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Palavra do leitor

O fim de dois mitos

Durante muito tempo, muitos acreditavam em dois mitos em relação à ética na política. O primeiro seria a superioridade ética do PT. Durante anos, até os oponentes viam no partido uma alternativa à corrupção. Isso foi imortalizado numa crônica de Jô Soares quando, conforme Abraão, Eduardo Suplicy negocia com Deus para que o congresso não seja destruído com fogo. Enfim, ele consegue uma promessa de que Deus não irá destruir o congresso, se Suplicy achar dez deputados honestos. Então Suplicy pergunta "Posso incluir deputados do PT?"

O outro mito era a superiodade ética dos políticos evangélicos. Ungidos pelo Espírito Santo, e com uma honestidade que lhes seria popular, eles ensinariam ao Brasil um novo jeito de administrar as coisas públicas. "O Brasil é do Senhor Jesus" e o povo do Senhor Jesus traria cura, sararia essa terra.

A história recente demonsta que esses mitos eram simplesmente falsos. Os sinais estavam presentes a muito tempo, problemas em prefeituras administradas pelo PT, o comportamento dos políticos evangélicos na Constituinte de 1988. Mas somente os eventos dos últimos anos desmascararam os fatos de vez.

Isso não nos deveria surpreender. Afinal, a Bíblia versa longamente sobre o poder do pecado, e da sedução do dinheiro e do poder. Por que achamos que poderíamos mandar crentes ao Congresso, completamente despreparados, e nenhum escândalo ocorreria?

Coluna após coluna nessa sessão da palavra do leitor lamenta o estado atual da igreja evangélica no Brasil [tudo bem que aqui na Inglaterra adoraríamos ter tantos crentes problemáticos, mas isso é assunto para outra hora...], artigo após artigo publicado no site da SEPAL lamenta o estado da liderança.

Isso é sinal de fraqueza? Ou seria de força?

Afinal, que outro movimento, ou grupo no país permite tamanha dissidência interna. Por escrever palavras muito mais moderadas do que muitos colunistas evangélicos, Leonardo Boff foi silenciado pela sua igreja. Que partido político permitiria críticas severas serem trazidos a público? Mesmo fora do Brasil, quando se escuta um governo admitir que errou? Por exemplo, nem o governo americano, nem o governo inglês admitem erro na catastrófe da guerra do Iraque.

Nós evangélicos não somos tão bons como um dia pensamos ser. Somos como a Bíblia fala que somos, pecadores buscando santificação que receberam a graça de Deus. Mas se mantermos, e fortalecermos essa voz da auto-crítica, se aprendermos a transformar as palavras em ação, quem sabe, meio que sem querer querendo, iremos realizar o objetivo de começar a trazer transformação a esse país. Sarar essa terra, afinal, continua sendo uma tarefa divina.
Londres - XX
Textos publicados: 3 [ver]

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