Palavra do leitor
- 20 de julho de 2009
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O fim da Igreja
Francis Fukuyama se tornou célebre ao publicar em 1989 o livro "O Fim da história e o último homem". Fukuyama advogava neste livro a tese de que a história encontrou seu ápice no capitalismo e na democracia ocidental liberal, como coroamento do desenvolvimento do homem e de seus sistemas. O demais a vir após isso seria somente a discussão de movimentos nacionalistas e fundamentalistas islâmicos, retrógrados e reacionários em seu cerne. Com isso Fukuyama decreta: acabou-se a história (apesar de não poder dizer que vivemos felizes para sempre).
Todo este intróito ao utilizar-se de Fukuyama é para, de forma triste e deprimente, decretar o Fim da Igreja! Não, não leia este texto como se o autor fosse um ateu marxista ou um humanista agnóstico, não. Digo isso embasado na triste constatação de que nossa sociedade mudou e com o antigo ideário das gerações passadas e suas convicções, foi-se também a crença na existência de igrejas na acepção da palavra.
Não acreditamos mais na assembléia de Deus com seu povo. Não acreditamos em "quão bom e quão suave é...". Não servimos mais a Jesus Cristo através de seu corpo, a igreja. Ele que nos sirva!
A idéia que move-se em nosso subsconsciente é a de sermos servidos. O conforto do desenvolvimento humano, a síndrome do descompromisso, igrejas drive-thru. Movemo-nos por nossos desejos neste neo-hedonismo cristão. Embasamos nossas decisões na pirâmide de Maslow, atendendo nossas necessidades fisiológicas primeiro, vemos no pastor um prestador de serviços, na igreja uma ficção jurídica contra a qual caso não responda aos nossos anseios, podemos arguir nossos direitos.
O texto que move esta multidão não é o bíblico mas o código de defesa do consumidor. Consumimos sim, serviços religiosos com a liberdade do poder de nosso descompromisso. Não queremos relacionamentos mas sim, relações de consumo, onde consumimos bens, serviços e religião.
É este o Fim da Igreja, no qual a oferta atende ao meu sonho de prosperidade, eufemismo para ganância sórdida e desmedida. Dizimo para que as 'janelas do céu" se abram sobre mim e não por amor à obra. Vou á Igreja não para servir a Deus mas para exigir destes profissionais da fé o que eles podem, e devem, me oferecer. Inclusive, não é esta a lei que rege nossos templos: oferta e procura?
"Ó razão! Onde estás tu razão?
Refugiaste-te nas bestas feras e os homens quedaram sem ti!"
Todo este intróito ao utilizar-se de Fukuyama é para, de forma triste e deprimente, decretar o Fim da Igreja! Não, não leia este texto como se o autor fosse um ateu marxista ou um humanista agnóstico, não. Digo isso embasado na triste constatação de que nossa sociedade mudou e com o antigo ideário das gerações passadas e suas convicções, foi-se também a crença na existência de igrejas na acepção da palavra.
Não acreditamos mais na assembléia de Deus com seu povo. Não acreditamos em "quão bom e quão suave é...". Não servimos mais a Jesus Cristo através de seu corpo, a igreja. Ele que nos sirva!
A idéia que move-se em nosso subsconsciente é a de sermos servidos. O conforto do desenvolvimento humano, a síndrome do descompromisso, igrejas drive-thru. Movemo-nos por nossos desejos neste neo-hedonismo cristão. Embasamos nossas decisões na pirâmide de Maslow, atendendo nossas necessidades fisiológicas primeiro, vemos no pastor um prestador de serviços, na igreja uma ficção jurídica contra a qual caso não responda aos nossos anseios, podemos arguir nossos direitos.
O texto que move esta multidão não é o bíblico mas o código de defesa do consumidor. Consumimos sim, serviços religiosos com a liberdade do poder de nosso descompromisso. Não queremos relacionamentos mas sim, relações de consumo, onde consumimos bens, serviços e religião.
É este o Fim da Igreja, no qual a oferta atende ao meu sonho de prosperidade, eufemismo para ganância sórdida e desmedida. Dizimo para que as 'janelas do céu" se abram sobre mim e não por amor à obra. Vou á Igreja não para servir a Deus mas para exigir destes profissionais da fé o que eles podem, e devem, me oferecer. Inclusive, não é esta a lei que rege nossos templos: oferta e procura?
"Ó razão! Onde estás tu razão?
Refugiaste-te nas bestas feras e os homens quedaram sem ti!"
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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