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Palavra do leitor

O dilema do homem no eixo

O dilema no homem no eixo


O homem considerado pós – moderno se encontra num dilema, muito embora essa definição venha contagiada das mais variadas interpretações, com relação ao presente século.

Afinal de contas, aguardava – se, por meio do soerguer da razão técnica e científica, a remoção de todas as mazelas sociais e humanitárias.

Agora, isto ocorreu?

Estranhamente, quanto mais conquistas encabeçadas pela revolução proporcionada pela internet, apenas para citar, de um lado, observamos, noutro lado, milhões desesperados na expectativa, até suicida, de entrar na europa.

Sem sombra de dúvida, os refugiados das perseguições religiosas, étnicas, culturais, como os sírios, tão somente, retrata a ponta do icerberg de profundas ambiguidades e tensões.

Vou adiante, parece estarmos diante de um vácuo de sentido, de direção e de motivo de ser e existir, o outrora culto ao materialismo consumista descartável tem demonstrado seu efeito predatório e degenerativo.

Por mais que muitos relutem, ainda continuamos com realidades de seres humanos, sem saneamento básico, sem moradia, sem acesso a uma vida digna, simplesmente, desculpe – me pela redundância, humana.

Em tudo isso, chego a conclusão da derrocada da velha e defendida visão do homem no eixo, no centro, como a origem de tudo e de todos. Deve ser dito, em hipótese alguma defendo modelos teocráticos bitolados e facínoras, como ora paradigmatizado pelo Estado Islãmico.

Opostamente, enfoco o estabelecer de uma proposta dialogal, menos concentradora, mais partilhadora e, enfim, uma contextualiade com o gosto de utopia.

Digo isso, porque, enquanto houver a mantença de um sistema convolado ao individualismo egoísta, de um religião do sucesso, ao qual todos chegarão ao estilo de vida propalado pela mídia, tristemente, estaremos a léguas de distância de uma possível qualidade de vida.

Para piorar a situação, esse dilema mostra, mesmo diante de avanços indiscutíveis da medicina, prosseguimos acometidos das mais diversas anomalias emocionais e das mais dantesca de todas, ou seja, a perda endêmica da relação com o próximo, em ouvir mais, em dialogar mais, em não ver a vida, segundo uma arena de digladiadores.

Lastimavelmente, essas palavras soam como um belo vaso de flores e nada mais, sem qualquer aplicabilidade, no cotidiano, com suas vicissitudes e tensões. Independentemente disso, o chamado de Cristo nos desafia para o risco de não fechar os olhos, de sair de uma leitura da vida, a partir de si mesmo, de dar a outra face, de andar uma légua e mais outras bizarrices, a partir do momento que o compararmos com um cenário narcisista ou, conforme o adágio popular, do salve – se quem puder, do cada um por si e Deus por todos.

Eis o dilema a ser enfrentado, pelos cristãos, em meio a uma ênfase e a um triunfalismo do evangelho do bem – estar social ou, melhor dito, do meu.

Deixo bem claro, sem qualquer pieguice, creio que fomos feito como imagem e semelhança para inspirarmos e criarmos, ao qual temos o dever e a responsabilidade de trabalharmos pela dignidade, pela igualdade e pela liberdade do ser humano, porque, fora isso, tudo não passa de opressão, de manipulação e de demonização da vida.

Alías, valho – me do termo demonização da vida para enfocar uma vida sem o contraponto, sem as nuances da arte, sem a multiplicidade das palavras, sem a transcendência que formem pontes relacionais, sem a espiritualidade que não nos trancafie em idealismos (por onde o próximo passa a ser um alvo do mal), sem a paranóia de fazer do conhecimento um desvencilhar – se da fé, sem a adotar uma fé tresloucada.

Por ora, o dilema do homem no eixo trilha por redescobrir o caminho do recomeçar e da igreja por voltar a colocar os vagões nos trilhos da Graça.
São Paulo - SP
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