubro de 2009
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O Jesus de cada um (I)
Em seu livro Ouça o Espírito Ouça o Mundo: como ser um cristão contemporâneo, o teólogo Anglicano John Stott dedica boa parte da introdução alertando sobre as tentativas de modernizar Jesus. Evocando uma pergunta do teólogo e mártir luterano Dietrich Bonhoeffer, Stott argumenta que "a tendência da igreja tem sido, em cada geração, desenvolver imagens de Cristo que se desviam do retrato pintado pelos autores do Novo Testamento". Cita ainda outro teólogo luterano, Helmut Thielicke: "Sempre e sempre de novo, a figura de Jesus tem sido terrivelmente amputada a fim de adaptar-se ao gosto de cada geração". Stott faz uma breve recapitulação histórica revelando os "tipos" de Jesus que já foram (ou ainda são) retratados: o Jesus asceta; o Jesus, pálido galileu; Jesus, o Cristo cósmico; Jesus como o mestre do senso comum; Jesus, o palhaço; o Jesus Cristo superstar; Jesus como o fundador dos negócios modernos; o Jesus economista; o Jesus socialista; o Jesus revolucionário lutador da liberdade; o Jesus mágico. São tentativas que ilustram a tendência de moldar um Cristo que tenha apelo moderno. A pergunta de Bonhoeffer permanece mais do que nunca, inquietante: "quem é Cristo de fato para nós hoje?"
Nas últimas semanas muito repercutiu a declaração do presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva: "Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão". Esse "Jesus" de Lula é um político bastante identificado com a fama que a classe possui no país: alguém que faz concessões, que negocia tudo e com qualquer pessoa para atingir seus objetivos pessoais, alguém sem nenhuma ética, um típico representante do congresso ou do senado nacional. Lula, muito criticado por causa da declaração, reconstrói seu próprio cristo de modo a justificar suas decisões e comportamentos. Por mais que a declaração tenha gerado polêmica, ela revela uma tendência e prática mais comum do coração humano do que gostaríamos de admitir. O Brasil, o país do jeitinho, da lei de Gérson e da corrupção, vê crescer uma igreja que não "incomoda ninguém". Isso parece acontecer exatamente devido às alianças feitas com "judas" em nome da aprovação popular, dos privilégios e das mazelas que queremos justificar. Lula confessou o seu Jesus. Edir Macedo tem confessado o seu. Também Silas Malafaia, R. R. Soares, o bispo Waldomiro, Marco Feliciano e tantos outros confessam o seu Jesus. Quem é Jesus Cristo de fato para nós hoje?
rodomar.blogspot.com
Nas últimas semanas muito repercutiu a declaração do presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva: "Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão". Esse "Jesus" de Lula é um político bastante identificado com a fama que a classe possui no país: alguém que faz concessões, que negocia tudo e com qualquer pessoa para atingir seus objetivos pessoais, alguém sem nenhuma ética, um típico representante do congresso ou do senado nacional. Lula, muito criticado por causa da declaração, reconstrói seu próprio cristo de modo a justificar suas decisões e comportamentos. Por mais que a declaração tenha gerado polêmica, ela revela uma tendência e prática mais comum do coração humano do que gostaríamos de admitir. O Brasil, o país do jeitinho, da lei de Gérson e da corrupção, vê crescer uma igreja que não "incomoda ninguém". Isso parece acontecer exatamente devido às alianças feitas com "judas" em nome da aprovação popular, dos privilégios e das mazelas que queremos justificar. Lula confessou o seu Jesus. Edir Macedo tem confessado o seu. Também Silas Malafaia, R. R. Soares, o bispo Waldomiro, Marco Feliciano e tantos outros confessam o seu Jesus. Quem é Jesus Cristo de fato para nós hoje?
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