Palavra do leitor
- 13 de dezembro de 2022
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O devido valor do Material
"E o verbo se fez carne e habitou entre nós".
O Natal junta estas duas tradições. Ambas ancoradas em fenômenos físicos. Numa o Logos se materializa e pode ser visto, tocado, sentido, acariciado. Na outra a luz solar, tão fundamental para a vida do planeta, recomeça a chegar com mais intensidade (no hemisfério norte).
Assim como na teoria da relatividade aprendemos que massa (matéria) e energia (luz) estão intima e intrisicamente relacionadas, no Natal também aprendemos que luz se materializa e se intensifica em nosso mundo, seja a solar ou a divina.
Pode parecer desnecessário darmos ênfase às coisas materiais haja vista que vivemos em uma sociedade materialista. Todo mundo já não vive atrás de bens materiais? Por que então ficar batendo nesta tecla?
É que talvez ao percebermos o fascínio e domínio que o material pode exercer sobre nossas almas, radicalizamos e queremos abandoná-lo completamente, abraçando as coisas puramente do espírito. Aí vai-se para outro extremo... Não é raro que queiramos desprezar completamente os valores físicos, materiais, em favor dos espirituais. É muito comum isso nas religiões como o gnosticismo, no ascetismo cristão ou não, ou no movimento hippie e new age. Mas Deus não pensa, nem age assim. Deus nos criou do pó da terra. Nossa glória está no corpo físico, que um dia se tornará mais espiritual, mas não menos corporal.
Sendo assim, devemos usufruir do material com ações de graça.
Do Antigo ao Novo Testamento vemos vários exemplos de coisas físicas importantes para nossos heróis da fé: um filho para Abraão, uma terra prometida para Moisés, um copo de água da fonte de Belém para Davi, um templo para Salomão, os pergaminhos para o apóstolo Paulo, dentre tantas outros.
Nós também devemos dar valor ao material, assim como Deus dá e deu, tornando-se um bebê de carne e osso que viveu num mundo material. Que foi nutrido com leite materno e precisou de um berço de madeira e capim e panos para ser embalado. Recebendo incenso, mirra e ouro como presentes dos sábios do oriente. Tornando-se carpinteiro e aprendendo a trabalhar a madeira para fazer objetos úteis. Tornando-se mestre, que transformou a física da água em vinho, que curou fisicamente, multiplicou fisicamente pães e peixes, pisou sobre a água e não afundou. E tendo os pés e a cabeça ungidas com um perfume preciosíssimo. E sentindo a dor dos pregos perfurando suas mãos e pés e por fim sendo sepultado em um túmulo de pedra.
Ao ressuscitar e subir aos céus, Jesus não abandona o mundo material à sua própria sorte. Ele nos envia seu espírito. Nós somos os pés e mãos de Jesus nesse mundo!
Que venhamos a nos encher de todo o Espírito de Cristo, que Ele nos dê graça para andarmos como Ele andou e saibamos estender as mãos como Ele as estendeu: para trabalharmos com afinco, para recebermos com alegria e gratidão e para também repartirmos com amor. Para enfim, materializarmos a luz que Ele quer hoje propagar nesse mundo de trevas. Amém.
O Natal junta estas duas tradições. Ambas ancoradas em fenômenos físicos. Numa o Logos se materializa e pode ser visto, tocado, sentido, acariciado. Na outra a luz solar, tão fundamental para a vida do planeta, recomeça a chegar com mais intensidade (no hemisfério norte).
Assim como na teoria da relatividade aprendemos que massa (matéria) e energia (luz) estão intima e intrisicamente relacionadas, no Natal também aprendemos que luz se materializa e se intensifica em nosso mundo, seja a solar ou a divina.
Pode parecer desnecessário darmos ênfase às coisas materiais haja vista que vivemos em uma sociedade materialista. Todo mundo já não vive atrás de bens materiais? Por que então ficar batendo nesta tecla?
É que talvez ao percebermos o fascínio e domínio que o material pode exercer sobre nossas almas, radicalizamos e queremos abandoná-lo completamente, abraçando as coisas puramente do espírito. Aí vai-se para outro extremo... Não é raro que queiramos desprezar completamente os valores físicos, materiais, em favor dos espirituais. É muito comum isso nas religiões como o gnosticismo, no ascetismo cristão ou não, ou no movimento hippie e new age. Mas Deus não pensa, nem age assim. Deus nos criou do pó da terra. Nossa glória está no corpo físico, que um dia se tornará mais espiritual, mas não menos corporal.
Sendo assim, devemos usufruir do material com ações de graça.
Do Antigo ao Novo Testamento vemos vários exemplos de coisas físicas importantes para nossos heróis da fé: um filho para Abraão, uma terra prometida para Moisés, um copo de água da fonte de Belém para Davi, um templo para Salomão, os pergaminhos para o apóstolo Paulo, dentre tantas outros.
Nós também devemos dar valor ao material, assim como Deus dá e deu, tornando-se um bebê de carne e osso que viveu num mundo material. Que foi nutrido com leite materno e precisou de um berço de madeira e capim e panos para ser embalado. Recebendo incenso, mirra e ouro como presentes dos sábios do oriente. Tornando-se carpinteiro e aprendendo a trabalhar a madeira para fazer objetos úteis. Tornando-se mestre, que transformou a física da água em vinho, que curou fisicamente, multiplicou fisicamente pães e peixes, pisou sobre a água e não afundou. E tendo os pés e a cabeça ungidas com um perfume preciosíssimo. E sentindo a dor dos pregos perfurando suas mãos e pés e por fim sendo sepultado em um túmulo de pedra.
Ao ressuscitar e subir aos céus, Jesus não abandona o mundo material à sua própria sorte. Ele nos envia seu espírito. Nós somos os pés e mãos de Jesus nesse mundo!
Que venhamos a nos encher de todo o Espírito de Cristo, que Ele nos dê graça para andarmos como Ele andou e saibamos estender as mãos como Ele as estendeu: para trabalharmos com afinco, para recebermos com alegria e gratidão e para também repartirmos com amor. Para enfim, materializarmos a luz que Ele quer hoje propagar nesse mundo de trevas. Amém.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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