Palavra do leitor
- 17 de agosto de 2023
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O encanto acaba à meia-noite
A ascensão de temas relacionados ao mundo da fantasia na contemporaneidade e seu sucesso extraordinário reflete a escolha de muitas pessoas: uma vida fora da presença de Deus. Esta opção perigosa é um engano e anda lado a lado com a existência do homem.
Quantas pessoas ainda hoje não sonham viver uma história dos contos de fadas, com direito a castelo, romance e cavaleiro, ou quem sabe, ser como um super-herói, jovem e enigmático com os desafios de uma identidade dupla e que conquista multidões, recebendo prestígio e influência de seus seguidores.
Nesses casos, assim como em outros do gênero, o que pode estar ao fundo é uma só coisa: negar, disfarçar, não admitir quem nos tornamos, quem realmente somos. Essa sensação que domina a humanidade é explicada por John R. Cross em seu livro O Estranho no Caminho de Emaús, onde o autor relata: "Veremos que faz parte da natureza do homem negar sua verdadeira pecaminosidade, inventar maneiras de alcançar Deus e procurar um caminho de volta ao mundo perfeito".
Isso poderia explicar, por exemplo, o sucesso da indústria do entretenimento, que têm investido bilhões para lançar no mercado a cada temporada, uma nova versão da princesa e seus namorados misteriosos, ricos ou não, de regiões e culturas diferentes do globo, sejam lobisomens, vampiros, sempre dotados de beleza e uma lista de poderes sobrenaturais.
É uma pena todo esse esforço porque a realidade do mundo da fantasia é que a meia-noite chega e o encanto sempre acaba, despertando seus personagens de forma abrupta para o engano do qual foram enfeitiçados.
Esse panorama e sua conexão com a vida real são relatados com precisão pela Bíblia na queda de Adão e Eva no Jardim do Éden, um vislumbre preciso do quanto as pessoas podem trocar a verdade em suas vidas, considerada em geral pouco atrativa, ainda que honesta, em relação ao mundo de encantos, que começa e termina com uma mentira.
E entre o fruto proibido, a serpente e o paraíso perdido ficam Deus e o que temos acreditado.
Conhecido por não enfeitar assuntos desagradáveis, Deus tem escolhido como mocinhos, pessoas que dispensaram o reino da fantasia, preferindo reconhecer a si mesmos, usando apenas da sinceridade. Escolhe os que caíram em si, como o filho pródigo e aquelas que não têm parte com a realeza como a prostituta Raabe. Também jovens como Daniel, cuja inteligência e sabedoria sobrepujaram os ensinamentos de magos e encantadores experientes de sua época.
De lá para cá, pouco mudou, as folhas de figueira apenas sofreram cortes refinados, assim como os adornos e as inúmeras versões para o desastre do pecado humano sobre a Terra. No fim, a verdade costuma aparecer, sempre melhor do que a doce mentira inventada.
Precisamos aprender: o encanto acaba à meia-noite.
Sônia Kaingáng, jornalista indígena, especializada em Educação, Cultura Indígena e Diversidade.
Quantas pessoas ainda hoje não sonham viver uma história dos contos de fadas, com direito a castelo, romance e cavaleiro, ou quem sabe, ser como um super-herói, jovem e enigmático com os desafios de uma identidade dupla e que conquista multidões, recebendo prestígio e influência de seus seguidores.
Nesses casos, assim como em outros do gênero, o que pode estar ao fundo é uma só coisa: negar, disfarçar, não admitir quem nos tornamos, quem realmente somos. Essa sensação que domina a humanidade é explicada por John R. Cross em seu livro O Estranho no Caminho de Emaús, onde o autor relata: "Veremos que faz parte da natureza do homem negar sua verdadeira pecaminosidade, inventar maneiras de alcançar Deus e procurar um caminho de volta ao mundo perfeito".
Isso poderia explicar, por exemplo, o sucesso da indústria do entretenimento, que têm investido bilhões para lançar no mercado a cada temporada, uma nova versão da princesa e seus namorados misteriosos, ricos ou não, de regiões e culturas diferentes do globo, sejam lobisomens, vampiros, sempre dotados de beleza e uma lista de poderes sobrenaturais.
É uma pena todo esse esforço porque a realidade do mundo da fantasia é que a meia-noite chega e o encanto sempre acaba, despertando seus personagens de forma abrupta para o engano do qual foram enfeitiçados.
Esse panorama e sua conexão com a vida real são relatados com precisão pela Bíblia na queda de Adão e Eva no Jardim do Éden, um vislumbre preciso do quanto as pessoas podem trocar a verdade em suas vidas, considerada em geral pouco atrativa, ainda que honesta, em relação ao mundo de encantos, que começa e termina com uma mentira.
E entre o fruto proibido, a serpente e o paraíso perdido ficam Deus e o que temos acreditado.
Conhecido por não enfeitar assuntos desagradáveis, Deus tem escolhido como mocinhos, pessoas que dispensaram o reino da fantasia, preferindo reconhecer a si mesmos, usando apenas da sinceridade. Escolhe os que caíram em si, como o filho pródigo e aquelas que não têm parte com a realeza como a prostituta Raabe. Também jovens como Daniel, cuja inteligência e sabedoria sobrepujaram os ensinamentos de magos e encantadores experientes de sua época.
De lá para cá, pouco mudou, as folhas de figueira apenas sofreram cortes refinados, assim como os adornos e as inúmeras versões para o desastre do pecado humano sobre a Terra. No fim, a verdade costuma aparecer, sempre melhor do que a doce mentira inventada.
Precisamos aprender: o encanto acaba à meia-noite.
Sônia Kaingáng, jornalista indígena, especializada em Educação, Cultura Indígena e Diversidade.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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