Palavra do leitor
- 12 de abril de 2020
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O freio para acomodação!
Durante alguns anos, aqui em São Paulo, eu ia e voltava de ônibus, ou metrô, para o trabalho; geralmente pegava o chamado horário "de pico", inclusive na hora do almoço, e viajava com a condução sempre lotada; uns, no meio do corredor, em pé, quase que segurando nos outros para não cair, face aos balaústres sempre ocupados pelos mais próximos.
Eu, como de costume, embora em pé, sempre lendo algum livro, durante os 25 minutos do percurso até em casa; era assustador quando o veículo usava os freios [reduzia a velocidade bruscamente], muitos eram arremessados alguns passos adiante, é o que se chama, popularmente, de "freio para acomodação"!
Aliás, neste tempo de pandemia, embora continuem as aglomerações nos meios de transporte, um freio para acomodação até que é oportuno para que as pessoas mantenham distância do risco de contaminação.
A voz do povo quando acontece algum desastre, alguma doença grave com uma pessoa que não é "bondosa" [para não dizer que é má] diz: "viu aqui se faz aqui se paga!", como se fosse uma ação vingativa de Deus.
Digo sempre, nesses casos: "Deus não é um Deus vingativo, Ele é Justo"; até nos dizem as Escrituras: "Eu [Jesus], porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem: para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos" (Mateus 5.44-45).
Em suma, Deus não se vinga, Ele pode até permitir males sobre bons e maus, conforme aconteceu com Jó, "homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal" (Jó 1.1); pois para tudo Ele tem um propósito.
O juízo pode até acontecer como os três exemplos a seguir que a Palavra de Deus nos revela:
- nas pragas do Egito, na 10ª. especificamente, os primogênitos dos israelenses foram poupados, com o "fica em casa" obrigatório, além do sangue de um cordeiro nas vergas das portas e suas ombreiras (Êxodo 12.22);
- no Dilúvio, que arrasou toda a terra e seus habitantes, tendo sido poupados Noé e seus familiares, além de pares de todas as espécies de animais; pois Noé era "justo diante de mim [de Deus] no meio desta geração" (Genesis 7.1).
- na destruição de Sodoma e Gomorra, por chuva de enxofre e fogo, "lembrou-se Deus de Abraão e tirou a Ló e seus familiares do meio das ruínas, quando subverteu as cidades em que Ló habitara" (Gênesis 19.29); só não se salvou a esposa dele, porque desobedeceu, olhando para trás.
Então, creio eu, esta pandemia, pela qual o mundo todo está passando, não é uma vingança de Deus por causa dos nossos delitos, por causa das nossas maldades, por causa da nossa descrença n’ Ele, por causa dos nossos pecados, porque não mais oramos "sem cessar", em virtude de ignorarmos as dores dos outros
- já não havia, de um modo quase geral, solidariedade.
Trata-se, permitam-me fazer uma analogia, com o "freio para acomodação"; longe estávamos da família, distantes estávamos dos bons hábitos; com o "fica em casa" os pais passaram a ser conhecidos dos filhos que, agora, brincam com eles para passar o tempo; a maioria já não se alimentava bem, com refeições fora de casa, e agora tem que cozinhar em casa mesmo se alimentando com refeições sadias; e, importante, os cristãos, apesar das distâncias, face ao confinamento, se aproximaram mais através de "lives" e "salas de orações" diárias, via internet.
Sobretudo, quero destacar, quero insistir, como já o fiz em artigo anterior, voltou a existir solidariedade para com o próximo, e solidariedade é o braço direito do amor; nada adiantam quaisquer outras coisas que fazemos, ou venhamos a fazer, mesmo se consideradas de excelência, se não houver o amor (I Coríntios 13. 1-13).
Finalizando, e é importante, transita por uma rede social o caso de um idoso, 93 anos, que teve alta, na Itália, e lhe apresentaram a conta do uso do respirador; ele começou a chorar e o atendente lhe perguntou: "o senhor chora por causa do preço a pagar?"; ele, ainda em lágrimas, disse: "não, não choro por ter que pagar, 500 Euros, pois posso fazê-lo; choro pois tenho que pagar por um só dia de uso de um respirador e nunca paguei nada a Deus pelo ar que respiro há 93 anos!"
Isso nos remete à Palavra de Deus, que diz claramente: "Orai sem cessar. Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus, em Cristo Jesus para convosco" (ITessalonicenses 5. 17-18), e como aquele idoso, quase nunca o fazemos.
Vamos, então, ser gratos ao nosso Deus pelos bilhões de pessoas que Ele está poupando, nós mesmos, por nossas mudanças de hábitos, agora mais saudáveis, mais fraternos, mais cristãos.
Promessa de Deus a Salomão, rei de Israel, válida também hoje, para nós cristãos:
"Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos Céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra" (II Crônicas 7.14).
Jesus disse: "ainda não é o fim (...) isto é o princípio das dores" (Mateus 24.6,8).
Pense nisto!
Eu, como de costume, embora em pé, sempre lendo algum livro, durante os 25 minutos do percurso até em casa; era assustador quando o veículo usava os freios [reduzia a velocidade bruscamente], muitos eram arremessados alguns passos adiante, é o que se chama, popularmente, de "freio para acomodação"!
Aliás, neste tempo de pandemia, embora continuem as aglomerações nos meios de transporte, um freio para acomodação até que é oportuno para que as pessoas mantenham distância do risco de contaminação.
A voz do povo quando acontece algum desastre, alguma doença grave com uma pessoa que não é "bondosa" [para não dizer que é má] diz: "viu aqui se faz aqui se paga!", como se fosse uma ação vingativa de Deus.
Digo sempre, nesses casos: "Deus não é um Deus vingativo, Ele é Justo"; até nos dizem as Escrituras: "Eu [Jesus], porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem: para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos" (Mateus 5.44-45).
Em suma, Deus não se vinga, Ele pode até permitir males sobre bons e maus, conforme aconteceu com Jó, "homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal" (Jó 1.1); pois para tudo Ele tem um propósito.
O juízo pode até acontecer como os três exemplos a seguir que a Palavra de Deus nos revela:
- nas pragas do Egito, na 10ª. especificamente, os primogênitos dos israelenses foram poupados, com o "fica em casa" obrigatório, além do sangue de um cordeiro nas vergas das portas e suas ombreiras (Êxodo 12.22);
- no Dilúvio, que arrasou toda a terra e seus habitantes, tendo sido poupados Noé e seus familiares, além de pares de todas as espécies de animais; pois Noé era "justo diante de mim [de Deus] no meio desta geração" (Genesis 7.1).
- na destruição de Sodoma e Gomorra, por chuva de enxofre e fogo, "lembrou-se Deus de Abraão e tirou a Ló e seus familiares do meio das ruínas, quando subverteu as cidades em que Ló habitara" (Gênesis 19.29); só não se salvou a esposa dele, porque desobedeceu, olhando para trás.
Então, creio eu, esta pandemia, pela qual o mundo todo está passando, não é uma vingança de Deus por causa dos nossos delitos, por causa das nossas maldades, por causa da nossa descrença n’ Ele, por causa dos nossos pecados, porque não mais oramos "sem cessar", em virtude de ignorarmos as dores dos outros
- já não havia, de um modo quase geral, solidariedade.
Trata-se, permitam-me fazer uma analogia, com o "freio para acomodação"; longe estávamos da família, distantes estávamos dos bons hábitos; com o "fica em casa" os pais passaram a ser conhecidos dos filhos que, agora, brincam com eles para passar o tempo; a maioria já não se alimentava bem, com refeições fora de casa, e agora tem que cozinhar em casa mesmo se alimentando com refeições sadias; e, importante, os cristãos, apesar das distâncias, face ao confinamento, se aproximaram mais através de "lives" e "salas de orações" diárias, via internet.
Sobretudo, quero destacar, quero insistir, como já o fiz em artigo anterior, voltou a existir solidariedade para com o próximo, e solidariedade é o braço direito do amor; nada adiantam quaisquer outras coisas que fazemos, ou venhamos a fazer, mesmo se consideradas de excelência, se não houver o amor (I Coríntios 13. 1-13).
Finalizando, e é importante, transita por uma rede social o caso de um idoso, 93 anos, que teve alta, na Itália, e lhe apresentaram a conta do uso do respirador; ele começou a chorar e o atendente lhe perguntou: "o senhor chora por causa do preço a pagar?"; ele, ainda em lágrimas, disse: "não, não choro por ter que pagar, 500 Euros, pois posso fazê-lo; choro pois tenho que pagar por um só dia de uso de um respirador e nunca paguei nada a Deus pelo ar que respiro há 93 anos!"
Isso nos remete à Palavra de Deus, que diz claramente: "Orai sem cessar. Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus, em Cristo Jesus para convosco" (ITessalonicenses 5. 17-18), e como aquele idoso, quase nunca o fazemos.
Vamos, então, ser gratos ao nosso Deus pelos bilhões de pessoas que Ele está poupando, nós mesmos, por nossas mudanças de hábitos, agora mais saudáveis, mais fraternos, mais cristãos.
Promessa de Deus a Salomão, rei de Israel, válida também hoje, para nós cristãos:
"Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos Céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra" (II Crônicas 7.14).
Jesus disse: "ainda não é o fim (...) isto é o princípio das dores" (Mateus 24.6,8).
Pense nisto!
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