Palavra do leitor
- 15 de dezembro de 2023
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O Eclesiastes e o cinismo da vida
"A perda do senso de moralidade, de valores, de virtudes e de deveres, com a responsabilidade pelo outro, por uma visão utilitarista, narcisista e individualista, tem formado uma geração sem a capacidade de discernir o certo do errado, o ser de consciência do ser de instinto’’.
A inclusão do livro de Eclesiastes, do Pregador, até pode transparecer uma brincadeira de muito mau gosto, uma espécie de estragar prazer, entranhado entre os salmos e os provérbios, como se Deus não passasse de um mero leitor ou ouvinte ou expectador da vida, com suas contradições e controvérsias. Ao caminhar pelos meandros ou enredos do livro e suas páginas, percebe-se uma percepção de que tudo não passa de ilusão, de a vida ser um aperda de tempo, de que ninguém escapa, independentemente das idiossincrasias e das nuances sociais, culturais e econômicas. Ninguém consegue se afugentar no tocante a está sujeito aos vazios e as aflições da vida. Não se fala sobre milagres, não se encontram heróis, profetas, expoentes, simplesmente, a certeza de que, no fim de tudo, ao apagar das luzes da mortalidade, ao fechar os olhos, expressamente, seremos esquecidos e, embora alguns lembrados, não serão poupados: serão esquecidos. Anota-se, quem o escreveu, o por qual motivo, até hoje, não se chegou ao consenso de ter sido Salomão mesmo e, por enquanto, tampouco vem a ser a tônica do assunto. Sem sombra de dúvida, ao abrir as gavetas dos capítulos de Eclesiastes, categoricamente, chegamos à conclusão de ser uma obra além do tempo e do espaço, porque o abocanha, como nos abocanha e mostra o quanto, também, demonstra toda nossa fugacidade, todas as nossas fugidias conquistas momentâneas. Sempre se torna de alvitre ressaltar, além do livro mencionado, o de Jó, ambos enfatizam a constatação de o quanto o nosso orgulho não leva a nada mesmo. Acredito, piamente, já nos meus cinquenta anos, a confirmação de ser esse livro um reduto para pensadores, seja de uma ordem espiritual ou secular. Vou adiante, o Eclesiastes, o Pregador, discorre sobre o nosso próprio cinismo, a nossa própria tola altivez, a nossa inocente autonomia e, mesmo assim, aponta para uma esperança no porvir, em meio a esse nevoeiro pessimista e de desespero. Decerto, ironicamente, como se o autor desse descascar da vida como ela é, ainda, consegue olhar para um novo tempo e um tempo de criação e isto se encaixa ao Deus Ser Humano Jesus Cristo e estamos num período de comemoração de natal, do suposto nascimento de Jesus, não adentrarei em discussões desse naipe, por não ser a finalidade do texto. Diametralmente oposto, a partir de leituras até de conformismo, o Pregador nos direciona para Cruz do Ressurrecto, para ser resolvido consigo mesmo, para acreditar no salto da fé de kierkegaard, em vivenciar esse porvir, a cada mover da vida, a cada ir e vir da vida, até o consumar dos séculos, num risco a ser vivido para não tornar a vida suportável, mas um meio para sua plenitude.
Baruch Há Shem!
Eclesiastes 10.12-18, Isaías 9.6
A inclusão do livro de Eclesiastes, do Pregador, até pode transparecer uma brincadeira de muito mau gosto, uma espécie de estragar prazer, entranhado entre os salmos e os provérbios, como se Deus não passasse de um mero leitor ou ouvinte ou expectador da vida, com suas contradições e controvérsias. Ao caminhar pelos meandros ou enredos do livro e suas páginas, percebe-se uma percepção de que tudo não passa de ilusão, de a vida ser um aperda de tempo, de que ninguém escapa, independentemente das idiossincrasias e das nuances sociais, culturais e econômicas. Ninguém consegue se afugentar no tocante a está sujeito aos vazios e as aflições da vida. Não se fala sobre milagres, não se encontram heróis, profetas, expoentes, simplesmente, a certeza de que, no fim de tudo, ao apagar das luzes da mortalidade, ao fechar os olhos, expressamente, seremos esquecidos e, embora alguns lembrados, não serão poupados: serão esquecidos. Anota-se, quem o escreveu, o por qual motivo, até hoje, não se chegou ao consenso de ter sido Salomão mesmo e, por enquanto, tampouco vem a ser a tônica do assunto. Sem sombra de dúvida, ao abrir as gavetas dos capítulos de Eclesiastes, categoricamente, chegamos à conclusão de ser uma obra além do tempo e do espaço, porque o abocanha, como nos abocanha e mostra o quanto, também, demonstra toda nossa fugacidade, todas as nossas fugidias conquistas momentâneas. Sempre se torna de alvitre ressaltar, além do livro mencionado, o de Jó, ambos enfatizam a constatação de o quanto o nosso orgulho não leva a nada mesmo. Acredito, piamente, já nos meus cinquenta anos, a confirmação de ser esse livro um reduto para pensadores, seja de uma ordem espiritual ou secular. Vou adiante, o Eclesiastes, o Pregador, discorre sobre o nosso próprio cinismo, a nossa própria tola altivez, a nossa inocente autonomia e, mesmo assim, aponta para uma esperança no porvir, em meio a esse nevoeiro pessimista e de desespero. Decerto, ironicamente, como se o autor desse descascar da vida como ela é, ainda, consegue olhar para um novo tempo e um tempo de criação e isto se encaixa ao Deus Ser Humano Jesus Cristo e estamos num período de comemoração de natal, do suposto nascimento de Jesus, não adentrarei em discussões desse naipe, por não ser a finalidade do texto. Diametralmente oposto, a partir de leituras até de conformismo, o Pregador nos direciona para Cruz do Ressurrecto, para ser resolvido consigo mesmo, para acreditar no salto da fé de kierkegaard, em vivenciar esse porvir, a cada mover da vida, a cada ir e vir da vida, até o consumar dos séculos, num risco a ser vivido para não tornar a vida suportável, mas um meio para sua plenitude.
Baruch Há Shem!
Eclesiastes 10.12-18, Isaías 9.6
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