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Palavra do leitor

O diabo entre os servidores celestiais

“Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles”. Jó 1.6. O livro de Jó, ao relatar sobre os serviços dos filhos de Deus, menciona que Satanás estava lá. O lugar não era apropriado para ele. A apresentação na corte celestial era dos filhos de Deus, os seres angelicais, mas Satanás consegue ali uma permissão para tentar Jó e ver se consegue fazê-lo cair em pecado assim com fez com Adão. Embora tenha deixado Jó todo cheio de chagas, não conseguiu fazê-lo pecar, então não alcançou o seu objetivo.

A questão é: se Satanás esteve na corte celestial, acusando Jó, que é apontado por Deus como servo íntegro, reto, que se desviava do mal e temia a Deus, o que ele não está procurando fazer com a igreja de Cristo em nossos dias? Se fizermos uma busca mais avançada no meio do povo de Deus, que é “o povo que se chama pelo nome Dele” de acordo com 2 Cr 7.14, notaremos que a igreja de Cristo precisa restaurar algumas virtudes para continuar vencedora. Habacuque percebeu que os judeus estavam vivendo em certa apostasia, não eram mais tão justos e a lei não era observada. A alma dele ardia de vontade de ver a restauração, o retorno sincero a Deus. Vejamos como ele disse: Por que me mostras a iniquidade e me fazes ver a opressão? Pois a destruição e a violência estão diante de mim; há contendas, e o litígio se suscita. Por esta causa, a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta, porque o perverso cerca o justo, a justiça é torcida. Hb 1.3-4. A lei se afrouxa. – Essa, creio, deve ser a inquietação da corte celestial nessa época. Nela a lei continua sem aditivos, não foram emitidas novas medidas provisórias, mas para nós mudou muito e a doutrina se afrouxou em muitos requisitos bíblicos.

De acordo com At.2.42, a igreja crescia com a presença de algumas qualidades, quais sejam a perseverança na doutrina dos apóstolos (Eles tinham aprendido com Jesus), a comunhão e a oração. Satanás não gosta nada destas três virtudes dos servidores do reino de Deus. Daí ele se esforça para afrouxar a doutrina da pregação da Palavra e os adoradores substituíram muito da essência de evangelho por práticas que não agradam a Deus. Ele pulverizou a comunhão, inculcando em algumas pessoas que elas seriam melhores que seus líderes se abrissem alguma comunidade com nomes diferentes e chamativos. Na oração, talvez ele não tenha precisado mexer muito, pois muitos têm substituído os encontros de ensinos doutrinários e os momentos de comunhão na igreja, dizendo: “eu já faço as minhas orações sozinho e tenho o meu método para ir para céu”. Isso é banalidade religiosa, mas é o entendimento e o gosto de alguns.

Não afrouxemos a lei. Perseveremos na doutrina dos apóstolos, na comunhão, na oração, pois estas virtudes munem o adorador para a vitória contra Satanás.
Campo Grande - MS
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