Palavra do leitor
- 31 de agosto de 2007
- Visualizações: 4400
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
O fracasso do cristianismo
O título pode parecer um tanto quanto incoerente para muitos, inconseqüente para outros, mas na verdade precisamos reconhecer que o cristianismo de certa forma falhou em sua nobilíssima missão de transformar o mundo num lugar mais justo à vida. O sonho de uma comunidade que seguisse fielmente os ensinos de Cristo teve pouca duração na história, basta ler os primeiros capítulos de Atos dos apóstolos para perceber que a natureza humana, com sua forte inclinação para o pecado, determinou os caminhos a serem trilhados pelos seguidores de Jesus.
Apontar um marco histórico exato, a cristianização do ébrio Império Romano, para explicar o declínio do cristianismo é cair em simplificações estapafúrdias. É sabido que acontecimento como aquele não surge do acaso, mas é fruto de um silencioso processo de adequação aos interesses de quem dita as regras. Evidentemente que nunca houve escassez completa de homens e mulheres cheios de piedade e temor ao Senhor, mas é fato inconteste que as estruturas de poder seduziram os líderes do passado e desde então capitulamos.
O cristianismo impôs um código de regra, mais conhecido como dogma, de difícil execução, restringiu os privilégios religiosos aos “selecionados” e perpetuou uma “espiritualidade” de elite. A preservação do status adquirido determinou as ações posteriores, instalou-se uma relação promíscua com o estado e a morte prevaleceu, vidas foram destruídas com a demoníaca desculpa de que prevaleceram os interesses do “reino”. O eurocentrismo cristão do século XV devastou o novo mundo, dizimando povos, violentando mulheres, assassinando crianças e perpetuando a miséria como legado social.
A partir do século XVIII a elite capitalista cristã da Europa fatiou a África e a Ásia como uma pizza, enquanto os EUA e a Inglaterra fixaram seus tentáculos na América Latina para garantir mercado para os seus produtos. Apenas para exemplificar, com o patrocínio da Inglaterra o Paraguai foi quase dizimado pela tríplice Aliança - Brasil, Argentina e Uruguai – pois sua industrialização colocava em risco os interesses britânicos na região. Para combater o avanço comunista no pós-guerra de maneira mais efetiva os Estados Unidos lançam a “Doutrina de Segurança Nacional”, cujo objetivo era fortalecer os militares dos paises latino-americanos no combate aos partidos de esquerda e conduzir os seus países ao desenvolvimento econômico, sob a égide do imperialismo americano é claro. Este período se transformou em mais um triste episódio na tão sofrida história dos latino-americanos, que tiveram seus direitos cerceados; com a ausência da liberdade de expressão, imposição da censura, fim dos partidos políticos, repressão, fechamento dos sindicatos e proibição de movimentos sociais. É correto afirmar que os EUA na defesa de seus interesses imperialistas patrocinaram o terror nas ditaduras militares da América Latina e sustentaram seu subdesenvolvimento.
Em suma a fé cristã se distanciou tão fortemente de suas origens que vergonhosamente se voltou contra Jesus, crucificando-o ao defender os interesses dos poderosos e negligenciando os oprimidos. As pisadas do Mestre desapareceram sob a espuma suja dos interesses egoístas dos “seguidores de Cristo”.
Hoje temos um mundo à beira do colapso, os séculos de dominação das nações cristãs esgotaram os recursos naturais, essas mesmas nações continuam sangrando a economia dos países pobres, e o mundo não está melhor para quase dois bilhões de pessoas em todo o mundo. O cristianismo continua sua trajetória de alianças espúrias, oprimindo as massas com sua mensagem adocicada, prometendo triunfo aos seus seguidores e cauterizando as mentes rebeldes.
Onde estão os verdadeiros seguidores de Cristo? Tentando sobreviver sob os escombros fétidos da decadente história do Ocidente cristão.
Apontar um marco histórico exato, a cristianização do ébrio Império Romano, para explicar o declínio do cristianismo é cair em simplificações estapafúrdias. É sabido que acontecimento como aquele não surge do acaso, mas é fruto de um silencioso processo de adequação aos interesses de quem dita as regras. Evidentemente que nunca houve escassez completa de homens e mulheres cheios de piedade e temor ao Senhor, mas é fato inconteste que as estruturas de poder seduziram os líderes do passado e desde então capitulamos.
O cristianismo impôs um código de regra, mais conhecido como dogma, de difícil execução, restringiu os privilégios religiosos aos “selecionados” e perpetuou uma “espiritualidade” de elite. A preservação do status adquirido determinou as ações posteriores, instalou-se uma relação promíscua com o estado e a morte prevaleceu, vidas foram destruídas com a demoníaca desculpa de que prevaleceram os interesses do “reino”. O eurocentrismo cristão do século XV devastou o novo mundo, dizimando povos, violentando mulheres, assassinando crianças e perpetuando a miséria como legado social.
A partir do século XVIII a elite capitalista cristã da Europa fatiou a África e a Ásia como uma pizza, enquanto os EUA e a Inglaterra fixaram seus tentáculos na América Latina para garantir mercado para os seus produtos. Apenas para exemplificar, com o patrocínio da Inglaterra o Paraguai foi quase dizimado pela tríplice Aliança - Brasil, Argentina e Uruguai – pois sua industrialização colocava em risco os interesses britânicos na região. Para combater o avanço comunista no pós-guerra de maneira mais efetiva os Estados Unidos lançam a “Doutrina de Segurança Nacional”, cujo objetivo era fortalecer os militares dos paises latino-americanos no combate aos partidos de esquerda e conduzir os seus países ao desenvolvimento econômico, sob a égide do imperialismo americano é claro. Este período se transformou em mais um triste episódio na tão sofrida história dos latino-americanos, que tiveram seus direitos cerceados; com a ausência da liberdade de expressão, imposição da censura, fim dos partidos políticos, repressão, fechamento dos sindicatos e proibição de movimentos sociais. É correto afirmar que os EUA na defesa de seus interesses imperialistas patrocinaram o terror nas ditaduras militares da América Latina e sustentaram seu subdesenvolvimento.
Em suma a fé cristã se distanciou tão fortemente de suas origens que vergonhosamente se voltou contra Jesus, crucificando-o ao defender os interesses dos poderosos e negligenciando os oprimidos. As pisadas do Mestre desapareceram sob a espuma suja dos interesses egoístas dos “seguidores de Cristo”.
Hoje temos um mundo à beira do colapso, os séculos de dominação das nações cristãs esgotaram os recursos naturais, essas mesmas nações continuam sangrando a economia dos países pobres, e o mundo não está melhor para quase dois bilhões de pessoas em todo o mundo. O cristianismo continua sua trajetória de alianças espúrias, oprimindo as massas com sua mensagem adocicada, prometendo triunfo aos seus seguidores e cauterizando as mentes rebeldes.
Onde estão os verdadeiros seguidores de Cristo? Tentando sobreviver sob os escombros fétidos da decadente história do Ocidente cristão.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 31 de agosto de 2007
- Visualizações: 4400
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados