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Palavra do leitor

O dever de ganhar

Vez em quando, ficamos pensando como nos julgamos no direito de achar que, pelo simples fato de termos tratado de determinado tema, uma única vez que seja, aquele assunto ficou sendo de entendimento geral, uma espécie de “jurisprudência espiritual”
e, via de consequência, não haveria mais dissidência, não haveria mais discordância, e, pelo fato de, supostamente, ter havido consenso, já não precisamos mais “defender aquela tese” (sic).

Ledo engano! Não pensamos assim, tanto é que temos batido nas mesmas teclas vezes sem conta, como se fosse verdade o ditado popular “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, mas o próprio povo já criou outra versão para esse moto, qual seja, “água mole em pedra dura tanto bate até que seca” (sic).

Será que vamos deixar secar, simplesmente pelo errôneo entendimento de que uma vez falado, falado está e ponto final?

Não! Não pode ser assim, nem deve ser assim; em nosso texto da semana anterior
“Tirados do caminho: pedras de tropeço!” citamos um versículo da palavra de Deus, da 2ª carta a Timóteo 4. 2, que diz, em relação ao nosso dever de pregar: “quer seja oportuno, quer não seja” [SBB tradução Almeida Revista e Atualizada], e “a tempo e fora de tempo” [SBB tradução Almeida Revista e Corrigida].

Não podemos, na vida cristã, nos acomodar com a acomodação, isto é, não podemos entender que estamos salvos, por termos recebido o senhor Jesus no coração, e pronto a “obra de Deus” já foi feita, está plena e acabada.

Werner Beitze – Devocionário “Uma vez ao dia - 366 meditações” – disse uma grande verdade: “Não somos somente salvos, mas também somos devedores, isto é, devemos ganhar incrédulos (sic) para Jesus! A Palavra de Deus não volta vazia – disso temos certeza! Ele agira!”

Temos repetido algo assim em alguns dos nossos textos, inclusive escrevemos um artigo, aqui neste espaço, em 16.12.2009, denominado: “O dever [ou o amor] de pregar” no qual dissemos ao transcrever uma passagem do Profeta Ezequiel:

"Quando eu disser ao perverso: Certamente morrerás; e tu não o avisares, e nada disseres, para o advertir do seu mau caminho, para lhe salvar a vida, esse perverso morrerá na sua iniquidade, mas o seu sangue da tua mão o requererei" (Ez 3. 18).

Fica claro que, se não evangelizarmos, seremos os responsáveis, diante de Deus, pela morte, pelo sangue, pela perdição daquela alma. Mas, se pregarmos, se ensinarmos, se testemunharmos, Deus também deixa clara a nossa situação, caso alguém, ainda assim, seja achado sem ter recebido o Senhor Jesus:

"Mas, se avisares o perverso, e ele não se converter da sua maldade e do seu caminho perverso, ele morrerá na sua iniquidade, mas tu salvaste a tua alma" (Ez 3. 19).

É certo que essa Palavra foi dirigida a Israel, mas é aplicável também à Igreja, tendo em vista que fomos comissionados pelo Senhor Jesus para este grande Ministério de evangelizar a toda a criatura.

É isso que a frase de Werner Beitze, está afirmando que não somos apenas salvos, mas devedores também.

Depois que o Senhor Jesus nos designou para essa denominada “Grande Comissão” [fazer discípulos/ensinar, pregar e tetemunhar] não podemos, conforme dissemos no início, nos acomodar com a acomodação; temos que levar a Palavra de Deus ao mundo todo [confins da terra, conforme At 1. 8]. E a Internet facilitou muito isso.

Não podemos ser egoístas de nos entendermos salvos e acabou; não pode ser assim, mas, se assim for, estamos sendo não apenas egoístas, mas estaremos demonstrando claramente que não amamos o nosso próximo, o que o Senhor Jesus disse ser o segundo e grande mandamento.

“Ele agirá!” disse o irmão Werner; mas quem agirá? – O Espírito Santo de Deus, pois é Ele quem “convence o pecador, do pecado da justiça e do juízo” (Jo 16. 8), conforme dissemos, também em nosso texto de 2009, já referido: “temos o dever de ensinar, temos o dever de pregar, temos o dever de testemunhar, mas é parte do Ministério do Espírito Santo de Deus trabalhar o coração do incréu, no sentido de que ele venha a se tornar, também, um filho de Deus, e isso só se dá quando se aceita, se recebe o Senhor Jesus no coração (Jo 1. 12).

Enfim, temos o direito, o privilégio, a graça de sermos salvos, mediante a fé, ao recebermos o Senhor Jesus no coração, mas temos o “dever de ganhar” outras almas para essa tão grande salvação, a qual já foi dada, imerecidamente, a toda a humanidade, pela fé que [e se] tivermos em Cristo.

O dever de ganhar outras ovelhas para o rebanho é nossa [ovelhas], pois quem gera ovelhas são ovelhas, e não os pastores; estes cuidam do rebanho.
São Paulo - SP
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