Palavra do leitor
- 13 de agosto de 2012
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O evangelho perna de pau!
‘’O que deixaremos para o futuro? A ufania tresloucada da prosperidade, como uma espécie de moeda de troca com Deus? A aceitação de um estilo evangelical relativista e insosso, sem a coragem para regurgirtar as patologias do presente século? A conveniência com um cristianismo esfarelado em miríades de doutrinas e dogmas suscitadores de incautos, de radicalismos espúrios, de veladas guerras santas? Então, o futuro da igreja poderá abrir a palavra e encontrar sentido, destino e motivo de ser? A vida cristã poderá ser um fluir profuso de águas suaves, em meio a rudeza dos tempos? A eternidade será uma distração? Por fim, o evangelho de Cristo poderá brincar com nossas crianças e apontar para a bondade, para o riso, para a irreverência e outras utopias como possíveis?’’
Ao abrir o jornal de mais uma realidade dominical, nada capaz de acarretar pontiagudas indagações para retumbantes respostas.
Devo reconhecer, já faz um tempo e bota nisso que o cardápio dos acontecimentos permanecem nas exposições de um salvação protocolada, há mais de dois mil anos, e enquanto a trombeta não toca, vamos num continuo malabarismo.
É bem verdade, cada vez mais, percebo o escassear de momentos de êxtases, de transcendência, de uma pitada mística e de uma espiritualidade inócua e perfazer o itinerário de um evangelho atulhado de teorias e teses, de pressupostos e premissas, de preceitos e princípios orfãos de viçosidade, de candura, de uma criatividade revolucionária e sonhadora.
Nada de dobrar os joelhos e usufruir o apetecer de mais um fôlego de existência, de submergir nas águas ímpetuosas de uma esperança disposta a enfrentar as vicissitudes de uma realidade de fragmentos, de olhares na espreita, de almas recolhidas nos escaninhos da pós - modernidade, de corações inebriados por uma melancólica corrida tresloucada pelo sucesso do aqui e do agora.
Não posso ser hipócrita, as vezes, interpreto as máscaras de uma ufania teocrática, como a uníssona resolção e antídoto para esse mundo perdido no bosque da história.
Quantas divagações a efeito de preconizar o evangelho perna de pau. A grosso modo, um evangelho produto de uma natureza porfiosamente tendente a ser o centro, o ponto norteador, a definir a Graça dentro de sua medíocre visão de ser e viver.
Quiçá, de tal modo, encontro as mais precípuas e inacatáveis justificativas para execrar a igreja, os sistemas eclesiásticos, os mecanismos dogmáticos e doutrinários, as diretrizes e arcabouços teológicos, ou, em frontal oposição, defender a tradição de séculos, a ortodoxa depurada nos recônditos dos seminários.
Vou além, valho - me, em certo momentos, de uma linha de ação progressiva, do discurso expoente, de que agora é a nossa vez de erradicar com os protetorados e as beligerâncias espirituais demoníacas.
Por mais que relute, ao adentrar no quarto, fechar a porta e deitado na cama, começo a ruminar o por qual razão tudo isso não fenece?
Qual a intenção de permanecer os flagelos de mãos vasculhando lixeiras, de faces humanas submergidas no emaranhado de monturos a procura de algo, de denominadas criaturas máximas do Criador como objetos na feira dos desejos narcísicos.
Eis o evangelho perna de pau, sem nenhuma ocupação com a pauta de que a confissão, o discipulado e o serviço compõem o coração - útero do Cristianismo salutar, profícuo e efetivo, por onde o amor representa a decisão em prol da vida.
Mesmo assim, essas palavras ressoam como uma perda de tempo e dinheiro, uma verdadeira conversa para tolos, um discurso para acomodados.
Afinal de contas, o evangelho perna de pau traz uma pletora de cristos. Para todos os paladares e conveniências.
Não por menos, atende aos setores de um cristo relativista, de um cristo adequado as demandas de uma cultura mercadológica, de uma fé positivista e autônoma, de uma realidade de anônimos que se reúnem num espaço para seus exclusivistas ensejos, de um visão evangelical autárquica.
Destarte, não se fala na relação interpessoal interativa, por onde o outro se torna em próximo, parceiro, partilhador e participante da realidade nova instaurada por Cristo. Todas esses enfoques são conteúdos pueris e do mais abissal desconhecimento.
De notar, o evangelho perna de pau não apresenta nenhuma relevância com a ética, mais especificamente – com a vergonha na cara de não aceitar propinas em períodos de eleições, de fazer da bíblia e do púlpito um trampolim para se dar bem (numa espécie de micro – loteria pessoal), de prostituir o nome de Cristo para seus mesquinhos e maquiavélicos intuitos de reconhecimento, de aplausos, de apoteose, de esplendor e por ai vai.
Além disso, o evangelho perna de pau corre das ilusões com o gosto de algodão doce e que, lá no fundo, em nada desencadeia uma mensagem de reconciliação do ser humano com seu Criador, seu semelhante e a vida. Sem titubear, o evangelho perna de pau demonstra pouca atenção para o seu vizinho, sua comunidade, seu bairro.
Ao abrir o jornal de mais uma realidade dominical, nada capaz de acarretar pontiagudas indagações para retumbantes respostas.
Devo reconhecer, já faz um tempo e bota nisso que o cardápio dos acontecimentos permanecem nas exposições de um salvação protocolada, há mais de dois mil anos, e enquanto a trombeta não toca, vamos num continuo malabarismo.
É bem verdade, cada vez mais, percebo o escassear de momentos de êxtases, de transcendência, de uma pitada mística e de uma espiritualidade inócua e perfazer o itinerário de um evangelho atulhado de teorias e teses, de pressupostos e premissas, de preceitos e princípios orfãos de viçosidade, de candura, de uma criatividade revolucionária e sonhadora.
Nada de dobrar os joelhos e usufruir o apetecer de mais um fôlego de existência, de submergir nas águas ímpetuosas de uma esperança disposta a enfrentar as vicissitudes de uma realidade de fragmentos, de olhares na espreita, de almas recolhidas nos escaninhos da pós - modernidade, de corações inebriados por uma melancólica corrida tresloucada pelo sucesso do aqui e do agora.
Não posso ser hipócrita, as vezes, interpreto as máscaras de uma ufania teocrática, como a uníssona resolção e antídoto para esse mundo perdido no bosque da história.
Quantas divagações a efeito de preconizar o evangelho perna de pau. A grosso modo, um evangelho produto de uma natureza porfiosamente tendente a ser o centro, o ponto norteador, a definir a Graça dentro de sua medíocre visão de ser e viver.
Quiçá, de tal modo, encontro as mais precípuas e inacatáveis justificativas para execrar a igreja, os sistemas eclesiásticos, os mecanismos dogmáticos e doutrinários, as diretrizes e arcabouços teológicos, ou, em frontal oposição, defender a tradição de séculos, a ortodoxa depurada nos recônditos dos seminários.
Vou além, valho - me, em certo momentos, de uma linha de ação progressiva, do discurso expoente, de que agora é a nossa vez de erradicar com os protetorados e as beligerâncias espirituais demoníacas.
Por mais que relute, ao adentrar no quarto, fechar a porta e deitado na cama, começo a ruminar o por qual razão tudo isso não fenece?
Qual a intenção de permanecer os flagelos de mãos vasculhando lixeiras, de faces humanas submergidas no emaranhado de monturos a procura de algo, de denominadas criaturas máximas do Criador como objetos na feira dos desejos narcísicos.
Eis o evangelho perna de pau, sem nenhuma ocupação com a pauta de que a confissão, o discipulado e o serviço compõem o coração - útero do Cristianismo salutar, profícuo e efetivo, por onde o amor representa a decisão em prol da vida.
Mesmo assim, essas palavras ressoam como uma perda de tempo e dinheiro, uma verdadeira conversa para tolos, um discurso para acomodados.
Afinal de contas, o evangelho perna de pau traz uma pletora de cristos. Para todos os paladares e conveniências.
Não por menos, atende aos setores de um cristo relativista, de um cristo adequado as demandas de uma cultura mercadológica, de uma fé positivista e autônoma, de uma realidade de anônimos que se reúnem num espaço para seus exclusivistas ensejos, de um visão evangelical autárquica.
Destarte, não se fala na relação interpessoal interativa, por onde o outro se torna em próximo, parceiro, partilhador e participante da realidade nova instaurada por Cristo. Todas esses enfoques são conteúdos pueris e do mais abissal desconhecimento.
De notar, o evangelho perna de pau não apresenta nenhuma relevância com a ética, mais especificamente – com a vergonha na cara de não aceitar propinas em períodos de eleições, de fazer da bíblia e do púlpito um trampolim para se dar bem (numa espécie de micro – loteria pessoal), de prostituir o nome de Cristo para seus mesquinhos e maquiavélicos intuitos de reconhecimento, de aplausos, de apoteose, de esplendor e por ai vai.
Além disso, o evangelho perna de pau corre das ilusões com o gosto de algodão doce e que, lá no fundo, em nada desencadeia uma mensagem de reconciliação do ser humano com seu Criador, seu semelhante e a vida. Sem titubear, o evangelho perna de pau demonstra pouca atenção para o seu vizinho, sua comunidade, seu bairro.
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