Palavra do leitor
- 20 de dezembro de 2015
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O iluminado encontrou sua criança interior
Como todos sabem, estamos em férias. Entretanto, estava eu lendo um livro do Rubem Alves (Se eu pudesse viver minha vida novamente…) e algumas linhas saltaram aos meus olhos:
“Freud declarou que ninguém podia se comparar a Nietzsche no conhecimento da alma humana”.
Isso me fez pensar, de imediato, no Karl Barth dizendo: “ninguém podia se comparar a Nietzsche no conhecimento das coisas espirituais”.
Em outro trecho, Ruben continua com sua narrativa citando o Zaratustra, quando resolveu descer da montanha, onde passara dez anos:
“Encontrou-se com o mesmo eremita que se espantou em vê-lo: Esse caminhante não me é estranho; muitos anos atrás, ele passou por esse caminho. Ele se chamava Zaratustra. Mas ele mudou. Naquele tempo levava suas cinzas para as montanhas; e agora quererá levar seu fogo para os vales? Não terá medo de ser punido como incendiário? Zaratustra mudou, Zaratustra se transformou numa criança, Zaratustra é um iluminado.”
Fiquei pensando em outro personagem, uns dois mil anos atrás, conhecido como Jesus de Nazaré, dizendo: Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de Deus como menino, não entrará nele. Lc. 18:17
Então concluí, Zaratustra iluminou-se ao encontrar a criança dentro de si. Como bem diz o Ruben Alves: ” os psicanalistas ficam à caça de regressões à infância, esforçando-se para que a criança se mantenha reprimida e o adulto triunfe! Fosse Nietzsche um psicanalista e ele passaria o tempo todo à procura da criança que mora nos homens, criança que a educação trancafiou num quarto escuro.”
Conheço poucos cristãos iluminados, pois a igreja tem se ocupado em transformar a todos em um bando de adultos espirituais, reprimindo nossa criança interior e roubando-nos a oportunidade de tornarmo-nos seres iluminados, capazes de incendiar o mundo com nossa luz.
Será que podíamos inventar um novo natal? Onde o menino Jesus nascesse em cada um de nós e nos tornássemos crianças, dessas que receberão o reino de Deus, e pudéssemos descer de nossas montanhas de posses e títulos, completamente, iluminados.
“Freud declarou que ninguém podia se comparar a Nietzsche no conhecimento da alma humana”.
Isso me fez pensar, de imediato, no Karl Barth dizendo: “ninguém podia se comparar a Nietzsche no conhecimento das coisas espirituais”.
Em outro trecho, Ruben continua com sua narrativa citando o Zaratustra, quando resolveu descer da montanha, onde passara dez anos:
“Encontrou-se com o mesmo eremita que se espantou em vê-lo: Esse caminhante não me é estranho; muitos anos atrás, ele passou por esse caminho. Ele se chamava Zaratustra. Mas ele mudou. Naquele tempo levava suas cinzas para as montanhas; e agora quererá levar seu fogo para os vales? Não terá medo de ser punido como incendiário? Zaratustra mudou, Zaratustra se transformou numa criança, Zaratustra é um iluminado.”
Fiquei pensando em outro personagem, uns dois mil anos atrás, conhecido como Jesus de Nazaré, dizendo: Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de Deus como menino, não entrará nele. Lc. 18:17
Então concluí, Zaratustra iluminou-se ao encontrar a criança dentro de si. Como bem diz o Ruben Alves: ” os psicanalistas ficam à caça de regressões à infância, esforçando-se para que a criança se mantenha reprimida e o adulto triunfe! Fosse Nietzsche um psicanalista e ele passaria o tempo todo à procura da criança que mora nos homens, criança que a educação trancafiou num quarto escuro.”
Conheço poucos cristãos iluminados, pois a igreja tem se ocupado em transformar a todos em um bando de adultos espirituais, reprimindo nossa criança interior e roubando-nos a oportunidade de tornarmo-nos seres iluminados, capazes de incendiar o mundo com nossa luz.
Será que podíamos inventar um novo natal? Onde o menino Jesus nascesse em cada um de nós e nos tornássemos crianças, dessas que receberão o reino de Deus, e pudéssemos descer de nossas montanhas de posses e títulos, completamente, iluminados.
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