Palavra do leitor
- 08 de agosto de 2013
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O Hinário que herdei de meu pai
Podemos entender herança de várias formas, em contextos diferentes e variadas nuances e colocações. A Bíblia fala muito em herança, e diz que os filhos são herança do Senhor. Feliz é o pai que pode deixar uma boa herança para os seus filhos. E a melhor que existe é a espiritual que vem através do exemplo de vida e do temor a Deus.
Por falar em herança, esses dias estive lendo sobre um músico famoso que morreu recentemente, e sobre os seus filhos que já estão brigando por causa da herança que ele deixou. Claro está que se trata de algo material o que ele deixou. Isto acontece muito pelo mundo afora. Um dos sentimentos que meu pai sempre expressou, com certa tristeza, é que ele não tinha nenhuma herança (em bens materiais) para nos deixar. Ele morreu aos 87 anos.
Sempre quando ele dizia algo sobre isto, eu prontamente lhe dizia que a herança que ele ia deixar vale mais do que a riqueza que alguém poderia deixar para os seus filhos. Há algo muito mais precioso do que as riquezas ou bens materiais. Feliz do filho que pode receber esta riqueza - que não causa briga entre os herdeiros - mas se traduz em amor, honestidade, dignidade e demais postulados, além de um exemplo vivo e determinante.
Meu pai era um amante da Bíblia, leitor diário e assíduo do livro santo. E, além da Bíblia, há um hinário que ele fez questão de carregar e usar, do qual ele cuidava com todo carinho e sempre enfatizava a importância que o mesmo tinha para ele. Durante quase 40 anos ele empunhou aquele hinário o qual ganhara de uma irmã no ano de 1968. Com a sua morte, em 2007, coube a mim receber o objeto tão precioso como herança, o qual manuseio enquanto escrevo estas linhas.
Esta joia preciosa creio que não existe mais comercialmente, pois não é mais editado, e foi totalmente reescrito e reformulado. Trata-se do hinário Salmos e Hinos, editado em junho de 1957, que eu considero um dos melhores hinários evangélicos, juntamente com a Harpa Cristã e o Cantor Cristão. Hoje, o hinário que o substitui não lembra em nada o velho e querido Salmos e Hinos. É um privilégio ter em mãos este hinário e poder saborear os seus hinos. Ele me traz fortes lembranças de meu pai e reforça o carinho que tenho pelos hinos antigos, que hoje deram lugar à tão polêmica "música gospel".
Um dos hinos preferidos de meu pai é o hino 95 do referido hinário: "Como há de ser?", cuja primeira estrofe diz: "Como há de ser, conclusa a longa lida, /Finda a peleja da paixão mortal, /Quando avistando além da escura vida /A porta do prazer celestial, /Dos pés varrida a última poeira, /Do rosto enxuto seu final suor, /Deixarmos esta cena passageira, /entrando ao santo lar de eterno amor". Ele cantava este hino e geralmente nos pedia para canta-lo também. Hoje faço este depoimento e esta homenagem a alguém que deixou-nos como herança não apenas um velho hinário, mas, sobretudo, uma grande riqueza traduzida em exemplo, integridade, conhecimento e postura de um autêntico homem de Deus. Feliz do filho que pode se mirar num exemplo tão marcante e tão determinante para a sua vida.
Por falar em herança, esses dias estive lendo sobre um músico famoso que morreu recentemente, e sobre os seus filhos que já estão brigando por causa da herança que ele deixou. Claro está que se trata de algo material o que ele deixou. Isto acontece muito pelo mundo afora. Um dos sentimentos que meu pai sempre expressou, com certa tristeza, é que ele não tinha nenhuma herança (em bens materiais) para nos deixar. Ele morreu aos 87 anos.
Sempre quando ele dizia algo sobre isto, eu prontamente lhe dizia que a herança que ele ia deixar vale mais do que a riqueza que alguém poderia deixar para os seus filhos. Há algo muito mais precioso do que as riquezas ou bens materiais. Feliz do filho que pode receber esta riqueza - que não causa briga entre os herdeiros - mas se traduz em amor, honestidade, dignidade e demais postulados, além de um exemplo vivo e determinante.
Meu pai era um amante da Bíblia, leitor diário e assíduo do livro santo. E, além da Bíblia, há um hinário que ele fez questão de carregar e usar, do qual ele cuidava com todo carinho e sempre enfatizava a importância que o mesmo tinha para ele. Durante quase 40 anos ele empunhou aquele hinário o qual ganhara de uma irmã no ano de 1968. Com a sua morte, em 2007, coube a mim receber o objeto tão precioso como herança, o qual manuseio enquanto escrevo estas linhas.
Esta joia preciosa creio que não existe mais comercialmente, pois não é mais editado, e foi totalmente reescrito e reformulado. Trata-se do hinário Salmos e Hinos, editado em junho de 1957, que eu considero um dos melhores hinários evangélicos, juntamente com a Harpa Cristã e o Cantor Cristão. Hoje, o hinário que o substitui não lembra em nada o velho e querido Salmos e Hinos. É um privilégio ter em mãos este hinário e poder saborear os seus hinos. Ele me traz fortes lembranças de meu pai e reforça o carinho que tenho pelos hinos antigos, que hoje deram lugar à tão polêmica "música gospel".
Um dos hinos preferidos de meu pai é o hino 95 do referido hinário: "Como há de ser?", cuja primeira estrofe diz: "Como há de ser, conclusa a longa lida, /Finda a peleja da paixão mortal, /Quando avistando além da escura vida /A porta do prazer celestial, /Dos pés varrida a última poeira, /Do rosto enxuto seu final suor, /Deixarmos esta cena passageira, /entrando ao santo lar de eterno amor". Ele cantava este hino e geralmente nos pedia para canta-lo também. Hoje faço este depoimento e esta homenagem a alguém que deixou-nos como herança não apenas um velho hinário, mas, sobretudo, uma grande riqueza traduzida em exemplo, integridade, conhecimento e postura de um autêntico homem de Deus. Feliz do filho que pode se mirar num exemplo tão marcante e tão determinante para a sua vida.
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